31. Nas Mãos de Grimmel

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P.O.V. Thyri

Estavamos voando sobre o oceano a um tempo. Já havia amanhecido quando meus ouvidos captaram algo: Um chamado.

Começo a bater as asas na direção oposta em que seguíamos.

— Ué, para onde você está indo? Está percebendo algo? — Soluço perguntou, vendo minha cabeça balançar, concordando — Mas não têm nada aqui além de quilômetros e quilômetros de ocea...

Soluço se interrompe quando damos de cara com um vulcão em colapso no meio do oceano, parecia uma entrada para algum lugar. Eu o sobrevôo antes de pousar numa das pedras que estavam em volta do buraco. Volto a ser humana.

— É uma cachoeira enorme. — Soluço observou após ter cambaleado pelo pouso rápido.

— No fim do mundo! — Eu completo enquanto nossos olhos se encontram. Não posso segurar uma risada de felicidade.

Eu volto a minha forma dracônica e o empurro para as minhas costas, sem perder tempo eu mergulho na entrada do lugar.

No começo parecia uma caverna submersa qualquer, sendo iluminada apenas pela luz do sol que a entrada proporcionava, mas, após passarmos por um pequeno nevoeiro nos deparamos com uma beleza extraordinária. Havia um lago qual brilhava na cor azul-vivo, fazendo um incrível contraste com as pedras escuras. Depois, ao passarmos por um pequeno arco, podemos ver várias estalagmites e estalactites que estão completamente cobertas por cogumelos bioluminecentes.

Observo que alguns detalhes verdes em minhas costas, desde que eu virei Alfa, agora brilham em um tom muito mais vibrante.

Um grupo de dragões Lagartas-de-Fogo passaram na mesma direção que nós, esses também brilhavam, tanto quanto já brilham na superfície.

Volto a escutar aquele chamado, este me instigou a ir mais a fundo na caverna.

Havia uma multidão de dragões que pareciam seguir para o mesmo lugar. Agora não era tão escuro, agora parecia que as paredes brilhavam, algumas num tom laranja claro e outras num rosa bebê.

Quando um dragão rugiu para mim, eu acabo me assustando e decido pousar num tipo de floresta de cogumelos, esses não brilhavam, mas o lugar ainda era levemente iluminado por cristais roxos.

Me contorço até voltar a minha forma humana.

— Existe de verdade. — Soluço murmurou, incrédulo. Ele olhava para cada canto que podia.

Nos esgueiramos até a beirada da "floresta", onde dava para ver o local onde os dragões estavam indo. Eles iam ao topo da caverna e depois relaxavam suas asas, deixando seus corpos caírem antes de repetir o mesmo processo.

— Banguela! — Soluço o avista, logo se preparando para se levantar. Eu interrompo seu ato, o puxando para o chão novamente.

— Shh, vai assustar! — Sussurro.

Banguela foi com a Fúria da Luz até uma ilha que consistia em apenas um grande cristal, suponho que isso deve ser como o Trono do Alfa. Os dragões pousaram no chão, em volta do cristal.

O Fúria da Noite esticou suas asas e rugiu para os dragões, que rugiram junto em resposta.

— O Banguela arrasa! — Comemoro, arrancando uma risada nasal de Soluço.

A Fúria da Luz se afagou abaixo do queixo de Banguela, logo dando a volta no dragão. Eles começaram a trotar em um círculo com as asas erguidas, depois, a dragão se posicionou nas duas patas e grunhiu para o alto, em seguida Banguela fez o mesmo. Logo os dois encostaram as testas, e se sentaram de frente aos dragões. Eles logo se curvaram perante os dois, balançando levemente as suas asas.

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