Capítulo 10 - Noite tranquila?

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        Acordei com um celular tocando uma música bem irritante, típica de despertador. Peguei o travesseiro e tampei meus ouvidos, mas aquele som insistiu em continuar.

- Dá pra alguém desligar isso! - exclamei ríspida.

     O barulho logo parou.

- Obrigada - disse satisfeita.

- Por nada - falou "Jenny" com sua voz de ratinha levantando da cama, atendendo o celular. Ela jogou seu travesseiro no meu rosto e eu a estrangulei mentalmente. - Alô?... Estou indo imediatamente.

     Jennifer desligou o celular e começou a tirar a camisola na frente do Adam ( ainda bem que ela estava usando as roupas íntimas ), sem vergonha. Me cobri com a coberta para não ver aquela imagem, se não quando eu voltasse a dormir eu teria pesadelos.

- Adam, vou ir para o escritório, talvez eu volte amanhã - "Jenny" fala e eu ouço um som de beijo. - Tchau.

     Ouvi um som de porta se fechando, fiquei resmungando baixinho, para que meu guarda-costas não ouvisse nada.

-Tá tudo bem aí? - Adam perguntou vindo até a cama me olhando.

- Ótimo, não podia estar melhor! - respondi sem paciência.

- Que bom que você está bem humorada - meu protetor falou saindo de perto da cama, voltando a sua posição anterior de papel de parede.

- Espera - falei. - Deita comigo? - perguntei sentando-me na cama para encara-lo. - Não quero ter um pesadelo.

- Tenho que te vigiar daqui - Adam respondeu querendo minha companhia, mas tentava ocultar isso, seus olhos te entregavam.

- Pode cuidar de mim me abraçando, deitado comigo - disse batendo na cama do lado oposto ao meu.

- Tá bom - ele venho até mim e se deitou comigo, ainda receoso, mas logo se aconchegou na cama ao meu lado.

- Me beija - falei olho no olho.

- Demorou em? - Adam disse com um sorriso safado.

      Ele me puxou na cama para perto do seu corpo, tirou minha blusa e eu a dele. Dei um beijo nele que o fez ficar sem ar, fiquei em cima dele beijando seu pescoço e Adam passando as mãos nas minhas costas, meu guarda-costas e eu rolamos na cama e acabamos caindo no chão, mas mesmo assim a pegação não acabou.

- Luíza! Luíza! - uma voz começa a gritar na minha mente e eu parei de beija-lo.

     De repente algo me suga para longe do corpo do Adam e eu relutando. Acordei no chão, abraçada com o lençol, meu guarda-costas estava agachado ao meu lado, estralando os dedos na minha frente para que eu acordasse do meu incrível sonho.

- Luíza! - ele me deu um tapinha de leve na bochecha.

- Que droga! Por que você tinha que me acordar? - perguntei me sentando no chão com raiva, cruzei os braços fazendo biquinho.

- Na próxima deixo você dormir em cima de um penhasco, okay? - ele respondeu irônico.

- Cadê a "Jenny"? - questionei.

- Não lembra? Ela saiu hoje de madrugada, você até falou: obrigada e depois apagou. - Adam respondeu me ajudando a levantar.

- Ah - falei desanimada pelo sonho não ter sido real.

      O que está rolando comigo? Estou desejando esse gato, perfeito e musculoso? Não, imagina! Ele só tem os olhos mais perfeitos do mundo, e seu corpo, nem posso comentar, seu olhar me faz voar, sua boca... Que droga! Estou gostando dele! Acho que ainda não acordei realmente, é só me beliscar que eu acordo, e foi o que eu fiz.

- Ai - falei depois de puxar minha pele do braço.

- Por que você fez isso? - questionou Adam estranhando.

- Para ver se eu acordo - respondi.

- Você é sonâmbula? - ele perguntou curioso.

- Esquece - disse desistindo de explicar.

     Fui até o banheiro e coloquei meu vestido colorido que o Adam detestou, mas eu adorei, passei uma maquiagem não muito vulgar e ajeitei o cabelo. Saí do banheiro tentanto chamar a atenção do meu protetor, mas sabe como os homens são, só percebem que você fez algo quando a gente pergunta.

- Gostou do meu vestido? - questionei querendo saber sua opinião novamente.

- Parece um sanduíche cheio de katchup - respondeu Adam rindo.

- Eu pareço um sanduíche que é servido por aí!? - gritei furiosa.

- Você não, Luíza você é linda, tô falando do vestido, é óbvio - Adam respondeu com um sorriso envergonhado.

- Obrigada - fiquei sem jeito. - Vamos fazer o que hoje? Ah me lembrei, você prometeu que iria responder minhas perguntas, que eu fiz ontem.

- Ah sim.

     Ele fez uma pausa e fez sinal para que eu me sentasse na cama.

- A primeira pergunta foi: porque seu pai foi embora, e a resposta é: assuntos de trabalho. O segundo questionamento foi: por quem nós estávamos sendo perseguidos? E a reposta é: por seres humanos, que têm a capacidade de se reproduzir e... -o interrompi.

- Você tá brincando com a minha cara!? - perdi a paciência.

- Pra que eu brincaria com sua cara se existe jogos? - Adam perguntou confuso como sempre.

- Você é um idiota mesmo, que ódio! - chorei de raiva, só não joguei um jarro nele porque depois eu teria que pagar.

- Foi você que não fez as perguntas certas e objetivas - disse Adam tentanto me acalmar, mas não deu muito certo.

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora