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MARATONA 5/5

LUAN

Levantei da cama com uma dor de cabeça fora do comum, além do meu corpo todo doer. Olhei o relógio e marcavam 13h da tarde, não dei nem tempo pra mexer um pouco no celular e já me joguei no chuveiro do meu banheiro.

A água gelada caindo no meu corpo me despertava um pouco fazendo eu me lembrar da noite anterior. Lembrar um pouco da conversa com Karine, do surto que dei e até lembrei de ter chorado com ela.

Sai do chuveiro, coloquei uma bermuda moletom e uma blusa cinza da ripcurl. Calcei meu chinelo e sai do quarto pra ver se tinha alguma coisa pra comer na cozinha ou pelo menos ingredientes pra eu fazer, senão teria que ir no restaurante.

— Tá fazendo o que aí? — Pedro perguntou saindo do banheiro.

— Procurando alguma coisa pra comer, qualquer coisa. — disse vasculhando os armários.

— Tem nada não, já olhei. — avisou — Olha o grupo, acho que vamos almoçar lá no restaurante de vocês.

— Todo mundo!? — perguntei fechando a geladeira.

— Sim ué, todo mundo. Mas nem sei se vou, Mike tá aí. — disse.

— E cadê ele? — franzi a sobrancelha olhando ele todo arrumado.

— Tá lá no Bruno com as meninas, tão babando nele. Maria Luiza que fica acanhada. — riu.

— Imagino. — ri. Fui até meu quarto pra pegar meu celular — Vou lá então, bora?

Chegamos e estavam todos arrumados como se fossem pra uma festa. Tudo bem que o restaurante não era largadão e as pessoas normalmente iam bem vestidas, mas não era pra tanto.

Mike estava brincando com Karine no tapete e eu fiquei admirando como os dois riam juntos. Ela estava fazendo barulho de avião com o brinquedo e ele falava em inglês com o boneco do homem aranha na mão.

— Luan!? — Malu gritou me tirando dos devaneios.

— Oi. — ri.

— Vamos lá no Medunê? — Sarah perguntou.

— Ah, pensei que iam no deckdrunk. Por isso as roupas. — apontei pra eles.

— Nada a ver ir no deck a essa hora, pensei em irmos sexta pro Pedro conhecer. — Bruno disse.

— Porra, então vou trocar de roupa. Não posso aparecer lá assim de jeito nenhum. — olhei pro meu chinelo.

— Vai lá, a gente te espera! — Mari disse.

Assenti dando mais uma vez uma olhada pra Karine antes de ir, só que dessa vez ela correspondeu o olhar me dando um sorrisinho sem graça de lado.

Voltei pra casa e procurei uma roupa mais adequada. O medunê era pra um público diferente do deckdrunk, enquanto o medunê servia pratos sofisticados e o ambiente era mais elegante, o deckdrunk era o oposto, com petiscos, cervejas e drinks, ás vezes tinha show também.

Coloquei uma calça preta, mantive a blusa e calcei um tênis vans comum. Meu pai insistia que eu tinha que andar de blusa social, mas nem fodendo que eu ia mudar meu estilo assim.

Nos dividimos em dois carros, deixamos Mike na mãe do Pedro e fomos pro restaurante. Cheguei lá dando um alô com Bruno pros funcionários do horário e nos sentamos em uma mesa mais de canto.

— Vai querer cerveja, Luan? — Pedro me olhou — Ah, não sei nem porque to perguntando, claro que...

O interrompi. — Na verdade não vou querer não, quero ficar de boa hoje.

Coincidências 2Onde histórias criam vida. Descubra agora