Adam ficou cantarolando uma música muito irritante ao longo do percurso até o hotel. Tampei meus ouvidos, contudo ele tinha um sentido que sabia quando eu fazia isso e este cantava ainda mais alto só para me deixar mais nervosa e brava.
- Dá pra calar a boca!? - gritei nervosa.
- Na verdade o que produz o som é a vibração das cordas vocais - ele respondeu e eu nunca quis matar alguém nessa vida como agora.
- Arg! Eu te odeio! - falei batendo os pés em sua barriga.
- Sério? - ele perguntou parando e me colocando no chão.
Não respondi nada, só andei o resto da jornada em silêncio e ele como sempre atrás, cara, eu só quero saber o que está acontecendo com minha vida, porque meu pai me abandonou? E esses malfeitores que nos perseguem, quem são e por qual motivo. Fiquei muito pensativa, nem notei que já estava no elevador do hotel, o Adam estava na minha frente tentanto não olhar para meus olhos, o mesmo ficou cabisbaixo.
- Ei, eu tava com raiva quando disse aquilo. - falei tentanto me redimir pelo o que eu havia dito anteriormente. - Você está bem?
- Estou - ele falou friamente e virou o rosto para mim.
- Desculpa... - fiquei sem jeito. - Você tem que me admirar, não digo isso pra qualquer um e isso é bem raro também.
- Já te admiro até demais - Adam falou, ficando mais feliz.
Incorporei um tomate com certeza, mas resolvi ficar calada, sem muita lenga lenga, não posso gostar de mais ninguém, principalmente uma pessoa que está me protegendo. A porta do elevador se abriu e eu me deparo com minha tia e a Senhora Andirá, as duas com braços cruzados franzindo as testas.
- Aonde a senhorita estava? - minha tia falou levantando uma das sobrancelhas.
- Num restaurante - respondi.
Pensei seriamente em falar para ela que eu havia encontrado meu tio, mas acho que Mary iria dar um soco nele em vez de beijos, então fiquei calada; e também nem era o melhor momento para contar isso.
- Nunca mais saía sem me avisar! Ouvi mocinha? - tia Mary me encarou esperando uma resposta.
- Sim tia - respondi.
Saí do elevador antes que suas portas fechassem e me esmagasse (só eu que tenho medo disso acontecer?). Entrei no meu quarto e me guarda-costas logo atrás como sempre. Me sentei na cama e ele ficou em pé na minha frente com sua postura de retrato.
- Você já dormiu ? - perguntei o fitando.
- Sim, quando eu era recém nascido. Tirei uma boa soneca - ele respondeu e eu revirei os olhos.
- Não foi isso que eu quis perguntar, mas deixa pra lá, com doido não se discute. Dorme um pouco. Você precisa de forças para conseguir sair hoje a noite comigo - falei.
- Aé? Pra onde nós vamos? - Adam questionou.
- Ao cinema. Lembra que você disse que eu tinha uma ficção por ir ao cinema? Então - respondi. - Agora, você, meu guarda-costas tem que dormir.
- Não posso.
- Ah já chega.
Me levantei e o empurrei para a cama, Adam caiu em cima dela, tirei seus sapatos, e suas meias com chulé, tampei o nariz para não morrer envenenada, intoxicada, essas coisas que a meia dele podia fazer.
- Agora dorme. Dormir é bom - falei sem paciência.
- Mas...
O interrompi tampando sua boca com meu dedo indicador.
- Shhhh - fiz esse som e depois tirei o dedo de sua boca.
- Sabe quantas bactérias seu dedo tem? - ele se levantou e foi até o banheiro para lavar sua boca.
Me deu uma crise de riso, comecei a rir de seu exagero, me deitei na cama com dor na barriga por tanto gargalhar. Adam saiu do banheiro e me olhou, estranhando o motivo da possível piada.
- Agora é sério - falei recuperando o ar. - Quero saber com o que você trabalha e sua amiguinha" Jenny ".
- Acho melhor eu dormir mesmo - Adam disse se deitando ao meu lado só que virado para o outro lado.
- Pra que tanto segredo? Uma hora ou outra eu vou descobrir - falei dando um tapa nas costas do guarda-costa.
- Tá bom vou te contar, eu trabalho com o corpo - ele riu.
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O Guarda-costas
CasualePLÁGIO É CRIME! Luíza tem 17 anos. Ela é muito rebelde e ríspida. "Lu" foi deixada por seu pai, por motivos desconhecidos, com Adam Winston. Ele vai se tornar seu guarda-costas. Os dois aprenderão a aturar um ao outro, principalmente Luíza que...