Capítulo 16 - O sequestro

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      Acordei em um lugar escuro e pequeno. Minhas pernas e mãos estavam presas com cordas, com certeza eu estava presa num porta mala. Bati com as mãos fechadas no teto e nada, só me restou entrar em pânico.

- Socorro! Socorro!

       Gritei várias e várias vezes, minha garganta começou a ficar seca, estava prestes a desmaiar quando alguém abre o porta mala, três pessoas mascaradas, me tiraram lá de dentro.

   - Me solta! - falei alto. - Socorro! - gritei em vão, estava dentro de uma casa abandonada.

    - Tampem a boca dela! - ordenou uma voz feminina.

      Colocaram uma fita adesiva larga nos meus lábios. Fiquei relutando, até perder as forças, me prenderam em uma cadeira de madeira com fita adesiva, senti raiva, ódio, fome muita fome e dor. O local era cheio de barcos velhos e de poeira, o pior é que eu tenho alergia a ácaro, fiquei espirrando todo o segundo.

   - Atchim!! - espirrei.

   - Alguém dá um remédio pra essa garota! - gritou uma mulher com raiva.

   - Se a gente tivesse uma droga aqui, eu daria - respondeu calmamente  uma voz feminina.

       Um dos mascarados veio até mim ficou me olhando por um bom tempo, seus ombros são mais largos do que os outros participantes, um homem, o mesmo começou a dar uma gargalhada.

    - Que ingênua. Acreditou mesmo que seus pai te amava? - perguntou uma voz masculina roca.

    - Mostre à ela a Mary - respondeu uma mulher.

        Minha tia, ela está aqui? Como assim? Pensei nisso. Um deles foi até uma porta e a abriu, ela puxou minha tia lá de dentro com força pelo braço, Mary estava com o rosto todo manchado de rímel preto, ela havia chorado e muito; comecei a relutar mas não atiantou, colocaram-na  presa ao meu lado, em outra cadeira apodrecida. Olhei para minha tia tentanto mostrar esperança e calma, ela no entanto ficou desesperada, soluçava e chorava ao mesmo tempo. Um dos mascarados veio até mim e tirou de uma vez a fita da minha boca, fazendo uma depilação grátis, doeu pra caramba.

   - Quem são vocês? - questionei brava. - Atchim! - espirrei.

   - Só podemos dizer por enquanto que nós somos pessoas muito próxima de você - respondeu um homem.

    - Cadê a Jennifer e a Senhora Andirá? - perguntei olhando em volta.

    - Sua bobinha - respondeu uma mulher debochando.

    - Pera aí, eu só conheço uma pessoa que fala assim, é você não é, Jennifer? - a fitei com raiva e ódio.

   - Olha até que eu pensei que você não tinha cérebro, mas pelo visto tem.

      "Jenny " tirou a máscara e assim mostrou sua cara nojenta de sempre, ela estava com um sorriso enorme no rosto, mostrando sua vitória, ou algo parecido.

    - Por que!? - questionei furiosa.

    - Não é óbvio? Cadê seu cérebro nessas horas? - ela riu. - Eu queria a fórmula da bomba que seu pai e o retículo do Adam fizeram, faço parte dos grupos terroristas.

    - Nós ligamos para o Adam como se fosse seu pai, dizemos para ele ir para Nova Zelândia, mas na verdade só queríamos ele por longe para poder te capturar - falou firmemente um homem. - Adam deve estar nesse momento bem longe daqui.

     - Seu pai foi morto Luíza, e agora nós achamos que ele te deu o chip. Seu pai acreditou em nós, confiou, mas nós o traimos.

        Uma mulher falou e começou a tirar a máscara, só aí eu pude ver quem era, Andirá, ela enganou seu próprio filho e a mim; eu nunca gostei dela mais isso foi longe demais, ainda por cima ela se livrou do Adam.

    - Você está mentindo - falei começando a chorar.

    - Oh! A bebê tá chorando - disse Jennifer fazendo uma voz irritante.

    - No dia em que os ninjas apareceram em sua casa, seu pai foi morto por nossos comandantes, mas junto com ele não estava o chip que continha as fórmulas  químicas da criação da bomba. - Andirá falou com um sorriso no rosto.

    - Vocês vão ser pegos! - minha tia Mary falou encarando cada um deles.

        O último mascarado tirou sua máscara, não estava acretidando no que meus olhos estamos vendo.

    - Você!? Como pôde? - questionei.

  

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora