Capítulo Vinte e Dois

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Por Gabriela

Depois de conversar um pouco com Rafael, deixo ele brincando no vídeo game com os gêmeos e vou pra cozinha com mamãe para fazermos o almoço.

Optamos por fazer uma comida simples. Frango assado, tutu de feijão, salpicão, torresmo para decorar o feijão e arroz colorido com alguns ingredientes.

Ontem, quando Rafael aceitou almoçar comigo, fiz um pudim de leite condensado.
Resumindo a sobremesa estava pronta e agora é focar no almoço para dar tudo certo.

--Tem que ficar bom, mãe. --digo.

--Vai ficar ótimo filha.

Mamãe ri da minha ansiedade.

--Rafael vai adorar o seu tempero. Quer conquistar o rapaz pelo estômago? --ela pergunta baixinho e sai gargalhando.

Ficamos focadas na cozinha boa parte da manhã, quando percebo a aproximação do Gui.

--Gabi, o papai está com o Rafael no jardim e não deixa ele jogar com a gente.

O meu irmão mal termina de falar e vou conferir o que está acontecendo.
Quando chego na frente de casa assusto-me com Rafael agachado com as mãos na terra e meu pai em pé falando com ele.

--Papai!

--O Rafael está me ajudando porque seu velho pai não consegue mais abaixar. Esse rapaz tem mãos boa para plantar.

Quando Rafael ergue o corpo, vejo que sua camisa polo está suja de terra. Para falar a verdade, mal dá pra ver a cor da camisa dele, porque tinha grandes tufos de terra vermelha e marcas de suas mãos.

Eu não podia acreditar que meu pai tinha feito isso.

--Eu vou chamar a mamãe. --aviso.

--O que houve filha?

--Olha o que o papai fez. Ele colocou o Rafael para trabalhar no jardim.

--Meu Deus do céu. --mamãe diz abismada. --Meu filho, deixa isso aí, outro dia você ajuda esse velho turrão. Vá para o banheiro lavar as mãos porque o almoço está quase pronto. Tire sua camisa que eu vou providenciar outra pra você, querido.

--Sim senhora. Mas nós já estávamos terminando. --diz Rafael tranquilamente.

--Pode ir Rafael e obrigado pela ajuda. --diz papai dando batidinhas nas costas de Rafael.

--Mais tarde nós conversamos. --diz mamãe estridentes olhando para meu pai.

Depois disso, vou em direção a cozinha terminar o almoço e servi-lo logo.

--Filha. Leve essa camisa para o Rafael, lá no banheiro, essa deve servir nele, porque no seu pai está bem apertada na barriga. Acho que vai ficar larga no Rafael, mas é melhor do que almoçar pura terra. --diz minha mãe.

Pego a camisa simples, de malha, na sua mão e vou direto para o banheiro. Dou uma batida na porta e espero um pouco com a blusa nas mãos.

Rafael abre a porta e vejo que ele está sem camisa.

Eu sabia que ele tinha um porte elegante e era forte. Porém, eu não podia imaginar como seu abdômen era tão malhado. Seu peito era forte e bem definido. A barriga de Rafael tinha pequenos gominhos que ornamentava o caminho em direção ao cós da calça, formando um V. Eu não sei por quanto tempo fiquei ali admirando o corpo dele. A única coisa que eu sei é que o corpo de Rafael é lindo demais e minhas mãos formigavam de vontade de tocá-lo.

--Gabi...Gabi a camisa.

Rafael estende a mão.

Nesse momento saio do transe e fixo meus olhos no rosto de Rafael.

Ele dá um sorriso de lado e na hora percebo que fiquei babando na parte do seu corpo nu.

--A....a....ca....ca...camisa. --digo gaguejando.

--Obrigado.

Ele ainda se aproxima e me dá um selinho, fechando a porta em seguida.

O almoço de domingo saiu um pouco mais tarde que o de costume.

Eu quis caprichar em todos os detalhes.

--Espero que você goste. --digo para Rafael ao meu lado.

--Está com um cheiro delicioso. --diz sorrindo para mim.

Não sei se estava bom ou se Rafael estava com fome. Ele comeu duas vezes um prato bem cheio e aceitou a sobremesa, repetindo duas vezes.

--Nossa! Estava tudo muito bom, Gabi. Obrigado pelo banquete. --diz beijando minha face.

--Que bom que você gostou. Obrigada.

--O almoço estava ótimo minha filha. Você superou sua mãe. Já pode casar. --diz papai se levantando.

--O noivo ela já tem. --emenda Rafael.

--Vocês estão deixando minha princesa sem graça. Ficou delicioso, filha. Parabéns. --fala mamãe. --Agora a arrumação da cozinha é por conta da minha duplinha mágica.

Os meninos fazem cara de desânimo e nós soltamos altas gargalhadas.

Puxo Rafael pela mão e vou com ele para a sala.

Sento na ponta do sofá, colocando uma almofada no colo, e o chamo.

--Vem, deita aqui. --falo dando batidinhas na almofada.

Rafael deita no sofá, de barriga pra cima, e coloca a cabeça no meu colo.

--Tira o tênis. --peço e ele faz.

Rafael se acomoda no meu colo e começo a fazer um carinho na sua cabeça.

--Você sabe que assim vou acabar dormindo, recebendo essa massagem. --diz de olhos fechados.

--Essa é a intenção Rafael. Relaxa e pensa em algo bom. --digo sem parar de passar a mão nos seus cabelos curtos.

Tiro bem devagar seus óculos, colocando no braço do sofá.

--Não preciso pensar. Porque o melhor da minha vida está aqui comigo. É você Gabi.

Com a minha mão livre pego a de Rafael e entrelaçamos nossos dedos. Não demorou nada e eu também me rendo ao sono.


A Luta Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora