Capítulo Sete

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Por Rafael

Minha semana passou voando.

Na quinta-feira recebi o email da Gabi com as alterações na monografia. No mesmo dia iniciei a leitura.

Eu fiquei impressionado como ela consegue desenvolver tão bem o texto, mesmo não sendo formada na aérea.

Ela corrigiu as citações e apontou onde estava o erro.

Era sempre assim. Ela não corrigia mudando tudo.

Ela escrevia em vermelho o que deveria constar e fazia pequenos comentários sobre o que seria melhor colocar.

Até suas correções tinham uma leveza única, característico dela.

Eu adorei conhecer a família da Gabi.

Eles me fizeram muito bem.

Eu me senti muito à vontade, tanto com a Gabi, quanto com sua família.

Nessa hora eu lembrei que havia combinado com os gêmeos de jogarmos Vídeo Game. Então resolvo confirmar com Gabi.

"Boa noite Gabi. Obrigado por me enviar as correções. Estou aqui, como sempre, encantado com seu trabalho, você é fera. Aliás, queria confirmar com você, pois eu convidei seus irmãos para jogarmos sábado. Posso buscá-los à tarde?
Beijos. Obrigado."

Espero um pouco, mas Gabi não responde. Talvez esteja dormindo.

No dia seguinte, quando acordo vejo a mensagem da Gabi. Ela deve sair de casa bem cedo, porque sua resposta chegou antes da seis da manhã, confirmando que os meninos poderiam vir.

No sábado de manhã dou uma ajeitada no meu quarto, tiro minha cadeira de estudos e coloco três grandes almofadas no chão, sobre o carpete, para ficarmos mais à vontade.

Separo meus melhores jogos para os meninos escolherem.

Depois do almoço vou correndo na casa da Gabi para buscá-los e ao chegar na porta, encontro os gêmeos prontos no portão, acredito que estão ansiosos.

--Boa Tarde. Vamos lá?

Eles se despendem da irmã e fico admirado com o cuidado da Gabi.

--Vocês dois, se comportem, não se esqueçam do que combinamos. Nada de ficar dando trabalho para o Rafael.

Gabi falava com os irmãos de forma carinhosa e ajeitava a gola da blusa pólo que eles vestem. Parecia uma mãe cuidando dos filhos.

--Tudo bem. Gabi. Você já disse.

--Mas é bom repetir. Agora vão com Deus.

--Você não vai?--pergunto.

--Não. Não vai dar. No fim de semana eu fico debruçada nas correções de textos, até tarde. Dá próxima, se der, eu vou. Obrigada.

--Eu vou cobrar hein. --digo com um sorriso.

Ela se despede dos meninos e eles dão um beijo no rosto dela. E eu faço a mesma coisa, sem me importar que não seja da família.

Beijo seu rosto e sigo para o carro.

Passamos uma tarde bem animada.

O Gustavo e o Guilherme são muito educados. Eu tive que insistir com eles para tirarem os tênis e ficar mais à vontade.

Pedi à Maria, que trabalha na minha casa, para fazer um lanche pra nós.

Ela trouxe suco, refrigerante, salgadinhos, pão de queijo e umas frutas no potinho com chocolate.
Os gêmeos, a princípio, não aceitaram e eu tive que falar um pouco mais autoritário com eles.

A Luta Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora