Capítulo 15: Corruptos

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- Você? - eu disse boquiaberta e no mesmo instante me arrependi de não ter continuado a investigar - O que você quer aqui?

- Cala boca! - ele disse e me puxou pelos cabelos até a sala de estar.

- O que é que se passa?! - eu disse gritando e deixando cair todas as minhas coisas

- Achou mesmo que ia fugir?! - ele disse e me jogou no chão - Hã?Achou?

- Porquê está fazendo isso? O que eu te fiz A... - e quando eu ia falar o nome dele ouvi som de um carro.

- Opah! A festa vai começar meus colegas chegaram. - ele disse num sorriso sínico

Eu olhava apreensiva para a porta e eles entraram, estavam usando máscaras pretas mas cada um vestia roupas diferentes.
Eles se aproximaram sem falar nada e um deles que parecia ser o chefe cheirou meus cabelos e disse num tom baixo

- Finalmente querida Hanna, finalmente.

- O que vocês querem comigo? - perguntei chorando sem parar - Me deixem ir embora, eu estou grávida não me machuquem por favor.

- Cala boca menina! - um deles disse e apontou uma arma na minha cabeça

- Hey hey calma, não faz besteira nós ainda precisamos dela. - ele disse fazendo o outro baixar a arma

Eles eram cinco homens no total.

- Agora amarra ela e fecha a boca dela. - disse o chefe

E eles me amarraram e a única coisa que eu fazia era chorar, estava perdendo as forças físicas e espirituais.

Eu não entendia como pessoas que eu nem se quer conheço queriam me ver morta? E o que seria do meu filho e da minha mãe? E se eles me matassem? Meu filho também estaria condenado a morte, criança nenhuma merecia aquilo.

E enquanto pensava nisso fui tomada por uma fúria inexplicável e comecei a gritar...

- Porquê vocês não mostram os rostos¿ Se vocês são homens de verdade! Mostrem quem verdadeiramente são! - eu disse olhando para cada um deles
E eles não falavam nada até que o que havia me apontado a arma veio e com toda a sua força me deu bateu e eu comecei a sangrar. Mas aquilo não foi suficiente para me parar.

- É só isso que você sabe fazer? Bater numa mulher grávida e indefesa? Covarde, desgraçado!

- Então é isso que você quer? Quer saber quem somos então terá seu pedido. - disse o chefe e se virou para os outros - Rapazes tirem as máscaras.

E eles obedeceram, eu fiquem mais que espantada ao ver aqueles rostos não sei descrever ao certo o que senti naquele instante.
Eu me senti traída, como eles puderam fazer aquilo?

Eu acreditei que eram pessoas que queriam o meu bem e eles me apunhalaram pelas costas. E o que eu fiz para que eles me odiassem tanto?
Eu apenas chorei sem conseguir tirar uma palavra da minha boca.
Eu olhei para o chefe com raiva, tristeza, rancor, ódio e tudo de mau que um ser humano pode sentir pois eu já sabia quem era o chefe.

- Então você com certeza é o Camelô. - eu disse fria

- Vejo que você é muito inteligente querida Hanna. - ele disse tirando a máscara e eu pude confirmar que era ele

Naquele momento minha vontade era de estrangular ele até a morte, era de sufocá-lo até ele não poder mais.

E os outros homens eram Adriano, Freddy, Kend, esses são policiais e havia mais um que eu não podia imaginar, era o homem do restaurante onde eu comprei as pizzas, o homem estranho que nem se quer falou comigo seu nome é Taylor.

- O que eu te fiz ? Para merecer isso? - eu perguntei num tom baixo e chorando

- Você nada mas eu vou te contar o porquê de eu fazer isso. - ele disse e colocou uma cadeira em frente de mim enquanto eu estava encostada na parede. - Eu e seu pai eramos jovens e melhores amigos quando conhecemos a tua mãe, eu amava ela mas nunca disse à ela nem ao seu pai o que sentia, teu pai também se apaixonou por ela e ela por ele e eles namoraram e mesmo assim eu não falava nada e aquilo acabava comigo. Ver a mulher da minha vida e o meu melhor amigo sendo felizes sem que eu pudesse fazer nada era de mais pra mim. Então eu preferi me afastar deles entrei na acadêmia militar mas não deixei de amar Mariza, segui minha vida, depois de alguns anos soube que eles haviam se casado e haviam tido uma filha e essa filha era o alvo perfeito para eu me vingar mas primeiro eu matei o teu pai, aquilo tudo no supermercado foi uma armação. - ele contara com o maior cinismo

- Covarde! Desgraçado! Eu te odeio! - eu disse sem conseguir me conter quando ele falou do meu pai

- Acalme-se querida, eu matei seu pai pois queria que tua mãe sofresse ,eu queria que Mariza sofresse como eu sofri por ter perdido o amor da minha vida.

- Isso é o que você achava, ela nunca foi sua! Minha mãe e meu pai se amavam e você destruiu minha família.

- Não! Ela tinha que amar somente a mim e não a ele. - ele disse se levantando e gritando comigo - E assim foi, ela sofreu muito mas meu desejo de ter a filha deles em meus braços não passou, eu mandava meus homens te seguirem dia e noite, eu mandava eles te mandarem cartas e tudo, eu fazia da tua vida um inferno.

- Monstro! - eu disse chorando - Pervertido!

- Sabe quem me transformou nisso? - ele me pegou pelos cabelos e me olhou no fundo dos olhos - Sua mãe, eu fiz tudo isso por amor a ela mas ela não me quis!

Eu não falei nada apenas o olhava com furor. Mas comecei a sentir medo do que podiam fazer comigo.

- Senhor e quando nós começamos? - perguntou Adriano com um olhar malicioso

- Antes vamos torturá-la um pouco. - disse Taylor e todos riram

- Já tenho até algumas idéias. - disse Freddy esfregando as mãos

O único que não falava nada era Kend ele me olhava com pena.
Adriano me colocou numa cadeira. E socou minha barriga.

- Olha só a boneca se fazendo de forte. - disse Taylor

- Aí, eu meu filho... - eu disse num tom baixinho e chorando

- Sabe o que nós vamos fazer com isto? - ele perguntou me olhando
Eu não respondia apenas olhava pra ele.

- Kend tira a blusa dela! - gritou Adriano

- Eu? Não eu não posso fazer isso. - disse Kend todo nervoso e olhando pra mim

- Você faz isso ou vai morrer com ela? - gritou Freddy

Ele não falou nada apenas foi em minha direção tremendo. Ele não queria fazer aquilo eu pude sentir isso.

- Sai daqui você não serve pra nada mesmo! - disse Adriano o empurrando e ele caiu no chão

Adrian tirou minha jacketa, e me deixou exposta eles riam de mim enquanto bebiam whisky caro e fumavam charutos.

- Tira as mãos de mim nojento! - eu disse me movimentando agressiva.

" A cada minuto que passava eu sentia uma parte de mim ir embora meu, coração estava se tornando em pedra. E eles me deixaram alí jogada e amarrada como se fosse um nada."

O Sheriff e os outros foram embora Kend ficou para me vigiar.

" E alí estava eu jogada no chão, e me arrependi de todas as vezes que eu tive a oportunidade de contar o que estava acontecendo comigo para minha mãe, para as pessoas mais próximas, se eu tivesse... " - eu pensei e não pude conter as lágrimas

Talvez eu não estaria sofrendo, talvez eu estaria bem e feliz ao lado das pessoas que amo mas por querer guardar as coisas só pra mim agora esse é o preço a pagar....

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora