O som fininho da porta me deixou ainda mais ansiosa, quando finalmente um rosto familiar.
- Ainda bem. - eu disse aliviada e colocando a mão no coração
- O que foi menina Hanna, algum problema? - perguntou o professor Paul.
- Não, podemos começar? - perguntei.
- Claro! - Ele disse me entregado vários papéis. - Aí estão os exercícios.
- Oquê?!- aregalhei os olhos - Tudo isso, assim eu só saio daqui amanhã.
- Se não terminar hoje amanhã é dia. Agora começa logo que já está a ficar tarde. - ele disse sem me dar nenhuma atenção
- Professor chato... - Sussurei revirando os olhos
- O que você disse? - olhou para mim sério
- Eu disse...- fiz cafoné no cabelo - Sim professor Paul!
- Que bom. - disse frio e tornou para seus papéis
Se passaram três horas e eu só havia resolvido dois exercícios e o professor decidiu me liberar
- Já são 17:40min e você não pode chegar tarde em casa. - ele olhou para o relógio - Eu acho que esse castigo foi o suficiente para você aprender a lição.
Ele virou e foi.
A escola já estava quase vazia e estava frio levei minha bolsa e fui andando. As ruas estavam vazias e escuras o que me deu um pouco de medo.
Peguei no meu celular e nos fones coloquei música pra ver se desfazia o medo.
Estava tudo bem quando senti que alguém me seguia e observava, olhei para trás mas não havia lá ninguém.Continuei, dessa vez escutei alguns passos, 4 homens vinham atrás de mim, comecei a andar rápido tirei os fones.
- Deus, eu sei que não nos damos muito bem mas me ajuda por favor! O que eu faço?
Decidi entrar por uma pequena floresta que ia dar na minha rua e os homens passaram.
"Obrigada meu Deus!" - gritei em meu pensamento
Mas a impressão de que alguém me seguia ainda não havia passado e o medo ia crescendo, comecei a correr e alguém me perseguia
- Ai! - eu cai, e rapidamente me escondi atrás de uma árvore com a respiração ofegante
Escutei alguns passos e vi uma sombra, a pessoa misteriosa passou.
Tudo estava no silêncio, e não havia ninguém, me levantei, continuei correndo quando quase saia da floresta alguém pegou meu ombro.
- Me deixa! - gritei desesperada esmurrando seu peito
- Ei Hanna, oque foi?
Olhei pra seus olhos. Era Abner.
- Vem senta aqui - nós sentamos no chão ele limpou minhas lágrimas - Me conta o que foi?
Eu contei tudo pra ele...
- Graças a Deus não aconteceu nada, calma que já passou. - ele me deu um beijo na testa - E você vai contar pra tua mãe?
- Claro que não. - rapidamente me levantei do chão e ele também - Eu...eu não quero deixar ela preocupada.
- Tudo bem amor eu respeito sua decisão, agora vamos? - ele segurou minha mão e eu a dele
- Vamos sim. - sorri e ele aproximou ainda mais e me deu um beijo
Seguimos, e chegamos no portão da minha casa.
- Infelizmente chegamos. - Abner falou como uma expressão triste
- Como assim? - perguntei surpresa
- Eu não gosto de me despedir de ti, eu quero casar contigo, ser o pai dos teus filhos, envelhecer ao teu lado, eu quero acordar todos os dias e o primeiro rosto que quero ver é o teu. - ele disse
- Tu és... - eu gaguejei tentando encontrar as palavras certas
- Não, não fala nada. - ele colocou seu dedo indicador nos meus lábios - Hanna eu talvez posso não demonstrar muito o que eu sinto por ti, mas eu te amo...
- Eu acho que não ouvi direito você me? - eu apenas queria que ele repetisse
- EU TE AMOOO! Eu Te Amo Hanna Roque. - ele me pegou no colo e deu pequenos passos
Naquele momento eu esqueci o mundo. Como sempre acontecia, sempre que estivesse com ele.
- Tchau amor. - ele me colocou no chão
- Mais um beijo. - fiz um biquinho
- Não, não. - ele deu alguns passos para trás, Abner era muito responsável e disciplinado diferente de mim que era pura emoção
Dei um tchau pra ele que retribuiu me mandando um beijo.
Entrei em casa, escutei o televisor me aproximei de fininho minha mãe estava dormindo no sofá, não quis acordá-la .
Subi para o meu quarto e sem pensar duas vezes fui tomar um banho bem quente.
Meu celular tocou era una mensagem de Abner
Abner: Já estou com saudades amor.
Hanna:Eu também, vai dormir logo que amanhã tem exame.
Abner: Sim, nos vemos amanhã.
Hanna: Beijo.
Vesti meu pijama rosa, desci para comer algo e minha mãe havia acordado.
- Hanna, meu amor você está bem? - me deu um abraço daqueles bem apertados
- Sim mãe, eu estou bem só demorei um pouco estava com o Abner - eu disse
Não contei contar nada pois não quero preocupá-la.
- Com o Abner? Fazendo Oquê?
- Nada, apenas conversando. - disse enquanto servia
- Sei... - ela disse com um ar de desconfiança
Ficamos a comer e a jogar conversa fora. Meia hora depois fomos dormir.
Madrugada...
Num profundo sono, eu me vi numa floresta, desesperada e gritando...
- Abner! Mãe! - eu gritava desesperadamente mas era em vão
Escutava gargalhadas, comecei a correr entre as árvores, um homem me segurou e logo vinham mais três, tentavam abusar de mim.
E diziam coisas horríveis.- Você é minha, você é minha...Minha.
Eu tentava gritar mas minha voz não saía.
- Hanna! Filha acorda, o que foi? - minha mãe me balançava com muita força
Eu queria abrir os olhos mas não conseguia.
- Fica aí, não se mexe e fica calma que eu já volto.
Depois de alguns segundos minha mãe voltou e passou um pano húmido em meu rosto.
Com a visão um pouco desfocada me sentei na cama
- Filha você está bem? - minha mãe perguntou beijando meu rosto
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A Vingança de Hanna: O Renascimento
Mystery / ThrillerSobreviver quando tudo que se quer é morrer, perdoar quando o desejo é matar, sorrir quando o desejo é chorar. Quando a dúvida bate a porta do coração e a loucura da incerteza invade a mente, navegar contra a maré da dor e angústia, almejado uma ale...