Capítulo 36 - Noite incrível

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          Chego perto do acampamento chorando de ódio, entro na minha barraca sem dar explicações para ninguém, deito naquele colchonete mais duro que o chão, e abafo meu choro no travesseiro. Minha mãe morreu por algo que poderia ter sido destruído desde quando foi criado. Por que meu pai não acabou com isso antes que pudesse destruir nossa vida? Como está ocorrendo agora.

      O tempo passou, todos comeram e depois foram dormir em suas barracas, sinto cheiro de fumaça, meu pai devia estar jogando água no fogo para acabar com a fogueira, houve um silêncio mortal, só ouvi o barulho das corujas e dos grilos. Adam entra na barraca e se deita ao meu lado, ele limpa meu rosto que ainda estava molhado.

- Não chora - Adam fala com sua voz grossa e rouca, a mais linda do mundo.

- É difícil - disse começando a chorar novamente, chega de sentimentalismo! Não sou assim, limpei minhas lágrimas e fechei meus olhos, me alcamei.

- Gostou de hoje? - ele perguntou se aproximando de mim devagar.

- Amei - respondi me virando para seu lado, e depois comecei a beija-lo, ficamos ofegantes.

- Lu, eu quero...

- Quer o que? - o interrompi :

- Fazer - Adam diz por fim, será que nós estávamos pensando na mesma coisa? Fiquei em cima dele e tirei sua blusa, a respiração dele acelerou, seu peito subia e descia com velocidade.

- Calma - sussurrei no seu ouvido direito e depois mordi a ponta da sua orelha, Adam gostou, deu pra perceber pelos seus batimentos cardíacos.

- Você é linda - meu guarda-costas falou entre os beijos, eu corei violentamente.

- E você, é a pessoa que eu tanto procurei, e achei finalmente - disse.

- Sabe o que eu mais gosto em você? - Adam questionou trocando de posição comigo, ele ficou em cima de mim e me fitou.

- O que? - perguntei fazendo uma voz sexy.

- Vai descobrir.

      Ele respondeu. Adam me beijou no pescoço, chupou na verdade, me fazendo suspirar, tirei sua calça rapidamente, passei minhas unhas nas suas costas e depois acariciei sua nuca. Meu guarda-costas tirou minha blusa e me presionou na cama, me beijando com prazer, nos separamos para recuperar o fôlego, mas depois voltávamos a nos beijar com mais intensidade. As roupas logo se foram, ficamos pele com pele, sentindo os arrepios um do outro, então finalmente ocorreu, a primeira vez do meu guarda-costas se foi.

- O que achou? - perguntei esbaforida me deitando ao seu lado.

- Preciso mesmo responder? Foi incrível. - ele respondeu entusiasmado. - Isso é melhor do que fazer contas matemáticas.

     Acabo rindo, mas realmente a noite foi incrível! Umas das melhores e mais especiais que eu já tive, que homem! Perco a respiração só em pensar nele. Acabamos adormecendo abraçados. Acordo com os pássaros cantando, visto minha blusa e volto a me deitar, estava com uma preguiça do cão.

- Bom dia - Adam fala beijando minha bochecha.

- Bom dia dorminhoco - dei um selo nele. - Que preguiça - comentei.

- Pois é.

      Alguém do lado de fora começa a fazer um barulho suspeito, falo em voz baixa para Adam se vestir e foi o que ele fez, coloco meu short e saio da cabana, vejo minha tia inchada, nossa ela tava ruim mesmo.

- Tia tá bem? - perguntei tentanto a fitá-la sem rir.

- Pareço bem!? - questionou ela nervosa. - Vamos embora daqui! - Mary grita fazendo todos os outros acordarem.

- O que está acontecendo!? - meu pai saí da sua barraca, ele está com a cara toda amassada e com os cabelos bagunçados.

- Não posso mais ficar aqui! - minha tia passou dos limites isso sim, mesmo que ela esteja com uma crise alérgica!

- Tia, estamos comemorando meus 18 anos! - falei com raiva.

- Cristiano Sousa dos Reis, quero falar com você a sós!

       Ela ordena indo para uns arbustos chamando meu pai, que ótimo ela quer estragar tudo, droga! Os dois conversam e pela cara que eles fizeram parecia que eu não iria ganhar essa guerra. Arranquei meu colar do pescoço e pisei nele, ele se quebrou na minha frente, mas o chip continuou intacto, peguei esse pequeno troço, estava prestes a tacar ele para longe, mas Adam segurou meu braço por trás.

- Porque você está fazendo isso? - ele questionou franzindo a testa.

- Isso só trouxe mortes e destruição - respondi com ódio na voz.

- Lu, vamos resolver isso tudo - ele me puxou para um abraço forçado que ajudou a me alcamar meus nervos.

- Presciso falar com você algo sério. Hoje a noite, nós dois na pedra cinzenta perto da cachoeira - sussurrei em seu ouvido.

     Minha tia acabou de resmungar e de reclamar com meu pai, os dois vieram em nossa direção e eu soltei Adam para encara-los.

- Vamos pra casa - Cristiano disse cabisbaixo.

- Mas pai... - tentei argumentar, mas ele me interrompeu, me senti contrariada.

- Deixa eu terminar. Eu e sua tia que vamos embora, vocês podem continuar aqui - ele falou desanimado.

- Poxa pai. Você sempre quis acampar também - disse.

- Pois é. Mas posso vir aqui uma outra hora sem sua tia - ele riu sem graça.

- Não posso mais ficar aqui nem por um segundo - Mary foi pegar suas bagagens.

- Tchau pai - o abracei fortemente, me despedindo.

- Te amo filha, - meu pai me beija na testa - juízo em? - ele me encarou e depois Adam, revirei os olhos, Cristiano nem sabe o que rolou na noite passada.

- Okay - sorri e dei um beijo na sua bochecha.

*****

Obrigada pelos votos e comentários, seus lindos e suas lindas! Bjos ...

PS: Capítulo não revisado.


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