- Pergunta pra ela. - eu disse e desci da cama ainda segurando a mão da Víbora
- Ainda mais com uma faca. - a outra detenta disse e chutou a faca para porta e saiu apressada
- É, o que será que ela ia fazer? - eu disse com os olhos fixos nela sua respiração estava acelerada
- Eu não ía fazer nada me deixa ir embora. - e a soltei
- Onde pensa que vai? - uma detenta disse barrando Víbora - Você fica aqui até a policial vir.
Víbora permaneceu calada até que a detenta que saíra voltou com uma policial na companhia da directora do presídio.
- O que acontece? - a directora perguntou
- Víbora foi flagrada tentando esfaquear Hanna. - elas disseram
- Isso é verdade Hanna? - a directora perguntou
- Sim senhora. - respondi humildemente e ecoaram na cela os gritos da Víbora ela vinha pra cima de mim mas a policial a segurou
- Por sorte que eu ainda estava aqui. - a directora disse
- Eu queria te matar sim! Te odeio, Hanna te odeio entendeu? - Víbora gritava e eu apenas pensava " Pai perdoe-a... "
- Tira ela daqui e leva para solitária por tempo indeterminado . - a directora disse e Víbora foi levada - Podem voltar a dormir Víbora não incomodará mais, Hanna Roque amanhã logo cedo te quero na minha sala.
- Pode deixar. - eu disse e ela saiu
- Essa mulher é louca. - uma detenta disse
- A Víbora ou a directora. - eu perguntei num tom engraçado
- Víbora quem mais seria?
- ela perguntou e eu revirei os olhos sorrindo- Vamos dormir. - eu disse e cada uma voltou a sua cama
Subi na minha cama e olhei para o teto pensando no que poderia ter acontecido...
"Eu estaria morta agora, mas meu Redentor me guardou, obrigada Jesus!"No dia seguinte, domingo...
Me levantei cedo, fiz minha higiene matinal soltei o cabelo, abotoei a camisa usei minhas botas pretas e saí para o corredor estava lá uma policial que iria me levar a sala da directora.
- Estou pronta. - eu disse e a policial se aproximou de mim
- Vamos. - ela disse fria e ela foi em frente eu apenas a segui
Depois de alguns minutos eu estava na sala da directora, cheguei minutos antes então peguei um livro que lá tinha e comecei a ler.
- Você gosta de ler? - a directora perguntou e me assustei
- Muito. - eu respondi e sorri enquanto ela sentava na secretária
- Eu chamei você aqui porque tenho observado seu comportamento embora você não soubesse. - ela disse revirando alguns papéis enquanto eu a escutava com atenção - Você é uma das detentas que evoluiu muito aqui.
- Obrigada. - eu disse
- Não agradeça ainda. - ela disse e isso me chamou a atenção - Este foi o segundo ataque que Víbora tentou, e somando isso ao seu bom comportamento eu falei com a juíza que esteve na frente do seu julgamento e foi decidido que você cumprirá sua pena em casa. Ou seja Prisão Domiciliar.
Depois que a directora disse isso os meus olhos automaticamente se arregalaram.
- Muito obrigada pelo privilégio e a oportunidade! - eu disse e pensei em abraçá-la mas percebi que seria abuso de mais fazer isso
- Até seria feita mais uma conferência, mas a juíza preferiu que fosse assim. - ela disse e apenas abanei a cabeça positivamente
- E quando eu poderei voltar pra casa? - perguntei
- Você precisa assinar alguns papéis em que você promete cumprir todas as regras, colocar o dispositivo com GPS que mostrará sempre onde você está. Você poderá sair até sete quilómetros de sua casa e de três em três meses alguns promotores irão a sua casa para analisar seu comportamento e se estiver se comportando bem poderá receber sua liberdade em menos de um ano. - ela disse olhando pra mim e me entregou alguns papéis com caneta - Assine aqui.
Eu peguei e assinei lacrimejando, a directora se levantou e chamou uma policial que me levou a uma sala que colocaram lá o dispositivo com GPS.
- Aguarde aqui por favor. - a policial disse apontado um banco e lá me sentei
" Eu não estava acreditando, eu voltaria pra casa para minha família. "
- Livre. - ele disse atrás de mim e me virei
- Como você sabe? - eu perguntei surpresa
- Eu já sabia mas você tinha que saber por si só. - ele disse e o abracei forte
- Batoteiro. - eu disse e ele me entregou uma maleta castanha
- Tem aí o que você precisa e vai meter aí suas coisas que estão na cela. - ele disse e abri
Tinha lá o vestido que eu usei no primeiro encontro que tivemos e sandálias pretas novas. O vestido branco esfloreado.
- Onde você achou? - eu disse tirando da mala
- Por incrível que pareça, eu o trouxe quando vim pra essa cidade queria muito te ver usando-o. - ele disse carinhoso
- Abby, sempre com surpresas te amo. - eu disse e passei a mão no rosto dele
- Eu te amo mais! - ele disse e a policial se aproximou de nós
- Vou levá-la até sua cela para levar seus pertences. - ela disse
- Eu te espero aqui. - Abner disse e depois eu fui com a policial
Entrei na cela e as outras detentas não estavam lá, com certeza estavam fazendo suas tarefas eu não pude me despedir delas. Peguei minha Bíblia apenas, troquei o uniforme pelo vestido que Abner trouxe e voltei com a policial.
Me foi colocado o dispositivo, me foram devolvidos o meu celular, as roupas que eu trazia no dia em que fui presa, e as chaves do meu carro.
Eu estava pronta para voltar, entrei no carro da polícia que me escoltava até em casa e Abner seguia atrás de nós em seu carro.
Os policiais pararam na frente da casa e abriram a porta do carro eu desci e Abner veio ao meu encontro.- A senhorita não pode tirar este dispositivo por muito tempo, o faça apenas para se banhar. - a policial disse
- Sim. - respondi
Nós entramos em casa e os policiais foram embora.
- Eu nem acredito! - eu disse sorrindo e notei que os outros não estavam em casa - Onde eles estão?
- Vem comigo. - Abner disse ignorando minha pergunta e saímos em direcção ao rio eu estava na frente
"Caminhavamos escutando os pássaros, cantarolar. De longe eu podia ouvir o som da água era bom estar de novo em casa!"
Pude ver minha mãe, Alex e Beth sorridentes me esperando debaixo da árvore o pano verde sobre a relva recheado que doces, guloseimas, bolos, frutas sumos. Corri até eles e lancei a maleta no chão então os abracei mais forte que pude pois estávamos juntos!
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Hanna livre! Estamos quase no fim mas isso não te impede de deixar seu voto e comentário. Esta história tem te ensinado algo então não seja egoísta partilhe com alguém.
E deixa aí nos comentários o que tem aprendido com essa história beijo!
Escrever é viver.
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A Vingança de Hanna: O Renascimento
Mistero / ThrillerSobreviver quando tudo que se quer é morrer, perdoar quando o desejo é matar, sorrir quando o desejo é chorar. Quando a dúvida bate a porta do coração e a loucura da incerteza invade a mente, navegar contra a maré da dor e angústia, almejado uma ale...