Capítulo 32 - Cinema

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        Me vesti apressadamente; coloquei uma calça apertada jeans, uma blusa rosa, um salto preto e arrumei meu cabelo. Estava tão nervosa, afinal, nunca saí com alguém que eu sentisse algo verdadeiro, só com os idiotas da escola, que só queriam me beijar. Senti borboletas no estômago, queria que tudo ocorresse bem. Pus meu colar e admirei o anel em meu dedo, desci as escadas tomando cuidado para não cair, Adam estava lá com uma blusa social azul clara, ele me olhava com admiração, acho que me desconcentrei e acabei caindo da escada, de novo, nossa que vergonha!

   - Você está bem Lu? - perguntou Adam subindo as escadas para me ajudar.

        Me deu uma crise de riso, não consegui parar de rir, gargalhei, nossa que vexame desnecessário!

   - Tô tô bem sim. - falei limpando minhas lágrimas de "alegria". - Vamos? - disse me levantando.

    - Quer que eu te leve no ombro? - perguntou Adam com um sorriso nobre.

    - Nossa como eu senti falta disso, - confessei - pode sim - respondi por fim.

     Meu guarda-costas me pega e me coloca em seu ombro esquerdo, dessa vez eu não relutei e nem olhei para suas nádegas, mas fiquei sentindo o cheiro do seu perfume. Andamos, quer dizer, o Adam caminhou até o cinema, ele me colocou no chão e nós compramos os ingressos.

   - Ei, compra uma pipoca pra mim? - perguntei com fome.

    - Você gosta? - questionou ele levantando uma das suas sobrancelhas.

    - Gosto não, adoro - respondi pensando nelas. 

    - Então tá bom. Só UM milho de pipoca, né?
 
   - Claro né,  porque só "uma pipoca" basta - falei sarcástica.

  - Brincadeira - Adam riu.

      Fomos até o espaço de "roubo"( as comidas de lá custam uma nota preta) e compramos dois sacos médios de pipoca caramelada( é eu sei, acabei com minha dieta ). A seção já iria começar, pegamos os bilhetes e entramos na sala, a maior que havia naquele cinema, as cadeiras são bem inclinadas, ninguém fica na sua frente( bom pra mim, sou baixinha ). Sentamos na fileira K, poltronas  1 e 2, ficamos bem no corredor.

    - Ai meu deus ! Esqueci de avisar meu pai - falei preocupada.

    - Eu sabia que você iria esquecer, então eu deixei um bilhete no escritório do seu pai.

   - Obrigada - um silêncio mortal reinou. - E... Então como estão seus amigos? - tentei achar um assunto decente, e acabou dando em merda, que vacilo! Viu? Ficar nervosa dá nisso.

    - Eles continuam na França, mas agora eles terão que encontrar um novo laboratório para trabalhar - ele respondeu meio triste por ter lembrado do West.

   - Sinto muito - disse.

      Adam deu um sorriso sem graça. O filme começou, apertei o braço do Adam com minha animação.

   - UHUUU!  - gritei sozinha no cinema, todos os olhos se voltaram para mim. - Que foi gente!? Só estou empolgada! - falei alterando a voz.

       Adam fingiu que não me conhecia, ele se encolheu na cadeira e olhou para o outro lado.

   - Gente ele tá comigo! - gritei apontando para o Adam.

   - QUE LEGAL ! - gritou um desconhecido.

   - Brigada! - respondi ríspida.

        Todos cochicharam e depois ficaram em silêncio, pois o filme já havia começado, dei um beijo no rosto do Adam em forma de desculpas pelo costrangimento, mas se ele quer ficar comigo tem que ir se acustumando.  Estava no meio do filme; era muito engraçado ver as expressões do Adam, em alguns momentos meu guarda-costa ficava supreso pelas cenas de luta, e outras ele ficava admirado com os efeitos especiais.

    - Isso aconteceu porque os dois se odiavam no primeiro filme - expliquei a cena  do filme para ele enteder.

       O filme chegou ao fim, não queria que aquele momento tivesse acabado, estava tão bom ficar ao seu lado.

    - Já acabou? - questionou meu protetor.

    - Sim, gostou? - perguntei interessada.

    - Nossa cara,  que filme mais bem feito, os efeitos foram bem realistas, as cenas de experimentos químicos foram incríveis - Adam respondeu eufórico.

    - Vou entender isso como um sim - sorri me levantando. - Nunca vamos ficar livres dos terroristas não é? - me desanimei.

    - É... mas podemos mudar para o lugar que não há tantos terroristas.

    - Onde? - questionei franzindo o cenho.

    - Nova Zelândia - Adam respondeu contente. - Já escutou algum noticiário sobre atentados terroristas por lá? Eu, pelo menos, nunca.

    - O que estamos esperando? Vamos para lá - falei animada.

         ☆ Adoro vocês!!!! ☆
   

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora