Capítulo 39: De volta

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- Pergunta pra ela. - eu disse e desci da cama ainda segurando a mão da Víbora

- Ainda mais com uma faca. - a outra detenta disse e chutou a faca para porta e saiu apressada

- É, o que será que ela ia fazer? - eu disse com os olhos fixos nela sua respiração estava acelerada

- Eu não ía fazer nada me deixa ir embora. - e a soltei

- Onde pensa que vai? - uma detenta disse barrando Víbora - Você fica aqui até a policial vir.

Víbora permaneceu calada até que a detenta que saíra voltou com uma policial na companhia da directora do presídio.

- O que acontece? - a directora perguntou

- Víbora foi flagrada tentando esfaquear Hanna. - elas disseram

- Isso é verdade Hanna? - a directora perguntou

- Sim senhora. - respondi humildemente e ecoaram na cela os gritos da Víbora ela vinha pra cima de mim mas a policial a segurou

- Por sorte que eu ainda estava aqui. - a directora disse

- Eu queria te matar sim! Te odeio, Hanna te odeio entendeu? - Víbora gritava e eu apenas pensava " Pai perdoe-a... "

- Tira ela daqui e leva para solitária por tempo indeterminado . - a directora disse e Víbora foi levada - Podem voltar a dormir Víbora não incomodará mais, Hanna Roque amanhã logo cedo te quero na minha sala.

- Pode deixar. - eu disse e ela saiu

- Essa mulher é louca. - uma detenta disse

- A Víbora ou a directora. - eu perguntei num tom engraçado

- Víbora quem mais seria?
- ela perguntou e eu revirei os olhos sorrindo

- Vamos dormir. - eu disse e cada uma voltou a sua cama

Subi na minha cama e olhei para o teto pensando no que poderia ter acontecido...
"Eu estaria morta agora, mas meu Redentor me guardou, obrigada Jesus!"

No dia seguinte, domingo...

Me levantei cedo, fiz minha higiene matinal soltei o cabelo, abotoei a camisa usei minhas botas pretas e saí para o corredor estava lá uma policial que iria me levar a sala da directora.

- Estou pronta. - eu disse e a policial se aproximou de mim

- Vamos. - ela disse fria e ela foi em frente eu apenas a segui

Depois de alguns minutos eu estava na sala da directora, cheguei minutos antes então peguei um livro que lá tinha e comecei a ler.

- Você gosta de ler? - a directora perguntou e me assustei

- Muito. - eu respondi e sorri enquanto ela sentava na secretária

- Eu chamei você aqui porque tenho observado seu comportamento embora você não soubesse. - ela disse revirando alguns papéis enquanto eu a escutava com atenção - Você é uma das detentas que evoluiu muito aqui.

- Obrigada. - eu disse

- Não agradeça ainda. - ela disse e isso me chamou a atenção - Este foi o segundo ataque que Víbora tentou, e somando isso ao seu bom comportamento eu falei com a juíza que esteve na frente do seu julgamento e foi decidido que você cumprirá sua pena em casa. Ou seja Prisão Domiciliar.

Depois que a directora disse isso os meus olhos automaticamente se arregalaram.

- Muito obrigada pelo privilégio e a oportunidade! - eu disse e pensei em abraçá-la mas percebi que seria abuso de mais fazer isso

- Até seria feita mais uma conferência, mas a juíza preferiu que fosse assim. - ela disse e apenas abanei a cabeça positivamente

- E quando eu poderei voltar pra casa? - perguntei

- Você precisa assinar alguns papéis em que você promete cumprir todas as regras, colocar o dispositivo com GPS que mostrará sempre onde você está. Você poderá sair até sete quilómetros de sua casa e de três em três meses alguns promotores irão a sua casa para analisar seu comportamento e se estiver se comportando bem poderá receber sua liberdade em menos de um ano. - ela disse olhando pra mim e me entregou alguns papéis com caneta - Assine aqui.

Eu peguei e assinei lacrimejando, a directora se levantou e chamou uma policial que me levou a uma sala que colocaram lá o dispositivo com GPS.

- Aguarde aqui por favor. - a policial disse apontado um banco e lá me sentei

" Eu não estava acreditando, eu voltaria pra casa para minha família. "

- Livre. - ele disse atrás de mim e me virei

- Como você sabe? - eu perguntei surpresa

- Eu já sabia mas você tinha que saber por si só. - ele disse e o abracei forte

- Batoteiro. - eu disse e ele me entregou uma maleta castanha

- Tem aí o que você precisa e vai meter aí suas coisas que estão na cela. - ele disse e abri

Tinha lá o vestido que eu usei no primeiro encontro que tivemos e sandálias pretas novas. O vestido branco esfloreado.

- Onde você achou? - eu disse tirando da mala

- Por incrível que pareça, eu o trouxe quando vim pra essa cidade queria muito te ver usando-o. - ele disse carinhoso

- Abby, sempre com surpresas te amo. - eu disse e passei a mão no rosto dele

- Eu te amo mais! - ele disse e a policial se aproximou de nós

- Vou levá-la até sua cela para levar seus pertences. - ela disse

- Eu te espero aqui. - Abner disse e depois eu fui com a policial

Entrei na cela e as outras detentas não estavam lá, com certeza estavam fazendo suas tarefas eu não pude me despedir delas. Peguei minha Bíblia apenas, troquei o uniforme pelo vestido que Abner trouxe e voltei com a policial.

Me foi colocado o dispositivo, me foram devolvidos o meu celular, as roupas que eu trazia no dia em que fui presa, e as chaves do meu carro.

Eu estava pronta para voltar, entrei no carro da polícia que me escoltava até em casa e Abner seguia atrás de nós em seu carro.
Os policiais pararam na frente da casa e abriram a porta do carro eu desci e Abner veio ao meu encontro.

- A senhorita não pode tirar este dispositivo por muito tempo, o faça apenas para se banhar. - a policial disse

- Sim. - respondi

Nós entramos em casa e os policiais foram embora.

- Eu nem acredito! - eu disse sorrindo e notei que os outros não estavam em casa - Onde eles estão?

- Vem comigo. - Abner disse ignorando minha pergunta e saímos em direcção ao rio eu estava na frente

"Caminhavamos escutando os pássaros, cantarolar. De longe eu podia ouvir o som da água era bom estar de novo em casa!"

Pude ver minha mãe, Alex e Beth sorridentes me esperando debaixo da árvore o pano verde sobre a relva recheado que doces, guloseimas, bolos, frutas sumos. Corri até eles e lancei a maleta no chão então os abracei mais forte que pude pois estávamos juntos!

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Hanna livre! Estamos quase no fim mas isso não te impede de deixar seu voto e comentário. Esta história tem te ensinado algo então não seja egoísta partilhe com alguém.

E deixa aí nos comentários o que tem aprendido com essa história beijo!

Escrever é viver.

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora