Capítulo 37: Perto do Pai

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Abner narrando:

Depois do que Hanna me disse eu fiquei confuso, sem entender nada.
Eu conhecia Hanna a muito tempo mas nunca havia me falado algo assim, era como se não fosse a minha Hanna não soube como agir nem o que falar preferi sair e pensar.

Saí da cadeia a pé e fui caminhar na calçada da praia, de longe vi dois idosos mas continuei caminhando sem olhar para eles.

- Filho! - a senhora de cabelos castanhos com madeixas brancas o vestido verde escuro feito de seda e sabrinas brancas me chamou e eu apenas olhei pra ela

- Eu? - perguntei olhando para ver se não tinha outra pessoa que ela estaria chamando

- Sim você. - respondeu o senhor de cabelos brancos, olhos azuis e a pele enrugada igual a esposa. Vestia uma camisa azul marinho e calças a condizer com sapatos pretos

Eu me aproximei deles, tinha lá uma mesa com livros cristãos algumas Bíblias e cadeiras.

- Você pode sentar aqui rapaz. - o senhor disse então me sentei numa das cadeiras de madeira que ali tinha e eles sentaram também

- Como você se chama? - a senhora perguntou

- Abner. - eu disse e olhei para baixo eu estava muito triste, as lágrimas invadiram meus olhos

- Eu me chamo Simone, e este é meu esposo Carlos como você está? - ela perguntou

- Você nem deixou eu me apresentar... - Carlos disse com uma carreta engraçada e eu sorri

- Eu... - eu ia dizer que estava bem mas não era totalmente verdade

- Eu sei que você não está bem Abner, eu percebi de longe. - Carlos disse colocando a mão no meu ombro e uma lágrima minha caiu

- Pode contar para nós, estamos aqui para te ajudar. - Simone disse doce

- Não é nada importante. - eu disse

- Pode contar. - Carlos disse e eu senti que podia confiar nele

- Eu tenho uma noiva e ela está presa. - eu disse depois de ter engolido em seco

- Porquê? - Carlos perguntou

- Ela foi estuprada e quis... - eu contei até o fim

- Que pena que as coisas tenham terminado assim, mas o que você deve fazer é dar o seu apoio. - Simone disse

- Eu tenho dado o meu suporte... - eu disse tentando me lembrar do nome dela

- Simone. - ela disse e sorrio

- Sim, eu tenho dado o meu suporte e a dias atrás ela teve uma overdose então entrou em coma. - eu disse e olhei para eles

- E ela está bem? - Carlos perguntou

- Não sei, ontem ela saiu do coma de uma forma milagrosa as esperanças eram poucas para sua recuperação mas ninguém sabe o que aconteceu ela recuperou. - eu disse gesticulando e os dois sorriam - Mas hoje ao acordar ela falou de algo que eu não sei se é bom ou mau, foi estranho ouvir aquilo dela. - eu disse franzindo a testa

- O que ela disse? - Carlos perguntou

- Ela falou que havia recebido o perdão de Deus, uma segunda chance que ela estava de joelhos diante de Deus e essas coisas e agora eu estou confuso porque sei que ela não mentiria pra mim mas isso também me parece loucura de mais vocês não acham? - eu perguntei e eles entreolharam-se

- Olha Abner isso parece uma loucura eu sei. Mas eu vou fazer uma pergunta, você acredita em Deus? - Simone perguntou e não demorei a responder

- Claro que sim! - eu disse e revirei os olhos ela pegou na Bíblia e folheiou

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora