A Decisão de Kurotsuchi

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Deidara On

- Cale a boca, não tem como levar ele conosco e muito menos deixá-lo livre.

As mãos de Kurotsuchi tremiam. Ela não queria fazer aquilo, mas aquele demônio sussurrava em seu ouvido para que ela fizesse.

Não é como se eu tivesse carinho por ela, eu a odeio. Mas, ao mesmo tempo, tenho pena do que ela passou. Tudo isso a mudou.

Além disso, ela tentava me acalmar. A culpa era dela? Sim, mas eu sentia falta de toque humano, e se eu fechasse os olhos eu só sentia o carinho, tentando esquecer quem era a pessoa.

Eu me acostumei tanto com Tobi me confortando quando algo acontecia comigo, que eu sentia falta do mínimo toque.

- Se você fizer isso, poderá vir com a gente, se não...

- Pai... - Ela sussurrou.

- Não temos o dia inteiro.

- Por favor, não faça isso! Não mate ele! Por favor, Kurotsuchi. Eu te perdoo por tudo o que você fez comigo, mas se você matar o meu amigo, saiba que eu nunca vou te perdoar!

Eu precisava usar até do último recurso para fazer ela não fazer aquilo com Kakuzu. Não é como se eu realmente fosse perdoa-la, mas ela não precisa saber disso.

Ela olhou para mim por um instante, e ouvi Hiroshi rosnar. Logo depois ele veio até mim e me deu um tapa, provavelmente para me calar.

- Cale a boca, minha putinha. - Ele segurou minhas bochechas forte, me obrigando a o olhar. - Não me deixe irritado.

- Solta ele, pai. - A arma agora estava apontada em minha direção.

Mas não era para mim.

Ela apontava para Hiroshi.

- O que está fazendo? Ainda tem que ajeitar aquilo ali. - Ele apontou para Kakuzu.

- Você vai se afastar do Deidara agora, ou eu vou atirar em você.

Hiroshi permaneceu parado.

Logo um som de tiro, e depois vidro se espalhou pelo chão. Ela havia atirado no abajur atrás de nós.

- Esse foi só um aviso, o próximo vai acertar o meio de sua testa. - As mãos delas ainda tremiam. - Afaste-se dele. Agora.

Hiroshi andou devagar, saindo de perto de mim.

- Kurotsuchi, minha filha, pare com essa loucura.

- Não! Não me chame assim! Meu pai morreu no momento em que você abusou de mim! Você pode estar bem, mas as minhas feridas e as de Deidara que foram feitas por você, são profundas e talvez eternas. Mas acabou. Você não vai tocar nem mais um dedo em nenhum de nós dois.

- Abaixe a arma e vamos conversar.

- Não há mais o que conversar. - Ela disse firme.

- Se você não quer fazer isso, me dê e deixe que eu faço. - Ele sorriu e se aproximou dela devagar.

- Não chegue perto de mim.

- Achava que estava feliz por ter o seu pai de volta, não está? - Hiroshi disse.

- Como eu disse, o meu pai morreu.

- Você quer que eu melhore, é isso? Podemos ter uma vida nova, eu, você e o Deidara. Eu irei me redimir! Me dê mais tempo.

- Desculpe, papai, o seu tempo acabou.

Um.

Dois.

Existe Amor Na Akatsuki? (Tobidei)Onde histórias criam vida. Descubra agora