Andirá mudou de expressão, ela se virou para não se mostrar. Um médico assustador veio até mim e aplicou, se não me engano, um calmante no meu braço esquerdo, apaguei na hora. Acordei ao lado do Adam, o mesmo está com um olhar fundo e sombrio, seus olhos estão vermelhos, sua cor está mais pálida do que nunca. Afinal ele é um zumbi ou um vampiro?
- Adam acordou, agora podemos soltá-lo e ver se a medicação atiantou - disse o doido do meu tio, Thomas.
Vieram três capangas e soltaram Adam, o mesmo ficou em pé. Como está a mudança? Sua feição mudou, seu posicionamento está diferente, meu protetor foi transformado.
- Adam - falei tentanto chamar sua atenção, ele olhou para mim franzindo a testa como se não me reconhecesse. - Sou eu, Lu.
- Não conheço você - meu protetor disse friamente.
- Isso! - gargalhou Jennifer aparecendo de trás de um computador. - S -U- C -E -S -S- O - soletrou ela olhando para Andirá.
- Perfeito. Agora ele pode nos dizer aonde está o chip. - Thomas comentou.
- Está - interrompi Adam :
- Não faz isso, o nosso futuro está em nossas mãos, não estrague. - disse triste.
Meu guarda-costas se virou para mim e se aproximou com sua cara de mal, ele chegou bem perto e piscou pra mim, Adam piscou! Isso é um gesto de confiança e de fuga em filmes.
- Ele está ali. - Adam apontou para os computadores que juntos iriam se transformar num robô.
- E aonde está o chip? Ali dentro? - perguntou Andirá pegando o maior dos computadores.
- É só apertar no botão azul e depois o verde.
Não estava acreditando, meu guarda-costas estava ativando o robô para que ele pudesse lutar contra os terroristas. Como o Adam reagiu ao medicamento? Funcionou nele? Tá, vou deixar as perguntas para depois, estávamos num momento muito crítico.
- Só isso? - questionou Andirá fazendo tudo que seu " filho" ordenou.
- Sim senhora - ele respondeu. - É só esperar alguns segundos.
Um barulho metálico começou a vir dos equipamentos, os meus amigos que estavam presos olharam supresos.
- Está funcionando - Bene disse com um sorriso alegre.
- Não! - Pi gritou sacando o que havia ocorrido. - Isso é um robô!Não demorou muito para que os vários computadores que estavam longe um do outro se juntassem. Foi incrível ver tudo dando certo.
- Tenho que achar meu pai - sussurrei cabisbaixa.
Alguém segura minha mão, eu olho para cima e vejo o Adam, ele não está bem, algo mudou nele, não sei explicar.
- Vamos sair daqui! - ele falou soltando minha mão indo até os garotos.
Todos estavam tão confusos com o que estava ocorrendo diante dos seus olhos que nem perceberam meu guarda-costas soltando os prisioneiros. Não muito tempo depois o robô já estava em pé, ele era gigante, tinha uns três metros de altura, nem sei como coube dentro daquela sala, os cientistas acharam que aquilo fazia parte das construções do meu pai, portanto não fizeram nada.
- Incrível - falou Pi admirado.
O XRT18 começou a ligar umas luzes vermelhas e amarelas para destrair os malfeitores, ele estendeu o braço robótico, de suas mãos saíram armas de fogo, e só aí que os terroristas se deram conta que aquilo era uma guerra.
- Vamos embora daqui! - gritou um comandante que estava lá dentro.
- Não! Temos que lutar! - gritou Jennifer espumando de ódio.
O XRT18 começou a atirar no chão, ele não foi construído para matar, mas sim assustar, os soldados começaram a pegar suas armas e atirar no robô, contudo sua armaradura era feita de aço.
- Temos que sair daqui! - falei tampando os ouvidos pelo barulho de tiros.
Adam pega minha mão esquerda e chama os garotos para nos seguirem, corremos até aquele portal gigante, mas para nossa alegria, a Jennifer está na frente da porta, junto com dois capangas ao seu lado, nos impedindo de sair.
- Não quero machucar vocês - Adam falou num tom ameaçador, ele está muito estranho.
- Tenta - "Jenny " ironiza e lançar um sorriso arrogante.
Adam solta minha mão e anda bem lentamente até a Jennifer, meu guarda-costa caminhou bem devagar, pareceu uma tartaruga idosa ( tá mais para uma lesma ). Ele ficou com a postura meio curvada, meu protetor fechou as mãos pronto para dar um soco nos dois soldados armados, Adam começou a correr, e depois acertou o primeiro malfeitor, que possui poucos fios cabelos, ele é calvo, não dava muito medo, mas esse soldado aparentava ter uma agilidade em golpes de karatê. Enquanto Adam lutava com um dos capangas, Jennifer e o outro militar vieram em nossa direção, os meus "amigos" me impurraram para frente e se esconderam atrás de mim.
- Meus heróis - revirei os olhos.
Me posicionei e esperei os dois virem, não tenho experiências em golpes, mas já vi muitos filmes de luta ( espero que isso ajude ), preferia morrer lutando do que esperar pela morte. "Jenny"a serpente rastejante, veio para cima de mim como um lobo perseguindo um pobre coelho, já o outro soldado foi em direção aos garotos, ou como eu os apelidei: frangotes. Jennifer se preparou para me dar um gancho de direita mas eu me abaixei e a impurrei, ela acabou caindo de bunda no chão, a mesma me fuzilou com o olhar e gritou de raiva.
- Sua idiota - falei cruzando os braços e a olhando de cima.
- Vamos ver quem é.
Ela deu um sorriso maléfico e me chutou na barriga, tudo isso ainda no chão ( que pernas mais longas ); me equilibrei para não cair, "Jenny " se levantou com uma agilidade de anos de prática. Ela me encarou por um tempo, agradeci por Jennifer ter feito isso, pois me deu um tempo para poder recuperar o fôlego ( só faltou o discurso dos vilões para que pudesse tirar um cochilo ). Não perdi tempo e fui para cima dela como um tigre, só que em vez de tirar a pele do bicho eu arranquei o cabelo, puxei seu coro cabeludo para baixo e ela gritou de dor ( tá, eu sei que pareceu muito típico de menininha fazer isso, mas isso ajudou e muito ). Dei um golpe na sua nuca e ela caiu no chão.
Ouço um som violento de tiro, olho para Adam assutado e vejo que o capanga estava em cima dele com uma arma apontada para sua cabeça, mas nada de sangue, suspirei aliviada. Então eu olho para os meninos e vejo um no chão, era West, com as mãos na barriga, corri até ele e presionei seu ferimento para que parasse de sangrar, comecei chorar em desespero, numa havia passado por isso antes.
- West. West, fala comigo! - exclamei tentanto mostrar calma, o fitei com tristeza.
☆☆☆☆☆
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Bjos :3
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O Guarda-costas
DiversosPLÁGIO É CRIME! Luíza tem 17 anos. Ela é muito rebelde e ríspida. "Lu" foi deixada por seu pai, por motivos desconhecidos, com Adam Winston. Ele vai se tornar seu guarda-costas. Os dois aprenderão a aturar um ao outro, principalmente Luíza que...