Capítulo Onze

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Por Gabriela

Eu fiquei encantada com o presente do Rafael. Foi muito gentil da parte dele em trazer uma cestinha de chocolates.

Ele é um homem especial também, tenho que admitir.

Eu fico nas nuvens quando ele me abraça e beija o meu rosto.

Acho que estou igual uma adolescente.

Fico rindo de mim mesma, na cama, antes de dormir.

Escuto meu celular notificando uma mensagem.

É o Rafael.

"Boa Noite. Durma bem. Bom final de semana, beijos."

Releio a mensagem algumas vezes.

Sinto uma sensação gostosa quando penso no Rafael. Seu jeito mexe comigo. Então resolvo me abrir um pouco mais com ele. Não faz mal sermos amigos.

"Boa noite. Vou dormir sim, depois de comer um chocolate gostoso que ganhei. Vou sonhar só com coisas boas. Obrigada. Bom final de semana."

Ele ainda manda algumas carinhas felizes e me pego sorrindo, antes de dormir.

A semana começou com muito trabalho. Por estar na época de TCC na maioria das faculdades, estou recebendo muitos pedidos de revisões. Não quero pegar muitos, porque gosto de entregar um trabalho bem feito.

Em relação a Rafael, estamos conversando muito, todos os dias por mensagem. Ele é muito legal e estou gostando de sermos amigos.

O sábado chegou e com ele uma ligação de Rafael.

--Oii. Tudo bem? --atendo.

--Oi Gabi. Tudo bem sim e com você?

--Tudo bem também.

--Estou te ligando porque marcaram a data da apresentação da minha monografia. Eu vou apresentar quinta-feira. Você vai né? Você prometeu.

--Claro que vou, Rafael. Estarei lá. --digo rindo dele.

--Eu te busco às 19:00. --informa.

--Não precisa Rafael. Você tem que chegar mais cedo para se preparar. Não precisa se incomodar. Eu vou sim. Pode ficar tranquilo.

--É verdade, eu tenho que chegar mais cedo. Esqueci desse detalhe.

--Pois é. Seus pais também irão? --pergunto. Mas na verdade eu queria saber da namorada que ele nunca fala dela.

--Não. Eles não têm tempo.

Diz isso em um tom de voz baixa. Não pergunto mais nada, deve ser um assunto delicado pra ele.

--Eu também estou te ligando, Gabi, para te convidar para ir ao shopping amanhã. Vou levar minha irmã para fazer compras. Pensei em você e nos gêmeos.

Fico sem saber o que dizer. Eu não conheço a irmã dele, mas os meninos não gostaram dela.

--Amanhã pra mim é complicado, Rafael. Eu ajudo minha mãe a fazer o almoço.

--Vamos à tarde. Eu busco vocês. Pode marcar o melhor horário para vocês. --insiste. --Vamos, por favor.

Eu não resisto a essa voz rouca, dizendo por favor. Eu começo a sorrir e escuto ele do mesmo jeito do outro lado da linha. Ele sabe como pedir o que quer.

--Tudo bem. Eu te aviso a hora amanhã.

--Oba. Obrigado. Vou ficar esperando então. Beijo Gabi.

Fico rindo olhando para o telefone. Rafael está me levando na lábia. Só pode.

Mas vai ser bom sair com os meninos.

No domingo, na hora do almoço, a Dani aparece.

--Gabi, você vai na minha apresentação da monografia? É sexta-feira. Não esquece amiga.

--Claro que vou Dani. Quero ver você brilhar. --digo batendo palmas.

--Depois vamos sair com o pessoal. Quem sabe você arruma um gatinho, hein.

Não quero nem pensar nisso. Para falar a verdade, não gosto de sair com essa intenção. Tenho preguiça até de pensar.

--Ahh não Dani. Então eu nem vou. Não estou caçando gatinho nenhum. Estou bem sozinha.

--Gabi. Você não pode ficar assim o resto da vida. Aquele safado te enganou, mas nem todos os homens são iguais. Você tem que conhecer outros para ver como são diferentes. Experimentar outras bocas. --ela diz e começa a rir.

--Não adianta, Dani. Eu prefiro não ir. Não serei uma boa companhia. Ainda não estou procurando outras bocas. Obrigada.

--Tudo bem. Você que sabe. Na minha opinião você deveria seguir os meus conselhos.

--Você tem certeza Daniela? --pergunto e não aguento segurar o riso. Explodimos gargalhando juntas.

--Acho melhor não, Gabi. Deixa como está. A doida da dupla sou eu. Duas doidas não vai dar nada que presta.

A Dani foi embora depois de encher a barriga. Ela tem esse costume.

Então aproveito para chamar os meninos para sairmos com o Rafael.

--Meus amores. --chamo os dois. --Vamos ao shopping? O Rafael está nos convidando.

--Ebaaa. Vamos. Eu quero jogar numa máquina nova que tem lá. Todo mundo da minha sala já foi. Posso? --pergunta o Gui muito animado.

--Pode sim. Mas não podemos gastar muito. Vocês podem escolher um brinquedo e ir apenas duas vezes. Combinado? E vamos lanchar uma coisa simples e igual pra todo mundo. Pode ser?

--Pode ser. Combinado. Um brinquedo duas vezes. --responde o Gui.

--Gustavo?

--Mas, se eu ficar na dúvida de qual brinquedo? --pergunta.

--Aí você pode experimentar até dois, uma única vez. --respondo.

--Mas eu queria brincar em todos. --diz contrariado.

--Gu. --o chamo. --Esses brinquedos no shopping são caros. Você sabe disso. Hoje você brinca com um, mês que vêm, nós voltamos lá e você brinca com outro. Pode ser?

--Pode, né. -- diz cabisbaixo.

Nessa hora meu pai chama ele para conversar.

Ele deve ter escutado nossa conversa.

Eu fico triste por não poder pagar o que eles querem, mas eles têm que aprender que a vida é assim, nem sempre temos tudo que queremos e na hora.

Ele volta e me abraça agradecendo.

Eles vão para o banho e eu vou mandar uma mensagem para o Rafael.


A Luta Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora