Capítulo 28 - Ratos de laboratório

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Eu tentei abrir os olhos, mas já sentia a dor percorrendo todo meu corpo, a luz refletia nos meus olhos , o que não me encorajava a abri-los. Uma dor de cabeça insuportável invadia minha mente , fazendo-me lembrar do que havia acontecido. Me senti presa, eu estava deitada numa maca, tentei mover os braços, mas eles estavam amarrados por cordas, que estavam bem apertadas, meus braços ardiam. Não conseguiria sair dali sem ajuda, numa forma desesperada de escapar , falei:

- Tem alguém aí?

É eu sei, essa é uma das perguntas que não se deve fazer nos filmes de terror, porque a pessoa acaba morrendo.

- Onde está o chip!? - uma voz abafada soou do canto escuro da sala.

- Eu não sei - minha voz falhou um pouco por ter mentido.

- Já que você não quer cooperar - ele deu uma gargalhada do mal. - Tratamento de choque.

Senti uma corrente de eletricidade passando pelo meu corpo, o que antes já doía, piorou 10000 vezes mais. Fiquei fraca, todo o meu corpo tremia, minha boca ficou seca, parecia que meu sangue havia sido tirado do meu corpo. Gritei de dor, mas nenhum socorro veio em minha direção.

-Vou repitir: Onde está o chip que seu pai fez ?- Questionou o homem com a voz mais elevada.

- Nunca vou te entregar! - falei ferozmente, bem, pelo menos tentei.

- Então você admite que está com você.

Então eu o vi sair das sombras um rosto conhecido, totalmente transformado pelo ódio, eu não podia acreditar , era Pi.

- %@¥£¤#$&!

Lutei com todas as minhas forças, mas as cordas não se soltaram , não consegui me livrar delas, fiquei sem esperanças, parei de relutar derrotada.

- Me xingar não vai mudar o fato que você está presa, e eu livre. - Pi piscou para mim e eu o fuzilei com o olhar.

- Cadê meus amigos!? - questionei espumando de raiva.

- Quer vê-los? - ele se aproximou.

- Se eu perguntei é óbvio né idiota - respondi agressivamente.

- É muito atrevimento mesmo - Pi levantou uma das sobrancelhas.

O mesmo me soltou e me puxou pelos cabelos, eu estava muito fraca para lutar com ele, fui praticamente arrastada, nós saímos daquela sala de tortura, os corredores pareciam de filmes sobre experimentos químicos e nazismo; as paredes são envolvidas com metal, não havia janela para ventilação, só aquelas luzes artificiais. Passamos por muitas portas de ferro, nós paramos em frente da mais grande delas, provavelmente feita de aço. Pi bateu três vezes naquele portal, a mesma abre se arrastando no chão, fazendo um barulho insuportável. Vejo dois militares armados até os dentes, os dois me fitaram com desprezo. Pi me puxou para dentro, meus olhos não aguentaram o que eu vi: Era Adam e seus amigos sentados amarrados, sendo torturados por terroristas, só que o sofrimento deles era maior, estavam forçando eles contra uma parede de pregos.

- Para! Para porfavor ! - implorei.

- Lu - meu guarda-costas falou com a voz fraca.

Pi olha para mim com arrogância e me leva para perto dos meus amigos, ele me prende em uma caderia de madeira bem desconfortável. Olho para o Adam e vejo que ele está pálido, como a neve, comecei a chorar por ver seu estado, meu guarda-costa fora derrotado. Reparei que os dois gêmeos não estavam lá, eles devem ter fugido antes dos sequestradores chegarem(sortudos). Um médico se aproxima do Adam e aplica em seu pescoço uma agulha mais fina do que um fio de cabelo, senti a dor dele; meu protetor desmaiou, então não sentiu nada.

- O quê você aplicou nele!? - perguntei desesperada.

- Um novo experimento - respondeu um dos médicos com cara de cínico.

- Suas células vão passar por mutações genéticas, transformando seu corpo em uma máquina humana - disse Andirá entrando na sala de torturas.

- Vai deixar esses cientistas doentes fazerem isso com seu filho? - questionei fraca, estava prestes a morrer de sofrimento.

- Ele não é meu filho - ela respondeu friamente.

☆☆☆☆☆

Criaturas da terra e do espaço, obrigada pelos votos e comentários, sério, sem vocês eu não iria para frente. Beijos :3

》PS : Capítulo não revisado. 《

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora