Capítulo Trinta e Cinco

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Por Gabriela

Eu fiquei tão feliz pelo Rafael.

A sensação que eu tive foi como se tirassem um peso insuportável das minhas costas e agora eu conseguisse respirar normalmente.

Eu estava alegre com essa oportunidade e meu marido mais ainda.

Rafael levantou bem cedo, acredito que estava ansioso.

--Gabi. Vou te deixar na escola e depois vou ver o trabalho. --diz.

Eu escuto e concordo.

Ele já repetiu isso três vezes. Mas não falo nada. A única coisa que posso fazer é tentar acalmá-lo.

--Tome seu café, meu amor. Ainda temos tempo. --o chamo novamente.

--É melhor, né. Não posso chegar lá de barriga vazia.

Depois do nosso café ele me deixa na porta da escola.

--Você me manda uma mensagem? --pergunto.

--Claro, pretinha. O que ficar resolvido, eu te aviso. Porque talvez não dê para te buscar. --avisa.

--Não tem problema. Se você não vier, vou passar na casa dos meus pais.

--Tudo bem. Nós vamos conversando.

--Certo. Vai com Deus e bom trabalho. Não esquece de almoçar. E me liga se acontecer qualquer coisa.

--Gabi..eu não sou criança, meu amor.

--Eu sei. Mas mesmo assim, eu me preocupo.

--Tudo bem. Agora vai. Tenha um bom dia e até mais tarde. Te amo.

--Eu também te amo. Bom trabalho, meu amor. Me mantêm informada.

--Sim, tchau minha vida. --ele me dá um selinho.

Rafael abre a porta do carro para mim e nos despedimos.

Fico torcendo para que tudo dê certo e seja um bom trabalho.

No intervalo da aula verifico meu celular e vejo que tem uma mensagem de Rafael.

Ele diz que começou a trabalhar e que sairá às 19:00.

Respondo a mensagem perguntando onde ele está e se vai almoçar e que horas.

Pode parecer excesso, mas eu me preocupo com ele.

Aguardo a resposta, mas ela não vem. Então deixo para conversarmos em casa.

Como ele não viria me buscar resolvo almoçar com meus pais.

--Oi filha. Tudo bem? Veio sozinha e Rafael? --mamãe me recebe.

--Oiii mãe. Vim sozinha sim. Graças à Deus, Rafael conseguiu um trabalho. --falo aliviada.

Sentamos na cozinha para conversarmos melhor.

Meus pais estão por dentro da minha situação com Rafael.

Aproveito que meus irmãos não estão em casa e converso tranquilamente com meus pais.

--Aii filha, que bênção. Você estava tão aflita.

--Muito, mamãe. Eu via Rafael inquieto e preocupado demais e eu não conseguia fazer nada para ajudá-lo. É horrível ficar de mãos atadas e não poder fazer nada.

--Mas você fez minha filha. Dar apoio e não cobrar dele um trabalho é a melhor ajuda que o homem pode ter. --meu pai diz.

--Mesmo assim, pai. Ele não dormia à noite e eu estava com muito medo do que poderia acontecer.

A Luta Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora