Capítulo 2: Um trecho do que está por vir

168 10 0
                                    

O som fininho da porta me deixou ainda mais ansiosa, quando finalmente um rosto familiar.

- Ainda bem. - eu disse aliviada e colocando a mão no coração

- O que foi menina Hanna, algum problema? - perguntou o professor Paul.

- Não, podemos começar? - perguntei.

- Claro! - Ele disse me entregado vários papéis.  - Aí estão os exercícios.

- Oquê?!- aregalhei os olhos - Tudo isso, assim eu só saio daqui amanhã.

- Se não terminar hoje amanhã é dia. Agora começa logo que já está a ficar tarde. - ele disse sem me dar nenhuma atenção

- Professor chato... - Sussurei revirando os olhos

- O que você disse? - olhou para mim sério

- Eu disse...- fiz cafoné no cabelo - Sim professor Paul!

- Que bom. - disse frio e tornou para seus papéis

Se passaram três horas e eu só havia resolvido dois exercícios e o professor decidiu me liberar

- Já são 17:40min e você não pode chegar tarde em casa. - ele olhou para o relógio - Eu acho que esse castigo foi o suficiente para você aprender a lição.

Ele virou e foi.

A escola já estava quase vazia e estava frio levei minha bolsa e fui andando. As ruas estavam vazias e escuras o que me deu um pouco de medo.

Peguei no meu celular e nos fones coloquei música  pra ver se desfazia o medo.
Estava tudo bem quando senti que alguém me seguia e observava, olhei para trás mas não havia lá ninguém.

Continuei, dessa vez escutei alguns passos, 4 homens vinham atrás de mim, comecei a andar rápido tirei os fones.

- Deus, eu sei que não nos damos muito bem mas me ajuda por favor! O que eu faço?

Decidi entrar por uma pequena floresta que ia dar na minha rua e os homens passaram.

"Obrigada meu Deus!" - gritei em meu pensamento

Mas a impressão de que alguém me seguia ainda não havia passado e o medo ia crescendo, comecei a correr e alguém me perseguia

- Ai! - eu cai, e rapidamente me escondi atrás de uma árvore com a respiração ofegante

Escutei alguns passos e vi uma sombra, a pessoa misteriosa passou.

Tudo estava no silêncio, e não havia ninguém, me levantei, continuei correndo quando quase saia da floresta alguém pegou meu ombro.

- Me deixa! - gritei desesperada esmurrando seu peito

- Ei Hanna, oque foi?

Olhei pra seus olhos. Era Abner.

- Vem senta aqui - nós sentamos no chão ele limpou minhas lágrimas - Me conta o que foi?

Eu contei tudo pra ele...

- Graças a Deus não aconteceu nada, calma que já passou. - ele me deu um beijo na testa - E você vai contar pra tua mãe?

- Claro que não. - rapidamente me levantei do chão e ele também - Eu...eu não quero deixar ela preocupada.

- Tudo bem amor eu respeito sua decisão, agora vamos? - ele segurou minha mão e eu a dele

- Vamos sim. - sorri e ele aproximou ainda mais e me deu um beijo

Seguimos, e chegamos no portão da minha casa.

- Infelizmente chegamos. - Abner falou como uma expressão triste

- Como assim? - perguntei surpresa

- Eu não gosto de me despedir de ti, eu quero casar contigo, ser o pai dos teus filhos, envelhecer ao teu lado, eu quero acordar todos os dias e o primeiro rosto que quero ver é o teu. - ele disse

- Tu és... - eu gaguejei tentando encontrar as palavras certas

- Não, não fala nada. - ele colocou seu dedo indicador nos meus lábios - Hanna eu talvez posso não demonstrar muito o que eu sinto por ti, mas eu te amo...

- Eu acho que não ouvi direito você me? - eu apenas queria que ele repetisse

- EU TE AMOOO! Eu Te Amo Hanna Roque. - ele me pegou no colo e deu pequenos passos

Naquele momento eu esqueci o mundo. Como sempre acontecia, sempre que estivesse com ele.

- Tchau amor.  - ele me colocou no chão

- Mais um beijo. - fiz um biquinho

- Não, não. - ele deu alguns passos para trás, Abner era muito responsável e disciplinado diferente de mim que era pura emoção

Dei um tchau pra ele que retribuiu me mandando um beijo.

Entrei em casa, escutei o televisor me aproximei de fininho minha mãe estava dormindo no sofá, não quis acordá-la .

Subi para o meu quarto e sem pensar duas vezes fui tomar um banho bem quente.

Meu celular tocou era una mensagem de Abner

Abner: Já estou com saudades amor.

Hanna:Eu também, vai dormir logo que amanhã tem exame.

Abner: Sim, nos vemos amanhã.

Hanna: Beijo.

Vesti meu pijama rosa, desci para comer algo e minha mãe havia acordado.

- Hanna, meu amor você está bem? - me deu um abraço daqueles bem apertados

- Sim mãe, eu estou bem só demorei um pouco estava com o Abner  - eu disse

Não contei contar nada pois não quero preocupá-la.

- Com o Abner? Fazendo Oquê?

- Nada, apenas conversando. - disse enquanto servia

- Sei... - ela disse com um ar de desconfiança

Ficamos a comer e a jogar conversa fora. Meia hora depois fomos dormir.

Madrugada...

Num profundo sono, eu me vi numa floresta, desesperada e gritando...

- Abner! Mãe! - eu gritava desesperadamente mas era em vão

Escutava gargalhadas, comecei a correr entre as árvores, um homem me segurou e logo vinham mais três, tentavam abusar de mim.
E diziam coisas horríveis.

- Você é minha, você é minha...Minha.

Eu tentava gritar mas minha voz não saía.

- Hanna! Filha acorda, o que foi? - minha mãe me balançava com muita força

Eu queria abrir os olhos mas não conseguia.

- Fica aí, não se mexe e fica calma que eu já volto.

Depois de alguns segundos minha mãe voltou e passou um pano húmido em meu rosto.

Com a visão um pouco desfocada me sentei na cama

- Filha você está bem? - minha mãe perguntou beijando meu rosto

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora