Capítulo 55

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- Sina -

- Isso não te incomoda? - Diarra me pergunta.

- Isso o quê?

- Esses olhares raivosos para cima de nós!

- Eu não ligo.

- Ninguém mais quer andar conosco ou até fazer algum trabalho, todos nos ignoram e vários nem olham em nossos rostos.

- Como eu disse anteriormente, simplesmente não ligo, eles são muito mimados, se não aceitam a derrota não há nada que eu possa fazer, eles tem que aprender a perder.

- Acho que pode ser um pouco mais que isso.

- Por qual outro motivo eles estariam assim conosco?

- Sério que não passa por sua mente o peso de estarmos trapaceando? E que isso vem acarretando machucados em pessoas inocentes?! - ela fala levantando um pouco a voz.

- Shiu, fala baixo, ou você quer ter o mesmo destino do Josh? - A pergunto.

- Você está cada vez ficando mais parecida com ele! - ela me fala e se afasta.

Dou de ombros e continuo a separar meu material no armário.

Como ela pôde me comparar com ele?!

Eu estou longe de me parecer com o Simon!

- Nour -

Acabo o café um pouco mais cedo do que de costume essa manhã e me dirijo logo para a sala de aula, mesmo sabendo que ainda faltam alguns bons minutos até que o professor chegue, fico sozinha na sala por um tempo até Diarra entrar nela.

- Bom dia - falo.

- Bom dia - ela me responde se sentando.

- Chegou mais cedo na sala hoje, aconteceu alguma coisa?

- Não, não, tá tudo bem. E com você, aconteceu algo?

Aceno a cabeça em negação e solto um leve sorriso logo após volto a escrever no meu caderno.

Any entra na sala e é possível perceber que o clima fica tenso quando ela percebe a Diarra lá, ela senta em meu lado esquerdo ficando o mais longe possível da princesa senegalesa.

O silêncio toma conta da sala, mas não por muito tempo, alguns poucos minutos depois a sala se enche com os alunos e logo após o professor adentra a mesma.

(QUEBRA DE TEMPO)

Quando a última aula antes do intervalo se encerra sobram Any, Diarra e eu na sala novamente, mas não demora muito até a Diarra perceber os olhares de raiva da Any e se apressar na arrumação de seu material para se retirar da sala.

- Vocês ainda estão sem se falar não é? - pergunto.

- Claro, depois de eu quase morrer e ela não dar a mínima ela espera que eu faça o quê?

Dou de ombros.

- Vamos para não desperdiçarmos nosso intervalo.

- Vamos - ela concorda e sai da sala logo atrás de mim.

Assim que colocamos nossos pés para fora da sala de aula percebemos um alvoroço no corredor.

- O que será que aconteceu? - Any me pergunta.

- Não sei - lhe respondo.

- O que está acontecendo? - pergunta Sofya se aproximando de nós.

- Também queremos descobrir.

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