Capítulo Trinta e Um

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Por Rafael

No meu casamento com a Gabi tudo foi muito emocionante, mas nada se compara a presença da minha irmã Clara.

Eu estava feliz por estar casando com a mulher que amo, lógico. Porém, ver que estava presente uma pequena parte da minha família ali, foi uma surpresa muito boa.

Meus avós maternos, meus tios e primos que convidei, não foram e nem deram explicações.


A Clarinha me disse que meus pais conversaram com eles sobre minha decisão.

Assim, acredito que na verdade os proibiram de vir.

Eu estava começando uma nova vida com a Gabi e depois de tudo isso que vivi, decidi que família são as pessoas que hoje estão comigo e me querem bem. Não aqueles que não se importam com a minha felicidade e preferem me julgar por ter escolhido uma mulher negra para esposa.


Eu amo a Gabi, amo sua família que me recebeu tão bem e quero fazer parte da vida deles, quero me encaixar como novo membro dessa linda e pequena família.

Deixei meus sogros cuidarem dos nossos convidados, na festa.

A Clarinha disse que iria embora de táxi porque para os nosso pais, ela estava na casa de uma amiga. Eu já imaginava algo semelhante, pois a minha irmã nunca viria em um casamento de calça jeans e regata. Ela que sempre foi muito vaidosa, só saí de casa assim se for para algo informal. Mas pra mim nada disso importou, somente a sua presença era o suficiente.

Ao chegarmos no nosso lar, Gabi e eu consumamos nossa união. Foi um momento muito especial, por ser com a mulher que eu amo.

No domingo, quando acordei, fui preparar o nosso café da manhã e levar na cama para minha esposa.

--Amor...amor...acorda. --digo distribuindo beijinhos em suas costas.

Gabi não acorda, somente resmunga.

--Você vai deixar seu marido tomar café da manhã sozinho no primeiro dia de casados?

Pergunto e na mesma hora ela senta na cama esfregando os olhos.

--Não.....não. Acordei. --fala bocejando.

--Bom dia. --falo dando um selinho em seus lábios.

--Bom dia meu amor.

Ela aceita a bandeja com nossa refeição e comemos juntos.

Acho que Gabi estava com muita fome, porque comeu tudo sem desperdiçar nada.

Gabi levanta e vai correndo para o banheiro e eu fico sem saber porque.

--Tudo bem? --pergunto quando ela volta para o quarto enrolada em uma toalha.

--Tudo bem.

--Você saiu correndo, achei que estivesse passando mal.

--Não. Estou ótima.

--Por quê fez isso então? --insisto, estudando sua face.

--É..é...porque eu estava nua. --fala em um sussurro.

Em não consigo controlar e solto uma gargalhada alta.

--Meu amor, e você acha que eu não vou te ver sem roupas a partir de agora?

--Vai. Eu sei. Mas eu ainda não me acostumei. --diz sem graça, abaixando a cabeça.

Me aproximo da minha esposa e levanto seu queixo para olharmos nos olhos.

--Você é minha vida Gabi. Não tem nada demais em ficarmos nus. Agora somos uma só carne, lembra? --pergunto me referindo as palavras ditas na nossa cerimônia.

--Eu sei.

--Não precisa ficar com vergonha. Eu te amo demais e amo seu corpo também. E eu vou ver você nua e vou ficar nu para você.

--Eu sei. Com o tempo eu vou me acostumar com isso.

--Agora....deixa eu ver uma coisa aqui. --digo soltando a toalha que envolve seu corpo.

Deito a Gabi na cama e tiro completamente a sua toalha. Começo a beijar partes do seu corpo bem devagar e ouço ela rindo.

--Rafael.....Faz amor comigo de novo. --pede.

--Não. Ainda não. --continuo torturando ela.

--Amor...por favor. --pede gemendo.

--Vai ficar com vergonha de mim? Correr quando estiver nua? Vai fugir de mim outra vez? --pergunto sem parar de beijá-la.

--Não. Não. Não. Eu prometo que não vou ficar com vergonha e nem fugir.

Paro os beijos e sento encostado na cabeceira da cama, em seguida, tiro meu short de pijama.

--Então desfila nua na minha frente. Estou esperando. --falo cruzando os braços.

Gabi me olha assustada e demora a se levantar.

Depois que está de pé, vejo que enche os pulmões de ar, tomando coragem e anda de um lado ao outro da cama e para.

--Nossa. Que desfile rápido. Assim você será desclassificada. Vou te dar mais uma chance. --digo e coloco as mãos atrás da cabeça esperando ela desfilar novamente.

Gabi crava seus olhos em meu corpo nu, principalmente no meu membro que ao contrário de mim, já se animou com a simples voltinha da Gabi.

Ela volta a andar, mas dessa vez, para no final e sobe na cama como uma gata e vem engatinhando até mim. Quando ela se aproxima da minha face me dá um beijo rápido. Ela levanta, ainda em cima da cama e vira de costas e desce rebolando em direção ao meu pênis, mas não senta. Gabi se esfrega em mim e fica de pé novamente. Depois ela fica de frente e repete o mesmo movimento. Mas antes dela pensar em levantar puxo sua cintura e ela cai sentada em meu colo rindo.

--Você quer enlouquecer seu marido? --pergunto próximo aos seus lábios.

Não espero resposta dela e beijo sua boca com vontade. Dessa vez deixo Gabi ficar por cima, mas tomo a iniciativa. Por ela ser inexperiente, guio seu corpo para se unir ao meu. Em todo momento eu conduzo nosso sexo. Estimulando ela e posicionando de forma que dê muito prazer a minha mulher. Quando vejo que ela está saciada, giro nossos corpos e aprofundo-me, estocando mais forte até gozar dentro dela, desabando em seu corpo.

À tarde resolvemos almoçar.

Gabi fez uma macarronada deliciosa.

Não queríamos pedir comida e nem sair de casa.

Nosso desejo era ficar unidos na cama ou no sofá.

Na segunda-feira cedo, depois do café da manhã, fomos para a casa na Serra, que alugamos para nossa lua de Mel.

No meio do caminho paramos para almoçar num restaurante muito bom e depois voltamos para a estrada.

O lugar era lindo e me surpreendeu.

Parecia muito tranquilo e nosso chalé era privativo em meio a natureza.
Gostei muito da escolha da minha esposa.


A Luta Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora