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MARATONA 2/5

Depois de uma hora de evento eu já podia concluir que evento de gente com dinheiro não era nadinha. A playlist até tava boa com: Rihanna, Beyoncé, Selena Gomez... enfim, todas que amo, mas em compensação, era chique demais pra mim.

Mariana estava se divertindo sim, conhecendo pessoas, fazendo contato, sendo elogiada pelo vestidos. Sim, eu e Karine estávamos andando atrás dela com um objetivo de ser manequins.

— Boa noite, champanhe? — um garçom parou do nosso lado.

— Obrigada! — agradeci pegando um com Karine— Vamos sentar? Cansei de ficar parada atrás da Mariana.

— Pensei que você nunca fosse dizer isso. — ela suspirou — Mari, vamos pra lá, tá?

Ela mal olhou pra gente e voltou a conversar. Não me incomodava nada com isso, era o momento dela, não era rejeição até porque ela fez questão de nos apresentar, a gente é que já tava de saco cheio mesmo.

Dentro da casa todos estavam em pé conversando, ficamos até com vergonha de sentar em um sofá que tinha ali. Fomos pra uma área mais vazia onde era a piscina e nos sentamos em uma espécie de espreguiçadeira redonda, sei lá.

— Não sirvo pra isso não, ainda bem que amanhã isso acaba. Aleluia! — Karine disse bebendo um gole de champanhe. — Nem essa coisa é boa. — fez careta.

— Amiga, é bom sim, esse que parece ser ruim! — falei — Com uma casa dessa comprar champanhe vagabundo é até crime.

Rimos.

— Acho que aqueles dois estão vindo pra cá, disfarça! — ela falou olhando de rabo de olho pra dois meninos atravessando da piscina pra onde estávamos.

— Porra, mas são lindos, hein!? — ri ajeitando o cabelo.

— Aí que merda! — ela se ajeitou também na almofada.

— Merda por quê? — franzi a sobrancelha — É ótimo, isso aqui não tá legal mesmo.

— Agora shiu que eles tão chegando! — ela disfarçou.

— Oi meninas, podemos ficar aqui com vocês? Lá dentro tá chato pra caralho... — o loirinho falou. Um puta gato da porra.

— Podem ficar sim! — respondi na frente da Karine, do jeito que ela tava ranzinza esses dias ia negar os garotos.

— Ouvimos vocês reclamarem e ouvindo o primeiro palavrão agradecemos por ter alguém da nossa terra aqui. — o moreno riu.

— Tão fazendo o que aqui, pelo amor de Deus? — falei já tentando me simpatizar.

— Estamos na casa de uma amiga nossa aqui e ela foi convidada, viemos atrás pra irmos direto pra uma festa na casa de uns amigos dela, mas isso tá tão insuportável que era melhor ter ficado em casa. — assentimos mostrando entender — Meu nome é Enzo. — o moreno se identificou.

— E o meu é Pedro. — o outro falou.

Rimos. — Só podia ser!

— Hã? — ele franziu a sobrancelha.

— Não é nada. — Karine disse rindo.

Eles deram de ombros.

— Mas e aí, topam a festinha depois daqui? — Pedro nos chamou.

Eu até me interessaria, se eu não soubesse que Mariana ia embora daqui tarde e se eu não quisesse dormir até não poder mais já que eu tinha tirado um cochilo de só vinte minutos/meia hora.

Coincidências 2Onde histórias criam vida. Descubra agora