Capitulo 31

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_𝒥𝓊𝓁𝒾𝑒_

Meu coração estava acelerado, Luke me olhava, não conseguia decifrar seu olhar, se estava bravo, surpreso, feliz, eu não sabia.

— Ela é minha filha Julie? — Ele fala com a voz rouca e embargada.

— Não! Meu pai era um bombeiro e morreu num incêndio! — Fecho meus olhos com força fazendo algumas lágrimas cair.

— Ela é minha filha Molina? — Ele da um passo pra frente repetindo a pergunta. Sua voz saía ríspida.

— Querida vamos limpar seu joelho. — Flynn sobe as escadas com Emily, Reggie e Alex vão pra cozinha.

Luke se senta de frente pra mim e olha nos meus olhos, seus olhos estavam encharcados.

— Ela é minha filha Jules? — Desmorono e caio em prantos.

— E-eu sinto muito Luke, não queria atrapalhar sua vida, eu não queria fazer isso com você, e-eu não pensei, eu queria que você fosse feliz e pra isso teria que ser sem mim! — Eu falo um pouco alto.

— Como pode fazer isso? Como pode achar isso? Você acha que eu fui feliz? Eu era feliz aqui com você Julie! — Ele fala e se levanta. — Qual o nome dela? — Ele olha pra escada que minha filha acabara de subir.

— Emily... — Falo e suspiro, ele olha pra mim, vejo um certo brilho no seu olhar, ele sobe as escadas correndo.

_𝐿𝓊𝓀𝑒_

Eu não sei o que pensar, sei que Julie não havia feito por mal, mas não tinha como evitar a raiva que eu estava sentindo, foram sete anos!

Subo as escadas e encontro as duas no banheiro, Flynn e Emily. Ela havia dado o nome de minha mãe pra nossa filha! Meu Deus, não posso evitar que ainda tinha sentimentos por aquela mulher. Meu coração errava as batidas só de pensar nisso. Flynn sai do banheiro me deixando só com a minha filha.

— Oi como é seu nome? — Ela pergunta, extrovertida.

— Meu nome é Luke, você é Emily certo?— Ela assente. Sorrio.

— Você é o Luke das histórias da minha mãe? Ela me contou várias histórias sobre você, a minha favorita é quando você encontra sua mãe. — Ela fala, Julie havia falado de mim pra Emily? — Na verdade, eu escutei mais histórias suas do que do meu próprio pai, mas não faz falta, acho as suas bem mais interessantes. — Ela começa a tagarelar.

— Eu e sua mãe somos amigos a um tempo. — Começo a fazer um curativo no joelho dela e contar algumas histórias minhas com a Jules, rimos um pouco e quando acabo, nós voltamos pra sala. Julie estava de cabeça baixa no sofá enquanto Flynn acariciava suas costas, Reggie e Alex sentados no chão, seguravam suas mãos. — Acho que esta na hora de irmos.

— Mas já? Por que vocês não ficam? Tenho certeza que minha mãe não ligaria! Né mamãe? — Julie me olha confusa, ela sabe que eu não tinha contado, faço sinal para que falemos depois e ela assente.

— Não tem problema, vocês podem cansar ela, afinal, ainda tenho uma cozinha pra arrumar. — Ela levanta.

— Não mais querida, arrumamos pra você. — Alex fala e Julie suspira. — E na verdade, eu e Reggie combinamos de sair com a Flynn hoje, desculpem gente, mas o Luke tá totalmente livre! — Desgraçados.

— Ótimo. — A pequena ao meu lado pega a minha mão e me leva pra seu quarto, rosa claro com tons em branco. Vejo o antigo violão da mãe de Jules no canto do quarto, a Dália estava lá intacta. — Você toca? — Assinto. — Pode tocar algo? — Penso um pouco e começo a tocar uma música que não tocava a muito tempo. Perfect Harmony. Vejo Julie parada na porta aproveitando a melodia. Ela estava linda. Paro de tocar quando vejo que a pequena dormiu, acomodo ela na cama e saio do quarto tentando não acordar ela. Fecho a porta e viro pra Julie que sorria com um brilho nos olhos.

— O que foi? — Eu pergunto envergonhado.

— Só nunca pensei que veria essa cena. — Ela sorri pra mim e me abraça. — Senti sua falta Luke. — Eu abraço ela de volta, o cheiro de seus cabelos invadem minhas narinas me deixando atordoado. Me afasto mas fico com minhas mãos em sua cintura e ela fica com as mãos em meu pescoço. Sem conseguir controlar minhas ações, selo nossos lábios em um beijo desesperado, cheio de saudade, sete anos sem beija-la foram os piores da minha vida. Apalpo uma de suas nádegas e dou um tapa na área, logo depois ela pula em meu colo, eu a seguro sem nos separar do beijo, encosto ela na parede, o ar falta e desço os beijos para o pescoço, não sabia qual era o quarto dela agora.

— Terceira porta a direita. — Ela fala ofegante e solta um gemido baixo quando ajeito ela no meu colo fazendo nossas intimidades se chocarem. Vou até o quarto que ela falou, abro a porta o mais rápido possível trancando assim que entro, deito ela na cama e tiro minha blusa. Estou aqui com ela com os nossos 24 anos. E vamos fazer isso com a nossa filha a alguns cômodos de nos, porque a saudade era tanta e os sentimentos eram maiores do que qualquer um de nós dois.

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Continua.....
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May it last forever - A Juke historyOnde histórias criam vida. Descubra agora