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ÚLTIMO CAPÍTULO - PARTE FINAL

Depois de abraçar todo mundo, deixei todos lá comemorando e fui até uma parte gramada da casa que dava pro mar.

Sentei na grama de pernas cruzadas, coloquei o copo de lado, ajeitei minha postura e comecei a agradecer mentalmente por tudo. Todas as coisas boas da minha vida.

— Oi!? — me virei e era Pedro. — Posso sentar aí com você?

— Óbvio, doido. — falei batendo no espaço ao meu lado e ele riu obedecendo.

— Mandei malzão lá, né!? Geral falou e eu não falei nada demais. — ele disse chateado bebendo champagne.

— Para Pê, você foi perfeito! — ele me olhou sério como se eu tivesse debochando. — Eu tô falando sério, cada um tem seu jeito e você é mais poucas palavras mesmo, que que tem? Todo mundo sabe que você é assim, e foi lindo.

— Mas pra você eu consigo falar! — ele disse.

— Eu sei, eu sou perfeita! — dei um beijo no ombro.

— Não, é sério, por isso eu vim aqui. — ele falou e eu franzi as sobrancelhas. — Maria, esse ano faz sete anos que oficialmente estamos juntos e eu ainda não perdi o sentimento de apaixonado de um início de namoro. Você simplesmente me pegou, me segurou, me amarrou de um jeito, que se não fosse você, ninguém mais seria. Você deu colo pro meu filho, me apoiou em ter ele de volta, trata ele como se fosse seu de sangue, você cuida das nossas filhas de uma maneira tão linda, seus olhos brilham e eu tenho prazer em ficar vendo você brincando com eles. Sério, eu te amo tanto... pode parecer loucura, mas eu daria minha vida por você. Soou mais psicopata do que eu pensei. — nós rimos. — Mas é sério, você é a coincidência mais bonita que já aconteceu na minha vida. Obrigada por ser essa mãe, esposa e essa mulher pra si mesma tão maravilhosa.

— Sua coincidência? — olhei pra ele com lágrima nos olhos.

— Amor, você era uma formanda em Porto Seguro, que morava em São Paulo, que do nada apareceu morando no Rio de Janeiro, no meu apartamento. Me diz se você não é a minha coincidência!?

— É, você tem razão. — eu ri enxugando as lágrimas antes que elas borrassem minha maquiagem. — Eu te amo, Pedro.

— Eu que te amo, Maria. — nós sentamos mais próximos um do outro e colamos nossos lábios.

Um beijo carregado de amor, gratidão e felicidade. Nosso ritmo estava lento, justamente pra desfrutar de todas as sensações ao mesmo tempo.

Ele puxou meu lábio inferior com um sorriso nos lábios, selou minha boca e se afastou segurando meu queixo e olhando nos meus olhos.

— Minha coincidência! — sussurrou e eu ri. Demos mais um beijo e ele se levantou. — Vou entrar pra beber mais e ver se as crianças estão bem, você vem?

— Vou ficar mais um pouquinho... — disse com a voz mansa e ele assentiu me mandando um beijo.

Voltei a olhar o mar e refletir.

Pra mim, isso aqui é MUITO mais que uma história de amor. É uma história sim de amor, mas também de superação e de amizade.

Coincidências 2Onde histórias criam vida. Descubra agora