Capítulo 12: A Caminhada

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Sem palavras percorria sala inteira com um olhar perplexo.
Eu não sabia nem o que pensar.

" O que eu faço primeiro? " - eu me perguntei tentando manter a calma por causa da gravidez

Só fui saltando as coisas jogadas no chão até chegar a mesa pra pegar no meu celular e digitar o número de emergência...

( Chamando... )

- Alô? É da polícia? Me ajudem por favor... - eu disse com a respiração ofegante e o coração a mil

- Minha senhora acalme-se por favor. O que aconteceu? - disse o outro suposto policial do outro lado da linha

- A minha casa.... - eu não aguentava falar estava perdendo a respiração

- Espera a polícia já vai para aí, está bem?

- Aham. - eu respondi tremendo

Fui para o meu quarto ver se estava tudo bem e tudo estava em ordem mas havia um bilhete colado na cabeceira e estava lá escrito...

" Sharks, 23:00. "

" Mas um bilhete, eu não entendo porquê? O que significam essas datas e esses horários. "

E em poucos minutos eu ouvi a cirene da polícia, rapidamente desci e abri a porta e dei de cara com o Camelô sorridente como da última vez.

- Entrem por favor. - eu disse dando espaço para que entrassem

Estava lá outro policial, ele era de uma altura média, seus cabelos eram muito curtos, tinha bigode e barba, os olhos castanhos os lábios finos.

- Senhorita Hanna lhe apresento o policial Adriano. - eu apenas acenei - Ele é quem vai cuidar do teu caso.

- Então senhorita Hanna eu gostaria de saber se é a primeira vez que isso acontece? - perguntou policial

- Sim é. - eu respondi e ele anotou

- Já recebeu algum tipo de ameaça?

- Aqui não. - eu disse me lembrando das ameaças que recebia quando estava em minha cidade

- Como assim aqui nunca? - ele perguntou me dando toda a atenção

- Na minha cidade eu recebia sim alguns bilhetes com ameaças na porta de casa. - eu disse mais calma

- Tinha algum nome escrito, alguma pista ou algo do tipo? - ele perguntou

- Não sei... Mas vinha lá um desenho de tubarão se não estou enganada. - eu disse

- Tubarão?

- Sim. E eu recebi mais uma chamada... - eu contei sobre a chamada.

20min depois...

- Bom senhorita Hanna, por hoje é tudo, mas nós iremos mandar policiais que vão se encarregar da vigilância da casa 24h por dia tudo bem?

- Tudo bem. - eu disse os encaminhando para porta

- Amanhã nós voltámos pra ver se está tudo bem. - disse o Adriano

Eu apenas confirmei com a cabeça e eles se foram.
Eu não queria saber de mais nada, apenas tomei um calmante e fui me jogar cama.

No dia seguinte 06:35...

Acordei muito cedo, tomei banho frio vesti um fato de treino cinza uma regada branca de um camisola cinza e saí pra caminhar.

As ruas eram muito calmas já a 20min que eu caminhava e nenhum sinal de vida.

" Na verdade eu havia saído pra pensar e desabafar com o vento, me sentia só e triste longe da minha família, Abner e meus amigos. Vim a procura de paz, mas pelo contrário mais tormento, mais perseguições. Porquê minha vida não pode ser como a de uma jovem normal?...." - eu pensava e no mesmo instante senti escorrer no meu rosto uma lágrima.

A Vingança de Hanna: O RenascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora