Capitulo 30

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_𝒥𝓊𝓁𝒾𝑒_

Estava em casa preocupada, droga ele estava na cidade. Vou pra cozinha beber água, ouço a campainha tocar, eu ia atender mas aí escuto um grito de Emily.

— TIA FLYNN! — Rio, a pequena com certeza deve ter pulado nos braços de minha amiga.

— Menina você tá ficando pesada. — Dito e feito.

— Quem são seus amigos? — Arregalo os olhos, ela não fez isso.

— Esses são Reggie e Alex, são velhos amigos meus e da sua mãe. — Ela fala e saio correndo pra sala dando de cara com os quatro. Abro a boca em um perfeito 'o'.

— Mamãe? Tá tudo bem? — Emily me pergunta mas eu fico muda.

— Pera mamãe? — Reggie fala. — Quantos anos você tem?

— Tenho sete! — Ela fala mostrando os dedos de uma forma infantil.

— Julie ela é filha do Luke? — Alex fala surpreso, eu não conseguia falar nada.

— Não! O nome do meu pai é George, ele era um bombeiro e morreu em um incêndio como um herói. — Minha filha fala convencida da mentira que eu lhe contei, abaixo minha cabeça.

— Emily, está na hora de dormir. — Falo e ela sobe.

Eles vão até o sofá com Flynn, me sento ao lado de minha amiga que segurava minha mão.

— Como isso aconteceu? — Reggie pergunta.

— Transei com o Luke sem proteção e a pílula não funcionou. — Falo calma.

— Mas, como você descobriu? Por que não ligou? Teríamos vindo na mesma hora! — Alex fala.

— Eu descobri uns dias antes de vocês sairem em turnê, não liguei porque não queria estragar a fama de vocês, eu sei que teriam vindo, não queria que vinhessem, não queria que estragassem a banda por minha culpa! — Solto e ele abre a boca pra responder mas não fala nada.

— Não importa, o que importa é que estamos aqui e agora você vai contar aos dois, ou contamos nós! — Reggie fala autoritário, sorrio, ele tinha crescido como pessoa.

— Não posso. — Falo.

— Por? — Foi a vez de Flynn me perguntar.

— Luke pode tirar a guarda dela de mim e ela é tudo o que eu tenho, não quero contar pra ela, não quero perdê-la. — Falo receosa.

— Você sabe que o Luke nunca faria isso Jules, pode introduzir isso devagarinho. — Penso um pouco, acho melhor eu aceitar.

— Está bem, vocês não vão desistir mesmo.— Sorrio fraco e eles me olham felizes, tocam a campainha e eu vou atender. Era ele. Falar dele quando ele não estava aqui era uma ideia, a ideia de falar com ele era aceitável, com ele aqui era totalmente diferente, sinto um frio na barriga.

— Oi! Quanto tempo... — Ele fala coçando a nunca tímido, é... algumas coisas nunca mudam...

— É verdade. — Falo e ouço Flynn sussurrar meu nome, ela apontava pra eu sair com ele e conversamos. — Que tal conversar lá fora? — Pergunto meio envergonhada.

— Claro! — Fala meio rápido e abre passagem pra eu passar. Eu o faço e começo a caminhar. — O que tem feito? — Ele pergunta, ele não mudou nada, ainda era o meu Luke curioso.

— Virei professora de música na nossa antiga escola. — Sorrio pra ele que retribui.

— Vi sua apresentação hoje de manhã, depois não te vi mais, aconteceu algo? — Então ele me procurou?

— Uma das alunas passou mal... — Falo tentando dar uma desculpa.

— Ah, aquela menina que tocou com você? Ela era familiar. — Ele fala e eu tento mudar de assunto.

— Então e a família? — Viro pra ele parando de andar.

— Está ótima, minha mãe está mais brincalhona do que nunca, de vez em quando fala de você, e seu pai?

— Ele anda viajando por aí depois que me formei, ele chega daqui uns dias. Talvez você consiga vê-lo. — Sorrio.

— Espero que sim, não consegui me despedir dele, nem de você. — Ele se aproxima de mim e meu corpo treme, droga Luke, por que você tem esses efeitos sobre mim depois de sete anos?

— Sinto muito por isso, estava meio sentimental aquele dia, não consegui ir. — Falo me afastando e dando a volta pra casa. Só paro de andar de frente a porta da minha casa. — Foi uma ótima conversa que tal repetirmos algum dia? — Falo e quando já ia abrir a porta ouço algo de vidro se quebrar, o barulho vinha da cozinha, depois um estrondo alto de algo pesado cair no chão, merda Emily!

Entro correndo e vou pra cozinha, todos vem atrás de mim. Vejo minha filha no chão, o pote de biscoitos todo em cacos de vidro, e uma cadeira em cima dela, por que criança gosta de fazer desastre?! Alex levanta a cadeira e eu pego Emily no braço até o sofá.

— Tá tudo bem mamãe, foi só uma queda! A senhora é muito exagerada! — Ela fala revirando os olhos, ela estava com o joelho sangrando, olho pra Flynn e ela vai buscar o kit de primeiros socorros.

— M-mãe? Quantos anos você tem? — Luke fala atrás de mim e eu rezo pra minha filha não responder. Eu ensinei ela a não falar com estranhos!

— Sete! — Ela responde. Derick e agora?

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Continua...
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May it last forever - A Juke historyOnde histórias criam vida. Descubra agora