Capítulo 31: O Julgamento definitivo

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Fui levada a minha cela me deitei em minha cama. Logo em seguida escutei passos vindo em direcção a minha cela batia as grades e fazia um barulho irritante. Eu olhei apreensiva, pra porta esperando ver o rosto e finalmente nossos olhos se chocaram.

- O que você quer aqui? - eu perguntei me levantando

- Calma querida eu não vim brigar. - ela disse com um sorriso sarcástico habitual

- Vai embora! - eu gritei e me virei

- Tudo bem eu vou, mas antes eu tenho uma proposta pra te fazer. - ela disse seca e se posicionou em frente de mim colocando a mão sobre a beliche

Fiquei em silêncio por alguns segundos.

- Que proposta? - perguntei seca sem olhar pra ela

- Eu quero que você venha para o meu bando. - ela disse e eu caí na gargalhada - Qual é a graça? Contei alguma piada?

- Eu? Uma víbora? - eu disse rindo - Vai embora daqui.

- Escuta aqui, eu estou dando uma oportunidade nem todas as pressas aqui tem esse privilégio! - ela gritou e saiu batendo pé

Eu fiquei séria logo que ela foi embora e voltei a me deitar na cama.

" Eu? No bando das víboras? Nem pensar prefiro limpar a casa de banho todo dia do que estar naquele bando, era só o que faltava fazer parte de um bando na cadeia eu Hanna Roque? " - pensei e sorri sarcasticamente

No dia seguinte...

Acordei e fui directo fazer meus trabalhos, varrer o corredor e limpar com a cara emburrada.

Peguei o mope e limpei, Víbora passou sujando o chão com suas botas pretas.

- Oquê? Enlouqueceu mulher? - eu gritei atirando o mope para o chão indo em direcção dela e a peguei pelo cabelo

- Se você não me soltar em 30s eu chamo a guarda e você vai a solitária. - ela disse sinica

- Da próxima vez que você me provocar eu arranco a sua cabeça, cascavel. - eu disse e a joguei no chão e ela sorrio sarcástica. Se levantou e foi embora

- Hey! - ela me chamou com a mão na cintura e olhei pra ela - É Víbora e não Cascavel, não esquece.

Terminei de limpar e fui até a sala de refeições. Levei o meu matabicho e me sentei sozinha no canto observando todo movimento, algumas policiais passavam drogas para as detentas e assim sucessivamente rolava a droga era colocada sobre a refeição e assim se drogavam.

- E aí? Ficou sozinha, sua protetora foi embora e você ficou. - uma víbora disse e as outras riram, a Víbora chefe não estava - Nós vamos acabar contigo bebezinha! - ela bateu o pé no chão e foram embora, apenas as ignorei.

" Daqui a seis dias, será meu julgamento. O julgamento definitivo o comitê vai decidir a minha sentença, e será que eu vou aguentar ver o rosto de decepção da minha mãe? Ficar nesse lugar, e se eles se esquecerem de mim? Será melhor aceitar a proposta da Víbora?..."

Dias depois...

" É hoje... " - pensei

Me levantei de manhã, fui tomar banho e fui levada a sala de julgamento, Abner e minha mãe já haviam chegado.

- Pronta? - Abner perguntou me abraçando

- Não sei, eu estou com medo. - eu disse o olhando nos olhos

- Não precisa, eu estou aqui contigo. - ele disse e segurou minha mão

- Eu sei, obrigada. - eu disse e vi minha mãe vindo em minha direcção

Nós abraçamos e ela me deu um beijo na testa.

- Filha, não esqueça que estamos aqui pra te apoiar sempre seja corajosa e confiante. - ela disse e voltou para seu ligar com pressa

- Espera um pouco aqui, eu volto já. - Abner disse e eu me sentei no banco do réu

Esperei por alguns minutos.

- Hanna, oi. - sua voz doce era única e trazia lembranças da nossa infância de nossas brincadeiras, conversas escondidas no armário para que não fossemos encontradas depois de nossas travessuras ela era meu diário e eu o dela.

Levantei com as pernas bambas e me virei lentamente e a olhei ela era a mesma loira, olhos azuis os lábios rosa a magrela que esteve comigo em vários momentos bons e maus mais agora era a hora de saber se receberia o seu julgamento ou apoio e conforto de uma amiga.

- Você não vai abraçar tua melhor amiga não? - ela disse me puxando pra junto dela eu a abraçei com todas minhas forças.

- Betty.,.. - eu disse em meio a choros

- Mas não aperta demais se não machuca meu bebezinho... - ela disse e eu sorri

- Ahhh me perdoa. - eu disse e toquei lentamente a barriga dela

- Relaxa. - ela disse com um leve sorriso

- Eu posso explicar o porquê de estar aqui... - tentei me explicar

- Não não, você não precisa explicar nada eu não me importo com o que você fez você sempre vai ser minha irmã. - ela disse e me olhou de baixo para cima e disse - Até que esse uniforme não te ficou mal...

- Só você pra me fazer rir numa hora dessas. - eu disse gargalhando

- Não é em vão que sou sua melhor amiga. - ela disse com ar de convencida

Conversamos durante alguns minutos até que o juíz entrou, ele entrou e todos ficaram de pé.

- Declaro iniciado o julgamento da cidadã Hanna Roque, acusada de Cárcere Privado e maus tratos. Sendo que em seu primeiro julgamento Hanna Roque se declarou culpada e confessou ter ocultado a morte da ex ginecologista Miana Brandão que caiu de dez degraus e foi morte instantânea, os nossos agentes de investigação confirmaram que o corpo da ginecologista foi enterrado em casa de Lisa Mattel. A acusada permaneça de pé. - o juíz disse eu me levantei e os outros sentaram - Hanna Roque, tem algo a dizer em sua defesa?

- Não, juíz eu ainda me declaro culpada. - eu disse e exprimi os lábios

- Sendo assim, a sentença decidida pelo comitê será declarada. - o juíz disse e engoli em seco

O comitê entregou um envelope ao juíz e todos o olhavam apreensivos esperando que ele declarasse a sentença.

- Relaxem pessoal, mudem essas caras credo até parecem zumbis prestes a atacar. - o juíz disse e todos rimos, até eu e o momento de tenção foi aliviado

O juíz abriu o envelope e olhou pra mim e eu pra ele confiante ele respirou fundo e olhou para o papel.

- O Tribunal declara a acusada Hanna Roque a 7 anos de prisão por Cárcere Privado e maus tratos e a 5 anos de prisão por ocultar a morte da ginecologista Miana Brandão, sendo que acusada cumprirá 12 anos de prisão. A pena poderá ser reduzida a 6 anos de prisão por bom comportamento dentro de 2 meses, declaro este julgamento encerrado! - o juíz disse e bateu o martelo

" É o fim ou o começo? Eu tinha duas alternativas e uma escolha. Mudar ou me afundar ainda mais no oceano da dor? Me lixar para a Hanna que eu era ou recuperá-la. "

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Revisado. O dedo não dói se deixar o seu voto.

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora