Capítulo 45 - A explosão

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        Voltamos para a casa da Ruanita. Tentamos planejar uma saída para essa situação de fim de mundo. Conversamos e trocamos ideias. Nunca pensei que o futuro do meu país e da terra estaria guardado num pequeno chip inofensivo!

- E agora? Como vamos derrotar esses doidos? - questionei já sem ânimo.

- Temos que tomar alguma atitude! - Mary disse indignada.

- É o que estamos fazendo - resmunguei e minha tia me fuzilou com o olhar.

- Eu tenho um plano - falou Hard. - Na verdade, não tenho nenhum em mente - ele admitiu frustado.

- Nem eu - Bene diz suspirando.

- É o fim - Samara murmurou frustada.

- Alguém quer Gazpacho? - indagou Ruanita saindo da cozinha. Ela segurava uma bandeja com pratos, dentro deles há um caldo vermelho com folhas verdes por cima. É uma comida estranha e diferente.

- Não obrigada - respondi fazendo careta.

- É bueno ( bom ), sério - Ruanita insistiu. - Gazpacho é uma sopa fria que leva tomate, pepino, alho, entre outros ingredientes. Além de ser bastante tradicional na Espanha, também desfruta de grande popularidade em Portugal. Na Espanha, há diversas variações, como o Gazpacho da Andaluzia, o de Extremadura, o de Castilla e o de La Mancha.

- Eu acho que esse não é um horário apropriado para comer - meu pai disse demonstrando cansaço pela longa e extensa discussão.

- Como vamos lutar contra o mal se estamos com fome? - Ruanita comentou sorridente.

- Pausa pro lanche! - Bene falou carismático.

     Todos foram para cozinha. Quando fui me levantar da cadeira, o Adam me impediu de prosseguir.

- Lu - ele falou segurando minha mão. - Haja o que houver, nunca deixe de acreditar em mim. Eu não vou te abandonar, e sempre cuidarei de você.

- Por que você está falando isso? - questionei assustada.

- Porque talvez nós não voltemos com vida dessa missão - Adam respondeu parecendo angustiado.

- Deixa de ser pessimista - falei sincera. - Tudo vai dar certo. Agora vamos. Estou morrendo de...

      Quando eu ia terminar de falar, algo aconteceu. Uma força me atirou para longe. " Acho que foi uma explosão", pensei. Abri meus olhos e olhei em volta. Exatamente tudo estava destruído, os móveis, a construção, ambos em destrosos. Poeira e estilhaços tomavam conta do ar. Minha cabeça girava e meus ouvidos doíam.

- Adam - susurrei recuperando a consciência. Me sentei com dificuldade. - Adam! - meus ouvidos zumbiam.

     Parecia um filme de terror, em que eu gritava, o som não saía e ninguém me escutava. Minha visão ficou turva. Me levantei e cai no chão. Senti tontura, fraqueza e dor. As últimas coisas que eu me lembro foram de pessoas me pegando e levando-me para fora da casa, e em seguida eu desmaiava.

- Ora, ora - acordei com essa voz. Abri meus olhos, mas tudo estava preto. Meus olhos estavam vendados por um pano nada macio.

- Quem está aí? - indaguei confusa. É bem estranho não poder ver, e, para melhorar a situação ( sarcástica nem um pouco ), senti a dor de ter sido arremessada. Ai! Minhas costas!

- Não interessa! Agora você irá sair do meu caminho! - um homem grita paracendo furioso, aquela voz não me era familiar. - Foi difícil te encontrar, mas logo eu descobri - ele riu.

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora