Capítulo 5 - O escape

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      Adam colocou uma das suas mãos em meus ombro enquanto a outra levantava meu queixo, me fazendo olhar para ele.

- Seu pai te ama, ele não parava de falar sobre você nem por um segundo no laboratório - ele disse naturalmente e eu estranhei.

- Laboratório? - perguntei confusa.

- Er... - Adam ficou sem jeito. - É... - o celular do meu guarda-costas começou a tocar dentro de seu bolso de trás da calça e ele atendeu. - Alô? - Adam franziu a testa. - Tá bom. É o seu pai - ele me entregou o celular e eu fiquei super feliz por ouvir a voz do meu velho novamente.

Eu: Pai! - sorri. - Aonde você está? Quando você volta? Estou com saudades!

Pai: Filha, preste muito atenção nas minhas palavras: Quero que você, sua tia e o Winston saíam dessa casa imediatamente e vão direto para o aeroporto!

   Alguém começou a bater na porta com força e eu me assustei.

Eu: O que está acontecendo!? - espantei-me.

Pai: Assim que vocês chegarem lá, irão encontrar uma mulher que trabalha comigo. Ela vai entregar a vocês as passagens. Te amo muito minha filha.

   Ele desligou e o Adam foi atender a porta. Minha tia descia as escadas ainda de camisola, com os cabelos cheios de "bobs", seu rosto estava coberto com um tipo de creme rejuvenescedor para a pele e dois pepinos debaixo dos olhos.

- O que está acontecendo aqui? - questionou Mary, franzindo a testa e cruzando os braços para mim. Ela fitou nós dois.

   O Adam abriu a porta e de dentro dela saiu três caras vestidos de preto parecendo ninjas de filmes de luta. Um deles tentou dar um soco no rosto do Adam, mas este se defendeu dando um chute na barriga do espião, fazendo-o voar para longe. Um cara mais alto veio em minha direção, não sabia o que fazer, ele correu para ganhar mais velocidade, eu dei um passo para o lado e coloquei meu pé para que esse cara caísse, e atiantou. O safado acabou com a cara na parede e em seguida caiu no chão, colocando a mão na cabeça, sentindo dor.

- Nossa eu levo jeito para isso - falei me gabando.

     Minha tia deu um grito, pois um ninja estava subindo as escadas para pegá-la, o Adam deu um golpe por trás  deste, o quê o fez cair de costas desmaiado. Um dos homens começou a bater no Adam, mas ele sabia muito bem se defender. Me recuperei do susto, e chamei minha tia para sairmos dali, nós duas fomos lá para fora e eu assobiei para um táxi, e o mesmo parou.

- Eu não vou entrar aí com essa roupa! - minha tia Mary exclamou, olhando para si mesma e depois mostrando seu rosto com creme.

- Ou você entra nesse carro ou fica com os ninjas assasinos! - disse sem paciência para frescuras.

- Olha o jeito que se fala comigo garota! - ela brigou e entrou no carro.

- ADAM ! - gritei para ele vir logo para o táxi.

     Ele saiu de casa com as bochechas vermelhas, correndo para meu encontro, um ninja estava correndo atrás dele e gritava:

- Cadê o chip? - questionou furioso o cara que o perseguia.

    Adam entrou no carro e eu em seguida fechei a porta bem na cara do ninja, que ficou falando coisas sem nexo e batendo na janela.

- Vai! - disse alto para o taxista.

     O motorista pisou fundo no acelerador fazendo os pneus cantarem. Conseguimos escapar por pouco. Recuperei o fôlego.

- Para o aeroporto, por favor - falei aliviada, olhando para trás para ver se estavam nos seguindo.

- Aeroporto? - Mary indagou, ajeitando seu cabelo.

- Sim, meu pai falou que é para nós irmos para lá - respondi. - Quem são eles!? - questionei encarando Adam.

- Quem? - ele se fingiu de desentendido.

- Adam Winston não minta para mim! - falei o fuzilando com os olhos.

- A verdade é que eu não sei - ele pareceu sincero na resposta.

- Que ótimo, estamos num táxi indo pra sei lá onde, sem roupas e sem nada.

- Você está vestida com uma - Adam brincou e minha vontade de esganá-lo ficava ainda maior.

- Não me interrompa mais! - briguei. - Aonde eu estava?

- Na parte que... - ele tentou terminar a frase, mas eu o interrompi:

- O que eu disse sobre não me interromper!? - gritei furiosa.

- Mas foi você que perguntou! - ele retrucou com raiva.

- Homens! - revirei os olhos e fiquei quieta na minha, cruzando os braços.

O Guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora