Capítulo 37 - Onça pintada

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    Meu pai, e minha tia, cheia de frescuras alérgicas, foram embora, realmente fiquei triste por meu pai, ele queria acampar desde sempre, mas fazer o que? Também não vou mentir que eu sempre quis viajar sem a supervisão de um adulto responsável, eles ordenam tudo, o que se pode ou não fazer, isso é muito chato, acaba com a criatividade! Depois deles terem ido, eu, os gêmeos, Adam, Bene e Samara fomos fazer uma trilha pela floresta, pegamos água e comida para poder percorrer por ela. Caminhamos, corremos e andamos até chegar numa pequena casa de madeira, que estava abandonada, ela era pequena o bastante para não caber todos nós.

    -Vamos entrar? - perguntei curiosa para saber o que tinha lá dentro.

    - Tá doida? - Samy como sempre medrosa. - Não vou nem a pau - ela fez um biquinho, Bene aproveitou a situação para roubar um beijo, revirei os olhos enquanto os dois eram "felizes para sempre".

   - Tô indo - falou Cleif já abrindo a porta velha e  pesada de madeira.

   Não perdi tempo e segui os dois gêmeos, os mais corajosos que eu já vi, Adam vem por trás de mim. A cabana tem cheiro de eucalipto misturado com cocô de bichos, lá dentro só tem uma mesa coberta por um pano branco, e uma cadeira empoeirada.

   - Não tem nada aqui - um dos gêmeos comentou.

    - Droga - suspirei decepcionada.

   Ouço um som desconhecido,  parecia de um bicho chorando, esse barulho está vindo debaixo da mesa. Vou até lá e me agacho, levanto o pano cheio de poeira e espirro, pois tenho alergia a ácaro, finalmente vejo um filhote de onça pintada, o mesmo estava enrolado num pano vermelho, ele é a coisa mais fofa e gostosa do mundo que eu já vi, seus olhos são brilhantes e redondos, seu pêlo é  chamativo, com a cor amarelada com diferentes tonalidades de preto; esse animal é muito perfeito. Peguei esse filhote no colo, e acariciei seu pelo.

   - Ownt - disse admirando sua fofura extrema.

   - É uma panthera onca - Adam afirmou.

   - Vou chama-lo de hum... - Pensei nos nomes de ursinhos que eu já tive. - Sansão - sorri e abracei ele fortemente.

   - Ei, não vamos ficar com ele - Meu guarda-costa queria me proteger da  coisa mais linda e gostosa do universo.

   - Claro que não né? Só dei um nome pra ele, calma - segurei a onça em uma das mãos e com a outra eu peguei meu celular que estava no bolso traseiro. - Tira uma foto pra mim - entreguei meu iphone para Adam e segurei meu "ursinho", fiz uma pose e ele tirou uma fotografia para mim. - Obrigada - agradeci contente.

    - Agora vamos sair daqui. A mãe dele não deve estar muito longe - um dos gêmeos sussurrou, mas como a acústica da casa era boa, todos que estavam lá dentro ouviram.

   - Tchau bebê - beijei sua cabeça e coloquei ele no seu devido lugar.

   Saímos dali, deixamos a porta encostada, caso meu bebê quisesse sair para comer uma criatura inofensiva. Andamos mais um pouco e paramos em frente a uma montanha, ela podia ser escalada, mas estávamos sem os equipamentos adequados para faze-lo.

   - Que lindo - Tirei uma foto.

   - É mesmo. Assim como você - Adam elogia.

   - Sem muito romance, se não fica meloso demais - disse sinceramente. - Mas você também é lindo - sorri.

   - É melhor voltarmos - Adam olha para o céu, ele coloca o dedo indicador na frente do sol, que diabos ele estava fazendo? Meu guarda-costa franziu a testa.

   - Tô começando achar que você é um alienígena. Nunca fui tão sincera na minha vida, que loucura - falei.

   - Está começando a ficar tarde, só isso - ele disse.

  - Humm. Então vamos.

    Caminhamos muito, por que a volta sempre parece ser mais rápida do que a ida? Estranho. Chegamos no acampamento, comemos e depois  ficamos fazendo nada, se deitar é nada, então foi isso. Observamos o sol mudar de posição, vimos os pássaros voando no céu, e até olhamos alguns morcegos vampiros, bem assutadores pra dizer a verdade, ainda bem que eu não fui mordida e não virei a Bela do Crepúsculo. O sol começou a se pôr, fui para a cabana, coloquei minha calça e uma blusa de frio, começou a esfriar. Fui até a pedra cinzenta, aquela que eu disse que iria me encontrar com Adam, o resto da turma ficou  dentro das suas barracas, fazendo sei lá o que,  nem quero saber.  Esperei um pouco, e logo chegou meu amor, que dizer, Adam, ele se sentou ao meu lado.

   - Oi -  falei alegre por ter sua companhia.

   - Oi Lu. Sabia que eu adoro falar seu nome? Lu - meu guarda-costa me lançou um sorriso bobo e um olhar simpático.

   - Sabia - respondi rindo. - Adam - o chamei.

   - O que? - ele falou olhando para o céu, as estrelas estavam começando a aparecer, como todas as noites.

   - Temos que acabar com tudo isso, não podemos viver a vida inteira fugindo dos terroristas - comentei triste.

   - Qual é sua sugestão? - Meu guarda-costa  perguntou distraído.

    - Chamar a Swat e prender eles - falei minha opinião e Adam riu.

   ☆☆☆☆☆☆

   PS : CAPÍTULO NÃO REVISADO.
 

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