- Abner, eu estou falando contigo!
Ele parou o carro, desceu eu fiz o mesmo e fui parar de frente a ele.
Nós havíamos parado na calçada da praia.
Ele olhou pra mim sério e em silêncio, ficamos nos olhando durante dois minutos.
- Você não queria falar comigo? - Abner disse quebrando o silêncio
- Porquê você está me ignorando?
- Hanna eu estou chateado contigo muito chateado mesmo. - ele falou suavemente
" Abner é tão calmo, ele tem um jeito único quando nós discutimos ele permanece calado, tenta resolver as coisas da melhor forma, conversando sem gritar ou agredir como eu faço quase sempre e é admirável que mesmo assim ele continua do meu lado e me amando. "
- Mas amor eu... - ele não deixou eu terminar de falar
- Mas amor nada, você passou dos limites e vamos embora que já é tarde!
- Pelo menos me perdoa. - ele nem se quer olhou pra mim mas eu insisti - Por favor.
- Tudo bem. - ele disse sorrindente
- Amor antes podemos passar da minha casa pra levar minha roupa?
- Tudo bem, pode ser. - ele beijou minhas mãos
Quando chegamos ma minha casa pra levar roupa pra trocar quando estivesse na casa de Abner, eu desci primeiro e fui em direcção a porta enquanto Abner estacionava o carro.
Ao me aproximar da porta notei que havia algo lá, era uma folha de papel eu já imaginava o que era e peguei e estava escrito o seguinte:
" Não pense que nos esquecemos Hanna Roque, nós ainda te pegamos."
Havia lá desenho de tubarão, mas não dei importância...
- O que é isso? - Abner me arrancou o papel e notou que minhas mãos estavam trêmulas
- Eu... Eu vou ficar louca, meu Deus eu vou ficar louca! - pus as mãos na cabeça e comecei a chorar
- Amor o que foi?
- Abner não é a primeira vez que eu recebo uma carta dessas.
" Porquê sempre que eu estou feliz da vida e curtindo com o meu amor, esse tipo de coisas deve acontecer"
- O quê? E porquê você não me falou nada?
- Eu não queria te preocupar com essas bobagens. - fingi estar mais tranquila
- Bobagens Hanna, você quer me dizer que você está nervosa desse jeito só por uma bobagem?
Eu abri a porta e entrei, ele veio atrás de mim.
- Abner isso não é nada devem ser esses meninos do bairro tentando me assustar ou é uma brincadeira de mau gosto. - joguei a bolsa no sofá
- Eu não sei Hanna... será?
- É, deve ser. Calma que não vai acontecer nada. - eu disse e respirei fundo
- Peço a Deus que sim, então vai levar suas roupas e tudo que você vai precisar. - ele disse e sentou
- Você vem comigo?
- perguntei pra ele- Não, eu vou ficar aqui mesmo. - ele disse e sorrio
- Está bem, entendo. - subi pra levar as coisas e em menos de quinze minutos eu já estava lá em baixo
- Que demora. - ele se levantou do sofá
- Demorei nada eu nem levei minutos, agora vamos.
Saímos direcção ao carro e fomos.
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A Vingança de Hanna: O Renascimento
Mystery / ThrillerSobreviver quando tudo que se quer é morrer, perdoar quando o desejo é matar, sorrir quando o desejo é chorar. Quando a dúvida bate a porta do coração e a loucura da incerteza invade a mente, navegar contra a maré da dor e angústia, almejado uma ale...