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MALU

— Você acha que eu tô errado? Fala sério Maria, olha o que aquela louca falou, eu ainda me segurei muito. — ele disse ainda puto andando pro lado e pro outro enquanto o uber não chegava.

— Eu não acho que você tá errado, você só tem que saber se controlar melhor, que ignorasse! — disse vendo onde o motorista tava antes que o meu marido tivesse um treco.

Ele não falou mais nada. Entrou no uber bufando e ficou por isso mesmo. Eu estava era com vontade de rir de toda aquela situação.

Na hora eu fiquei sem acreditar, sem palavras, só imaginando se Mariana tivesse comigo o caos que seria. Puta que pariu.

Chegamos no hotel e ele já foi logo tomar um banho pra desestressar e eu fui fazer uma vídeo chamada com cada um das minhas crianças. Não vivo sem de jeito nenhum.

Analu falou comigo por uns dois minutos e desligou, tava vendo vídeo daquela banda, sei lá o que é, chamada Now United com Amanda. Elas são doidas nisso.

Luma não queria desligar o telefone de jeito nenhum, ainda mais quando Pedro saiu do banho e apareceu pra falar com ela. Ela não vivia sem o pai.

E Mike tava assistindo filme com Sophia, então só dei um "oi, saudade" e parei de perturbar. Deixei Pedro assistindo televisão enquanto eu ia tomar um banho.

Hoje queríamos dormir cedo pra aproveitar amanhã, praia, passeio de lancha, mergulho, tudo que eu pedi a Deus pra passar ao lado de quem amo.

— Ainda bolado? — perguntei me deitando ao lado dele de barriga pra baixo.

— Não, só queria entender o tamanho da insanidade daquela mulher e da cara de pau daqueles otários. — ele continuou olhando pra televisão.

— Esquece isso! — pedi. — Agora olha pra mim, te amo muito, tá!? — abracei ele encaixando minha cabeça em seu peito. — Amo quando você quer me proteger, apesar de me fazer ficar nervosa.

Rimos.

— Lembra daquela vez no carnaval que aqueles caras apontaram uma arma pra minha cabeça e você surtou depois comigo? — ele disse rindo e eu inclinei minha cabeça pra olhar pra ele sério.

— Você sabe que eu não gosto de falar dessa época. Foi tudo tão horrível! — fiz cara de brava.

— Eu sei, mas já passou. — ele deu de ombros e eu voltei a me deitar nele. — Eu também te amo, Maria Luiza. Sei nem o que seria de mim se a gente não tivesse terminado juntos. — ele disse fazendo carinho na minha cabeça.

— Você viveria sua vida normal, ao lado da Madalena e eu ao lado da minha carreira, provavelmente. — deduzi.

— Eu nem amava a Madalena, não viaja! — ele negou com a cabeça.

— Uhum. — resmunguei.

— Não começa! — ele reclamou. — Você quer mesmo falar de ex namorados? Quer que eu fale aqui do Guilherme? — parou o carinho. Agora o assunto era sério. Eu ri.

— Eu só tive um, você teve várias... quer que eu cite o batalhão das surtadas? — me sentei na cama e cruzei os braços.

— Não, não vamos falar de passado. — ele cedeu sabendo que perderia pra mim. — Pra quê, né? — riu todo sonso.

— Ah tá bom, sonso. Você sabe que se você entrasse num de férias com ex da vida, as suas seriam as malucas da edição. Menos eu, claro. — beijei meu ombro.

— Ainda bem que você não é ex! — ele se safou me puxando pra ele.

Nós rimos e engatamos em um beijo.

Coincidências 2Onde histórias criam vida. Descubra agora