Capítulo 23 - Grupo de cientistas

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- Então vocês vão aprender - falei confiante. - Cadê seus amigos? - perguntei à procurar.

- Lá em cima pegando os equipamentos de laboratório que estão intactos - Adam respondeu.

      Nós dois fomos lá para cima, estava tudo destruído, parecendo uma cena de guerra( e foi); olhei para o chão e comecei a pegar tudo que eu achei necessário para um resgate: corda, faca, chiclete, estilete e por fim uma arma( não encontrei isso no chão, infelizmente).

- O que você está fazendo Lu? - questionou Adam achando que eu sou uma lunática.

- Não dá pra perceber? Pegando o que é importante para resgatar meu pai e minha tia. - respondi com esperança no olhar.

- Temos que fazer do jeito certo então, vamos até um tio meu, que tem tudo. - meu guarda-costa falou tirando as coisas dos meus braços.

- Sério que você fez eu gastar meu tempo pegando essas coisas de sei lá da onde vieram, para dizer que você tem um parente que possui tudo!? - gritei nervosa.

- É - ele respondeu rindo de mim.

- Só você mesmo - bufei. - Agora e  seus amigos? - questionei procurando eles.

- Estão logo ali, aqueles cinco baixinhos -  Adam respondeu apontando.

- Você tem algum preconceito contra baixinhos? Porque eu sou uma! - cruzei os braços.

- Não, não, acho que eles têm mais habilidades do que os altos. - meu protetor respondeu sorrindo.

- É verdade - sorri. - Vamos até eles.

      Andamos sobre as pedras, nem vou comentar o simples fato que eu caí de cara no chão indo ao encontro deles, eu ri de  mim, dá pra imaginar o mico que eu passei? Não, não dá. Finalmente sem mais tropeços, eu cheguei até eles. Havia um loirinho, dois gêmeos ruivos, e dois de cabelos escuros; eles parecem ser bem bacanas.

- Oi pessoal, eu sou a amiga do Adam. - comentei.

- Sim nós sabemos tudo sobre você, tivemos que fazer pesquisas ao seus respeito. - respondeu os dois gêmeos em conjunto.

- Que legal eles falam juntos. - Balancei a cabeça. - Como assim me pesquisaram!? - questionei.

- Seu pai que pediu. Pesquisamos seus hábitos alimentares, sua rotina, descobrimos tudo isso através do Facebook, aliás, eu sugiro, que você não poste tudo da sua vida nessa rede social. - o loirinho respondeu ajeitando seus óculos redondos.

- Valeu pela sugestão - dei um sorriso forçado. - Quando encontrar meu pai eu me resolvo com ele. - sussurrei.

- Como assim o doutor Cristiano está desaparecido? - perguntou um moreno dos olhos verdes.

- Ele está na mão de um dos terroristas - Adam respondeu.

- Por isso que eu estou aqui, para que vocês me ajudem a salvar meu pai, por favor - juntei as mãos em forma de pedido.

- Ele é como se fosse meu tio, estou dentro - disse um dos  morenos de cabelo espetado.

- Estamos dentro - os gêmeos falaram em conjunto novamente.

- Nós também - O loirinho disse olhando para o moreno de olhos verdes.

- E o nome de vocês? - perguntei.

- O meu é Steve - um dos gêmeos respondeu.

- O meu é Cleif - o outro ruivo disse.

- Pode me chamar de Pika - o moreno do cabelo espetado disse piscando.

- Quer mesmo que eu te chame disso? - indaguei estranhando e ele apenas concordou com a cabeça.

- West - falou o loirinho colocando um boné de um programa científico.

- Bene - os olhos verdes disse sem muito ânimo.

- Perfeito, vamos lá! - falei colocando a mão no meio da roda, animada até demais. - Esqueci que vocês são garotos. - Tirei meu sorriso e recolhi minha mão.

- Esquadrão classe beta ao ataque! - Adam disse rompendo o vácuo.

       Os garotos começaram a dar toques que só meninos sabem fazer, fiquei lá tocando o vento. Depois deles terminarem com essa frescura, nós fomos para a van do Bene, ela é azul escuro com uma faixa do lado esquerdo laranja( bem chamativa); não era uma simples van, lá dentro havia computadores na parte de trás, tudo muito perfeito. Todos entraram e se sentaram.

- Colocaram os cintos? - perguntou Pika, o carinha que havia piscado pra mim( pensava eu que ele era o mais rebelde de todos dali).

- Tá falando sério? - questionei.

- Sérissimo - respondeu Adam que estava no banco da frente junto com o motorista.

     Resmunguei e coloquei o cinto com raiva. Os dois gêmeos estavam sentados ao meu lado, um colocava o cinto do outro, parecendo crianças, os dois são muito fofinhos com sardinhas pelo rosto, e olhos azuis, mas eles parecem ter oito anos.

- Quantos anos vocês têm? - questionei  curiosa.

- Nós temos 15 - os dois responderam em conjunto.

- Tão novos para já trabalharem em laboratórios - comentei admirada.

- Na verdade nós somos filhos do dono do local - disse um dos dois, sei lá quem, vou confundi-los toda hora.

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora