A Luta Pelo Amor

Capítulo Vinte e Quatro

Por Gabriela

Fui com Rafael ao shopping para comprarmos seu terno.

--O que você prefere meu amor, comprar o terno primeiro ou almoçar? --Rafael me pergunta.

--Vamos olhar sua roupa primeiro. Eu acho melhor.

--Tudo bem. E depois vamos comprar um vestido pra você.

--Não Rafael. Nós já conversamos sobre isso. Eu não vou. Seus pais estarão lá e eu não quero causar mais problemas.

--Mas eu quero você comigo. E a colação de grau? Se você não for eu estarei sozinho num dia tão importante.

--Claro que eu vou, amor. Eu não deixaria de te acompanhar em uma ocasião importante pra você.

--O baile também é importante pra mim. --diz com cara de piedade.

Eu não aguento essa mania de Rafael. Agora está assim, constantemente faz cara de piedade e eu não resisto aos seus encantos.

--Vamos com calma, tá. Uma coisa de cada vez. Vamos escolher seu terno.

Entramos em uma loja masculina linda, acredito que bem cara também. A começar pelos manequins expostos, tudo aparentava ser de grife.

A atendente muito simpática, até demais, nos mostrou alguns modelos.

--O que você acha, meu amor? --Rafael me pergunta.

--Todos são lindos. Experimenta para termos uma ideia de qual vai ficar melhor em você.

--É verdade. Você está certa.

Rafael me beija rápido e vai na direção do provador.

A vendedora muito sorridente o acompanha carregando as roupas.

Próximo ao provador há uma poltrona grande, que me sento e fico aguardando ele sair.

Não demora muito e Rafael aparece com um terno azul marinho e a camisa de dentro clara, contrastando com o restante da roupa. A gravata é azul também, com um brilho acetinado.

A vendedora ajusta a gravata nele e afasta para olhá-lo de corpo inteiro.

--O que você acha, meu amor? Gostou desse? --Rafael direciona a pergunta para mim, mostrando o terno.

--Eu achei que ficou lindo. --levanto-me e dou um selinho nele.

--Vou experimentar o outro então. --diz e volta para o provador.

--Seu namorado tem um corpo bonito. Qualquer terno fica bom nele. --comenta a vendedora.

--É.

--Você pode comprar um vestido na cor da gravata dele, que ficará lindos vocês dois juntos. --comenta.

Depois desse comentário, eu mudei meu pensamento sobre a vendedora. Acho que meu ciúmes me cegou. Talvez ela esteja sendo simpática e gentil e eu que interpretei mal.

Ficamos ali conversando um pouco até Rafael sair do provador com um terno cinza claro e gravata verde.

--E este? --pergunta dando voltas.

Eu não aguento e começo a rir.

--Rafa...que coincidência te encontrar aqui. --diz uma mulher abraçando meu namorado.

A mulher surgiu do nada.

Ela é loira e alta. Está muito maquiada, parecendo que saiu de um desfile de moda. Ela é muito magra e tenho certeza que seu peito é silicone, pois está com uma blusa com as costas de fora e seu peito está empinado. A saia é curta e justa, mal tampando sua bunda e os saltos altíssimos. Olho àquela cena e fico estática.