Capítulo 32: Hanna onde estás?

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" Uma lágrima escorreu no meu rosto, e olhei para baixo doeu mas eu sabia que era a justiça e que eu não poderia ficar em pune. Eu não sabia como olhar para todos que acreditaram em mim, todos que eu amava, pessoas que me deram o apoio que eu precisava. Como? "

Não tive nem coragem de me virar e olhar pra eles.

- Hanna. - ele me chamou e senti um aperto no coração

- Abner eu acho melhor que te vás embora, eu não quero falar com ninguém. - eu disse sem olhar pra ele

- Mas Hanna... - ele disse segurando minha mão mas o evitei e virei pra minha mãe

Levantei a mão pra ela, despedindo-a.

- Pode me para minha cela. - eu disse a policial que me esperava

- Não vai se despedir de sua família? - ela perguntou com os olhos arregalados

- Não. - eu disse seca e fui levada novamente a minha cela definitiva, também não entendi a minha reação com Abner, o porquê não o deixei me tocar, me abraçar e me apoiar. Entrei na cela e me deitei na beliche com a testa franzida e suspirei.

" Estaria minha vida começando ou terminando? Desistir ou insistir? Morrer ou viver? Sinto que fui desarmada, não tenho mais forças para prosseguir, para continuar e querer fazer tudo de novo. "

No dia seguinte...

A noite passada foi dura pra mim, mal consegui dormir pensando em minha vida dentro da cela. Me levantei sem ânimo nenhum, fui a sala de limpezas, varri e limpei os corredores. Fiz a minha primeira refeição tranquila e saí para o pátio, eu caminhava lentamente, quando uma bola de futebol chocou minha coluna e me virei pra ver quem era.

- Era só o que me faltava logo cedo... - eu disse revirando os olhos e apertando o punho

- Gostou do bom dia? - ela perguntou e me virei sem dar atenção - Você pensou na minha proposta?

Eu parei, engoli em seco e voltei a caminhar ,me sentei no mesmo lugar em que Rita me falou de Deus e pensei em todas palavras que ela disse, me revoltei ao lembrar daquelas palavras.

" Se Deus é bom porquê Ele me abandonou? Ele não se importa comigo, eu me tornei num monstro mesmo, então pra quê eu vou me arrepender? Pra quê eu vou mudar, porquê vou recuperar uma vida que já não é minha? Uma inocência que já perdi, não me importa mais nada eu não preciso mais do apoio de Abner e nem ninguém, que se dane tudo.
Eu sou uma prisioneira da maldade agora e vou viver como tal... "

Me levantei às pressas e fui até a cela da Víbora, e entrei sem permissão, ela estava lá com as outras víboras fumando cigarro.

- Quero falar contigo. - eu disse seca sem olhar pra ela

Ela fez um sinal com os dedos e as outras saíram.

- Eu sabia que você viria, mas não esperava que seria tão cedo. - ela disse aproximando e tocou a mexa de meu cabelo e andou em volta de mim lentamente

- Cala boca e me escuta. - eu disse e me virei pra ela que levantou as mãos como quem se rende - Eu vou fazer parte do seu bando.

- Não ouvi direito, você pode repetir? - ela debochou

- Mais uma piada dessas que eu mudo de ideia e vou embora. - eu disse seca e ela sentou novamente

- Tudo bem, mas quem quer fazer parte das víboras têm de fazer um batismo. - ela disse e soltou o fumo do cigarro - Fazer um corte com a letra V.

- Eu não vou fazer batismo nenhum, nem na Igreja eu batizei você acha que vou fazer isso aqui? - eu disse e sorri sarcástica

- Não há exceções pra ninguém! - ela gritou e levantou olhando pra mim com fúria

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora