87

7K 620 299
                                    

8 meses depois...

MALU

— Pedro! — sussurrei sacudindo ele. Já era a terceira vez. — Pedro, caralho!

— Hãn? — ele resmungou se mexendo na cama.

— Analu tá chorando, é a sua vez! — avisei e voltei pra minha posição.

Ele sentou rápido na cama, deu um selinho na minha bunda e se levantou.

— E se ela quiser mamadeira? — perguntou parado na porta.

— Ela acabou de mamar, não vai querer não. Nina ela e coloca nesse berço aqui. — apontei pro do lado da cama.

Deixei ele ir sem pena nenhuma, já que eram quatro horas da manhã e eu simplesmente estava morrendo de cansaço e voltei a dormir.

Depois que ele levantou Analu não acordou mais nenhuma vez e assim pude levantar cedo pra arrumar a casa e receber os amigos em casa. Normalmente eu colocaria Pedro pra arrumar comigo, mas ele ia trabalhar.

Aproveitei que ele ainda tava em casa e no banho pra poder lavar a louça e varrer a casa, limpar aquela loucura de quintal porque aí se Analu chorasse ele que se virasse. E o cocô dos cachorros não era de jeito nenhum trabalho meu.

— Não vejo a hora de voltar a trabalhar, essa vida de arrumar casa não é pra mim. — falei sozinha passando pano no chão.

— Já falei pra contratarmos uma ajudante aqui pra casa, isso aqui é muito grande amor! — Pedro apareceu ajeitando a gravata.

— E eu vou, mas por enquanto que eu tô em casa eu dou conta. Relaxa! — disse.

— Quer que eu te ajude no que antes de sair? — ele disse pegando a vassoura da minha mão e me puxando pra ele.

— Além de limpar o cocô dos seus cachorros, matar uma barata que tá presa no banheiro, arrumar o nosso quarto e o quarto da Analu, nada. — soltei plena um monte de tarefa. — Ah, e queria você pra mim. — apertei seu pau por cima da calça.

— Opa, opa... — ele deu um pulo rindo. — Ou arrumar a casa ou isso.

— Então sai daqui e vai arrumar porque eu não sou tua emprega! — larguei dele e voltei a pegar minha vassoura rindo.

— Sim senhora! — ele bateu continência. — Relaxa que a gente já já vai pra nossa lua de mel.

Depois que Bruno saiu do coma eu e ele decidimos adiar a viagem pra ficarmos um pouco com ele e depois quando Analu tivesse maiorzinha a gente ia, deixava ela com alguns dos nossos amigos e partiríamos sem pena por uma semana. Eu não via a hora desse dia chegar, mesmo sendo um grude total com minha prima.

Terminei a sala, o quintal, a cozinha e me dei um descanso. Só não fui tomar banho porque ainda faltava o banheiro. Hoje nossos amigos iriam vir pra cá pra gente fazer uma janta e beber umas cervejas e eu queria deixar tudo limpinho, mesmo sabendo que esses vândalos iam foder tudo.

Analu começou a chorar e eu subi pra socorrer minha nenê.

— Sem chorar filha, vamos dar uma voltinha lá no quintal com a mamãe. — peguei ela do berço.

Ela esticou aqueles minúsculos bracinhos e encerrou o choro na hora. Analu já tava tão grandinha e olha que tinha se passado poucos meses, pelo menos pra mim.

Ela não mamava mais no peito, no sexto mês eu tirei e passei a dar leite em pó com alguns nutrientes e claro, introduzir frutinhas e etc.

— Seu pai tá colhendo as merdas dos seus irmãos, quer ver? — virei ela pra olhar o outro lado do quintal. — Ele merece, porque é teimoso e não me ouviu quando eu disse que seria assim quando tivéssemos um milhão de cachorros.

Coincidências 2Onde histórias criam vida. Descubra agora