Eu acordei no dia seguinte numa cama improvisada na enseada. Havia um pano úmido sobre a minha testa e roupas limpas ao meu lado. Banguela andava por cada centímetro do lugar, tentando matar o tédio. Coloco as roupas e saio em disparada para a aldeia. Ela estava deserta, mas havia uma gritaria vindo da arena. Pelos deuses! Hoje é o dia que Soluço irá matar um Pesadelo Monstruoso.
Corro em direção a gritaria, a ponto de escutar o discurso de Stoico para os Berkianos.
— Se alguém me dissesse que em poucas semanas o Soluço pararia de ser... err... bem... O Soluço, para ser o melhor do treino com dragões, eu teria amarrado ele num mastro e mandando para longe por ser um doido varrido! Vocês me conhecem! — O público ri — Mas, aqui estamos, e ninguém está mais surpreso e mais orgulhoso do que eu. Hoje, meu filho se torna um viking, hoje, meu filho se torna UM DE NÓS! — Comemoraram com mais gritos e palmas.
Me dirijo até a entrada da arena, onde encontro Soluço tentando se acalmar. Eu ando até ficar do seu lado, colocando uma mão no seu ombro. Somente agora eu notei a nossa pequena diferença de altura.
— Toma cuidado com o dragão. — Peço.
— Não é com o dragão que eu estou preocupado. — Ele confessa, olhando para o pai que se sentava.
— O que você vai fazer? — Cruzo os braços.
— Dar um jeito nisso, ou pelo menos tentar. — Ele se vira para mim — Thyri, se algo der errado não deixe que ninguém encontre o Banguela.
— Não deixarei, mas... — O olho nos olhos — Prometa que não vai dar nada errado.
Ele não me respondeu, não deu tempo, pois Bocão chegou.
— Está na hora, Soluço. — Avisou — Quebra tudo.
Soluço entrou na arena. Eu subi até onde o público se encontrava e ao lado dos recrutas eu fiquei, brincando com os dedos de nervosismo.
O garoto foi até o estande de armas, pegou um escudo e uma adaga, respirando fundo e dizendo: "Estou pronto".
O pedaço da madeira que prendia a jaula foi derrubada e o dragão em chamas saiu de lá, rugindo. Ele estava irado. O Pesadelo andou pelas paredes, agora com o fogo do corpo apagado, e atirou nos vikings, que desviaram por pouco, em seguida ele subiu pelo teto de correntes e envergou o seu longo pescoço para encarar o garoto, como um demônio.
A criatura desceu do teto e ficou à frente de Soluço, avançando lentamente. O magricela dava passos para trás.
— Calma, está tudo bem, está tudo bem.
Ele joga o punhal e o escudo no chão, tentando acalmar o dragão, que rosnava baixinho. Soluço pegou o seu elmo com chifres, olhou para seu pai e jogou o objeto no chão
— Eu não sou um deles.
Stoico, o chefe de Berk, se levantou de seu assento.
— PAREM A LUTA! — Ordenou.
— Não! Vocês tem que ver isso. — Soluço diz, entendendo a mão ao dragão devagar — Tudo o que sabemos sobre eles está errado. Não precisamos matá-los.
O dragão estava quase tocando a mão de Soluço, mas Stoico interrompe, berrando:
— EU DISSE: PAREM A LUTA! — Ele bate com o martelo na cerca de ferro, a entortando.
O dragão ficou em modo de ataque, ele abriu a sua enorme boca e por pouco não arrancou a mão de Soluço. O garoto grita ao quase ser queimado vivo. O Pesadelo está perseguindo-o.
Eu tento me transformar mas não está funcionando. Mas que se dane! Eu vou salvá-lo mesmo assim!
Escalo a cerca de ferro até o teto de correntes. De lá eu pulo em cima do dragão, e dele eu salto para o chão, amortecendo a queda com uma cambalhota.
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As Aventuras De Thyri
Fanfiction(A obra foi revisada, mas talvez ainda tenha alguns erros de gramática.) Thyri, uma viking que fora amaldiçoada por uma bruxa chamada Jadis. A protagonista passa a vida condenada a dividir o corpo com a fera que cospe fogo, uma Fúria da Luz. Thyri a...