A caçada

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Por Dean...

Estávamos resolvendo um caso que havíamos encontrado, estacionei o carro em uma lanchonete local e adentramos sentando em uma das mesas vagas. Sammy começou a vasculhar em seu notebook atrás de mais informações, e não demorou muito para que uma garçonete nos atendesse.

— O que vão pedir? — Pergunta, mordendo os lábios inferiores.

— Eu vou querer um hambúrguer com fritas e o meu irmão só come mato, então capricha. — Disse com os olhos vagando pelo seu rosto, analisando-a atentamente.

Sam lançou-me um olhar analítico diante do qual, ele teria rido se a situação não o estivesse irritando tanto. A garçonete anotou os pedidos satisfeita e então retirou-se como se estivesse desfilando atraindo minha atenção até perdê-la de vista.

— Não temos tempo para você flertar com todas as mulheres que encontra, Dean. — Percebo irritação em seu tom.

— Qual foi? Ela que provocou, não viu como me olhou? — Sorri fazendo-o revirar os olhos.

Sam não falou mais nada, apenas permaneceu com seus olhos fixos na tela. Após alguns minutos a garçonete voltou com os pedidos em mãos, ela inclinou-se para colocar os pratos sobre a mesa deixando visível seu decote como se quisesse me atiçar.

— Meu expediente acaba daqui a pouco, vou estar lá no fundo. — Disse apoiando sua mão em meu ombro.

Assenti e um sorriso malicioso se formou em seus lábios. Ela saiu e eu finalmente olhei para o Sam, escorando minhas costas na cadeira.

— O que eu disse? As mulheres não resistem a mim. — Gargalhei pegando uma batata e levando a boca.

— Precisamos interrogar a amiga da vítima. — Ignorou-me fechando a tela do notebook.

— Agora? Mas e o lanche? — Questionei vendo-o se levantar.

— É sério Dean?!

Suspirei pesadamente pegando minha carteira e coloquei o dinheiro sobre a mesa. Levantei-me e andamos em direção a saída.

— Espera só um instante.

Voltei rapidamente para a mesa pegando o hambúrguer e quando voltei com ele em mãos Sam olhou-me com negação.

— Que foi? Eu paguei por ele, e além do mais, estou com fome. — Dei de ombros adentrando no carro.

{...}

O silêncio seguia no carro, os únicos sons vêm do barulho do motor. Estava dirigindo a uma velocidade permitida com meus olhos fixos na estrada.

— Você quer falar sobre? — Sam pergunta, quebrando o silêncio.

— O que?

— Já faz mais de uma semana que a Lisa foi embora e você ainda não tocou no assunto.

— Talvez seja porque não tenho nada para falar? — Apertei as mãos no volante calmamente. — Você e Castiel quem deveria me manter informado, afinal, não estão investigando a vida dela?

Desviei meu olhar da estrada para olhá-lo, Sam permaneceu inquieto e suspirou ajeitando-se no banco.

— Foi o que pensei.

Estacionei o carro em frente à casa e andamos em direção a mesma, toquei a campainha e assim que uma jovem abriu a porta nós mostramos os distintivos.

— Sou o agente John Bonham e esse é o meu parceiro Robert Plant. — Disse simpático.

— Em que posso ajudá-los?

— Precisamos fazer algumas perguntas, então podemos entrar?

A mulher parecia pensar por alguns segundos, ouvi barulho de choro de uma criança. Ela afastou-se da porta dando passagem para que possamos entrar. Assim que entrei, deparei-me com um bebê fazendo birra.

— Desculpa por isso, é que meu dia está muito corrido. — Disse ela tirando alguns brinquedos de cima do sofá.

— Tudo bem, não pretendemos tirar muito do seu tempo. — Sam sentou-se e eu fiz o mesmo.

Ela pegou a criança que não parava de chorar no colo e em instante nos encarou carregando um olhar assustado.

— Meu Deus! O fogo.

A mulher nem esperou eu dizer nada, apenas entregou-me a criança e eu não sabia o que fazer, congelei.

— Para de chorar. — Insisti tentando acalmar o bebê — Faz alguma coisa Sam.

— Nem precisei pagar para ver essa cena. — Gargalhou devido a situação.

Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro na tentativa de fazê-lo parar de chorar. Em um passe de mágicas o bebê se calou, Sam me olhou incrédulo fazendo seu sorriso desaparecer.

— Você conseguiu acalmá-lo.—Celebrou a mãe da criança.

— Parece que sim, danadinho...

Sorri sem jeito entregando a criança de volta para seus braços e respirei fundo sentando-me no sofá.

— O que querem saber?

— A Camilly conheceu algumas pessoas novas nos últimos dias?

— Sim, ela falou que conheceu um grupo de jovens, mas os policiais os descartaram como suspeitos.

— Sabe nos dizer como eles eram?

— Já não conseguiram solucionar o caso? A perícia disse no laudo que foi um animal que causou a morte dela...

— Só estamos revisando para garantir que não fique nada entreaberto no caso.

— Tudo bem.

— Ela frequentava algum lugar com os novos "amigos"? — Pergunta Sam, com um caderno em mãos fingindo anotar as informações.

— Em um bar não muito longe daqui...

— Qual o endereço?

— State avenue n° 208...

— Agradecemos pela cooperação, se lembrar mais de alguma coisa me ligue nesse número. — Entreguei-lhe um cartão.

Ela assentiu com a cabeça e nos acompanhou até a saída. Enquanto caminhava em direção ao impala percebo que Sam estava agitado, como se quisesse me dizer alguma coisa.

— Se você falar para alguém o que acabou de aconteceu, eu soco a sua cara. — Alertei.

— Oh Dean, não podemos negar que você daria um ótimo pai. — Zombou fazendo-me revirar os olhos.

{...}

}

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Tire Meu Fôlego | Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora