_𝒥𝓊𝓁𝒾𝑒_
Estava em casa preocupada, droga ele estava na cidade. Vou pra cozinha beber água, ouço a campainha tocar, eu ia atender mas aí escuto um grito de Emily.
— TIA FLYNN! — Rio, a pequena com certeza deve ter pulado nos braços de minha amiga.
— Menina você tá ficando pesada. — Dito e feito.
— Quem são seus amigos? — Arregalo os olhos, ela não fez isso.
— Esses são Reggie e Alex, são velhos amigos meus e da sua mãe. — Ela fala e saio correndo pra sala dando de cara com os quatro. Abro a boca em um perfeito 'o'.
— Mamãe? Tá tudo bem? — Emily me pergunta mas eu fico muda.
— Pera mamãe? — Reggie fala. — Quantos anos você tem?
— Tenho sete! — Ela fala mostrando os dedos de uma forma infantil.
— Julie ela é filha do Luke? — Alex fala surpreso, eu não conseguia falar nada.
— Não! O nome do meu pai é George, ele era um bombeiro e morreu em um incêndio como um herói. — Minha filha fala convencida da mentira que eu lhe contei, abaixo minha cabeça.
— Emily, está na hora de dormir. — Falo e ela sobe.
Eles vão até o sofá com Flynn, me sento ao lado de minha amiga que segurava minha mão.
— Como isso aconteceu? — Reggie pergunta.
— Transei com o Luke sem proteção e a pílula não funcionou. — Falo calma.
— Mas, como você descobriu? Por que não ligou? Teríamos vindo na mesma hora! — Alex fala.
— Eu descobri uns dias antes de vocês sairem em turnê, não liguei porque não queria estragar a fama de vocês, eu sei que teriam vindo, não queria que vinhessem, não queria que estragassem a banda por minha culpa! — Solto e ele abre a boca pra responder mas não fala nada.
— Não importa, o que importa é que estamos aqui e agora você vai contar aos dois, ou contamos nós! — Reggie fala autoritário, sorrio, ele tinha crescido como pessoa.
— Não posso. — Falo.
— Por? — Foi a vez de Flynn me perguntar.
— Luke pode tirar a guarda dela de mim e ela é tudo o que eu tenho, não quero contar pra ela, não quero perdê-la. — Falo receosa.
— Você sabe que o Luke nunca faria isso Jules, pode introduzir isso devagarinho. — Penso um pouco, acho melhor eu aceitar.
— Está bem, vocês não vão desistir mesmo.— Sorrio fraco e eles me olham felizes, tocam a campainha e eu vou atender. Era ele. Falar dele quando ele não estava aqui era uma ideia, a ideia de falar com ele era aceitável, com ele aqui era totalmente diferente, sinto um frio na barriga.
— Oi! Quanto tempo... — Ele fala coçando a nunca tímido, é... algumas coisas nunca mudam...
— É verdade. — Falo e ouço Flynn sussurrar meu nome, ela apontava pra eu sair com ele e conversamos. — Que tal conversar lá fora? — Pergunto meio envergonhada.
— Claro! — Fala meio rápido e abre passagem pra eu passar. Eu o faço e começo a caminhar. — O que tem feito? — Ele pergunta, ele não mudou nada, ainda era o meu Luke curioso.
— Virei professora de música na nossa antiga escola. — Sorrio pra ele que retribui.
— Vi sua apresentação hoje de manhã, depois não te vi mais, aconteceu algo? — Então ele me procurou?
— Uma das alunas passou mal... — Falo tentando dar uma desculpa.
— Ah, aquela menina que tocou com você? Ela era familiar. — Ele fala e eu tento mudar de assunto.
— Então e a família? — Viro pra ele parando de andar.
— Está ótima, minha mãe está mais brincalhona do que nunca, de vez em quando fala de você, e seu pai?
— Ele anda viajando por aí depois que me formei, ele chega daqui uns dias. Talvez você consiga vê-lo. — Sorrio.
— Espero que sim, não consegui me despedir dele, nem de você. — Ele se aproxima de mim e meu corpo treme, droga Luke, por que você tem esses efeitos sobre mim depois de sete anos?
— Sinto muito por isso, estava meio sentimental aquele dia, não consegui ir. — Falo me afastando e dando a volta pra casa. Só paro de andar de frente a porta da minha casa. — Foi uma ótima conversa que tal repetirmos algum dia? — Falo e quando já ia abrir a porta ouço algo de vidro se quebrar, o barulho vinha da cozinha, depois um estrondo alto de algo pesado cair no chão, merda Emily!
Entro correndo e vou pra cozinha, todos vem atrás de mim. Vejo minha filha no chão, o pote de biscoitos todo em cacos de vidro, e uma cadeira em cima dela, por que criança gosta de fazer desastre?! Alex levanta a cadeira e eu pego Emily no braço até o sofá.
— Tá tudo bem mamãe, foi só uma queda! A senhora é muito exagerada! — Ela fala revirando os olhos, ela estava com o joelho sangrando, olho pra Flynn e ela vai buscar o kit de primeiros socorros.
— M-mãe? Quantos anos você tem? — Luke fala atrás de mim e eu rezo pra minha filha não responder. Eu ensinei ela a não falar com estranhos!
— Sete! — Ela responde. Derick e agora?
_______________________
Continua...
Deixe o voto se gostou<4

VOCÊ ESTÁ LENDO
May it last forever - A Juke history
RomancePart 1 : Quando Julie perde sua mãe para o câncer, ela decide se afastar completamente da música. Os seus dois melhores amigos, Flynn e Willie, tentam a animar de qualquer forma e traze-la de volta a musica, mas o coração da garota estava com um vaz...