Capítulo 20: O resultado

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Não. - eu respondi e desviei o olhar

- Como assim não? - ela perguntou

- Não Lisa! - eu me levantei e gritei com ela de tanto nervosismo

- Hanna eu só quero te ajudar. - ela insistiu

- Eu já falei que eu não quero, esse problema é só meu e você não tem que se meter! - eu falei ainda mais nervosa e saí da sala furiosa e fui para o quarto enquanto Lisa gritava meu nome mas não dei atenção.

Eu entrei no quarto quase chorando e fechei a porta com toda a raiva.
Naquele momento eu quis recuar no tempo para que Lisa não tivesse me encontrado e assim ela não ia querer me ajudar.
Eu encostei na parede e baixei devagar chorando, coloquei os bracos ao redor dos joelhos e escondi o rosto.

( Toc Toc... ) - escutei a porta e levantei o rosto.
- Posso entrar? - Lisa perguntou do outro lado da porta

- Claro. - eu respondi com a voz embargada
Ela entrou suavemente e se ajoelhou enfrente de mim.

- Hanna. - ela falou e olhei pra ela tentei ser meiga mas foi mais forte que eu

- Lisa sinceramente me perdoa eu não quis agir daquela maneira. - eu disse sínica

- Tudo bem, mas porquê você agiu assim? Eu não entendo. - ela disse

- Lisa eu estou muito grata pela ajuda mas eu não posso permitir que você estrague sua vida, por minha causa. - eu disse olhando pra ela

- Estragar a minha vida? - ela perguntou com a testa franzida - Você acha que eles não estragaram a minha vida quando mataram as pessoas que eu mais amava nesse mundo? Eles mataram a minha filha Hanna!

- Eu sei Lisa mas essa dor é só minha e se eu não tivesse aparecido na sua vida você não ia querer se vingar deles! - eu respondi e me levantei ela fez o mesmo

- A dor é só sua? Eu também sofro por não ter a vida que eu sempre tive. Eles tiraram uma parte de mim Hanna e você apareceu no melhor momento. - ela falou e parou por alguns segundos e olhamos uma para outra - Eu vou te ajudar e nós vamos sim nos vingar.

Eu permaneci em silêncio olhando pra Lisa.

- Tudo bem eu vou te deixar sozinha pra você pensar melhor. - ela disse e andou em direcção a porta

- Lisa. - eu a chamei e ela imediatamente parou

- Espera. - me levantei

- Sim? - ela disse e olhou pra mim

- Tudo bem eu aceito sua ajuda. - eu disse mas ai mesmo tempo me arrependi de o ter feito.

Ela apenas sorrio e veio em minha direcção como se quisesse me abraçar mas impedi. E ela entendeu.

- Mas você tem algum plano em mente? - ela perguntou

- Tenho. - eu respondi e olhei pela janela

- Qual? - ela perguntou

- Primeiro eu quero falar com alguém. Me empresta o celular? - eu disse

- Claro eu trago já. - ela disse e saiu

Ela voltou e me entregou o celular.

Liguei pra minha mãe.
- Alô? Mãe? - eu perguntei apreensiva

- Hanna meu amor? - ela disse e senti desespero em sua voz

- Mãe tudo bem? - eu disse sem demonstrar carrinho ou coisa parecida

- Sim filha e com você? - ela perguntou

- Sim. - eu disse
Aquele " Sim " foi como se tivessem dado uma facada no meu coração pois estava mentindo para a mulher que me deu vida. A mulher que me criou.

- Está tudo bem mesmo? - ela perguntou novamente

E eu sabia que ela estava desconfiando de algo. E impressionante o quão ela me conhece tão bem.

- Só queria saber como a senhora está, ando muito ocupada. Tchau. - eu desliguei sem antes ela responder eu temia que ela me enche-se de perguntas então eu teria que confessar tudo pra ela.

- Você sente muita falta dela não é? - Lisa perguntou tentando ser meiga mas meu orgulho era maior que toda doçura do mundo.

- O que interessa aqui não são os meus sentimentos. - eu disse fria

- Tudo bem. - ela disse calma - Vamos comer.
Ela disse e eu apenas a segui.

O café da manhã foi em silêncio. Depois Lisa me convidou para sentar na varanda.

- Lisa eu tenho que contar algo. - eu olhei pra ela

Estávamos sentadas nas cadeiras de palha que haviam em sua varanda. A vista era de um jardim maravilhoso!

- Pode falar. - ela disse com um leve sorriso

- Eu estou grávida. - eu disse e ela aregalhou os olhos mostrando-se surpresa

- E esse filho é dos.... - ela perguntou e eu entendi que ela se referia aos homens que abusaram de mim

- Não. Eu já estava grávida quando eles abusaram de mim. - eu disse e baixei a cabeça

- E você sabe o que isso pode significar? - ela perguntou olhando pra mim

- Como assim? - eu perguntei

- Hanna você pode ter perdido o bebé. - ela disse

- Não Lisa. - eu disse seca

- Hanna depois de tudo que você contou, eles te bateram e massacraram eles fizeram várias barbaridades. É muito mais muito provável que tenhas perdido o bebé. Meu coração bateu forte e senti um medo inexplicável.

" E se for verdade? Se eu tiver perdido a única coisa que me deixa um pouco feliz em meio a tanta dor que ecoava dentro de mim. A única coisa preciosa que me restava. "

- Eu quero ir para o hospital. - eu disse com os olhos arregalados

- Não Hanna. Eu vou chamar um médico. - ela disse e olhando para o nada eu confirmei com a cabeça

Lisa entrou e depois de 2min voltou...

- Eu já liguei e pedi que viesse uma ginecologista. - ela disse

37min depois...

A ginecologista chegou e fomos até o quarto onde eu estava hospedada.

- Olá tudo bem? - a ginecologista me comprimentou ao entrar no quarto

- Oi. - foi a única coisa que eu disse

Lisa nos observava da porta.
A ginecologista era uma mulher de pele mista, cabelos grisalhos, os lábios rosa e os olhos castanhos cor de mel. Ela vestia uma calça jeans branca uma blusa verde escuro de manga comprida e sabrina preta. E trazia uma mala com tudo o que ela precisava

- Então eu vou pedir que você se deite de costas. - ela disse e eu assim o fiz

Ela fez todos os testes necessários. E depois de algumas horas ela os resultados estavam prontos.
Mas enquanto eu ainda estava deitada na cama a ginecologista levantou-se e foi falar com Lisa.

Elas falaram por dez minutos mas não pude ouvir nada. Quando terminaram de falar as duas se aproximaram com um aspecto não muito agradável.

- Doutora qual foi o resultado? Porquê vocês estão com essas caras? - eu perguntei ansiando pela resposta mas elas não falavam nada apenas entreolhavam-se. - Falem logo! Eu ainda estou grávida ou não?! - eu gritei com elas o nervosismo e a ansiedade tomava conta de mim e me consumia em segundos.

- Hanna calma. - Lisa disse sentando ao meu lado

- Calma? Tu me pedes calma Lisa? Eu posso ter perdido o meu filho a última coisa que podem me pedir é calma. - eu disse num tom mais alto ainda

- Tudo bem Hanna. Segundo os resultados dos exames.... - ela parou por alguns segundos

- Fala logo! - eu disse
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Revisado!

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora