May it last forever - A Juke history

Capítulo 48

Luke

Saio atrás de Emily, olhava em todos os cantos mas não a encontrava. Até que ouço um choro vindo de uma sala vazia. Entro e vejo minha filha encolhida no canto da sala escondida.

— Querida, o que houve? — Abraço ela preocupado.

— Ele, ele... — Ela me conta tudo. Como Jules namorou aquele cara por um ano e como ele era ciumento e controlador, quase mandou Emily pra um internato com apenas 3 anos de idade! Ela me conta que Daniel bateu em Julie na frente de Emily. Meu sangue ferve, minha vontade agora era de ir até ele e matá-lo, mas não posso, tenho que acalmar a pequena na minha frente.

— Hey, tá tudo bem, eu tô aqui agora. Não vou deixar nada acontecer com vocês duas. — Abraço ela mais forte e quando sinto ela se acalmar mais começo a fazer um cafuné.

— Papai. — Ela me chama se afastando. — O senhor ama a mamãe? — Ela pergunta com um brilho nos olhos.

— Amo, muito. — Falo me lembrando de como Julie devia estar preocupada agora.

— Você devia pedir ela em casamento, vocês dois se amam! — Instantaneamente sorrio ao escutar aquilo.

— Ainda não filha. — Isso mesmo, ainda não. Levanto. — Vamos, sua mãe deve estar preocupada.

— Tudo bem... — Ela fala cabisbaixa.

— Ei! Eu vou te proteger esqueceu? — Falo e ajudo ela a ficar de pé. Ela assente e saímos para a classe de Jules. Ela para por um momento ao nos ver entrando e faço sinal para que conversemos depois. O resto da aula corre bem até o sinal tocar e eu e Julie sairmos da sala.

— Por hoje é só de aulas, que tal você me contar o que aconteceu? — Ela fala nervosa.

— Primeiro, que tal irmos pra pracinha aqui do lado, um lugar mais calmo onde temos mais privacidade. — Falo vendo o babaca se aproximando, puxo Julie e levo ela para o parque vizinho a escola.

— Quer me dizer o que aconteceu Luke? Ta me deixando preocupada! — Ela fala muito nervosa agora, sento com ela em um banco.

— Por que não me contou do professor babaca? — Pergunto segurando uma de suas mãos.

— Não achei que fosse importante. — Julie evita me olhar.

— Como não é importante Julie? Ele quase mandou Emily pra um internato! — Falo nervoso.

— Foi a muito tempo tá bom! Quem te contou? — Ela fala num tom mais alto.

— Emily. — Falo e ela franze as sobrancelhas.

— Mas ela não lembra mais dele! Ela mesma disse! — Ela fala nervosa.

— Então ela mentiu, ela tem medo dele Julie, muito medo. E ele é professor dela! — Jules põe a mão na testa e algumas lágrimas desciam.

— Meu Deus, ela lembra...? — Ela fala e não consegue completar a frase.

— Ela lembra Julie, do dia em que ele bateu em você na frente dela. — O mundo de Julie parece cair. — Acho melhor levar ela pra um psicólogo. — Pego sua outra mão, seu olhar era triste. — Vai ficar tudo bem, eu estou aqui e vamos cuidar disso tudo juntos. — Falo e abraço ela que chorava descontroladamente em meu ombro.

— Acho que seria uma boa ideia levar pra um psicólogo. — Ela fala quando se acalma e se afasta um pouco de mim.

— Vou tratar disso o mais rápido possível tá? — Ela assente.- Julie, você quer conversar sobre o que houve?

— Eu... eu estava na cozinha de casa e Emily na sala, quando ele chegou bêbado. Ficou afirmando que eu tinha traído ele, mas eu não tinha. Ele gritava comigo e Emily foi saber o que tava acontecendo, uma criança tão doce e inocente como ela. Quando ela veio chorando ele empurrou ela e pegou a garrafa de cerveja que ele estava bebendo e... — Ela levanta o cabelo e me mostra uma cicatriz de uns 5 centímetros no seu pescoço, como eu nunca vi isso? — Quando me virei pra ajudar Emily ele me atacou e começou a me bater. A minha sorte foi que Flynn chegou antes que ele me matasse. — Suas lágrimas saiam dolorosas. — Eu estava horrível, destruída. Sou tão grata a Flynn por me salvar. Ela chamou a policia mas ele conseguiu sair ileso, a única coisa que consegui foi um pedido de restrição, que acabou no começo do ano, quando ele voltou a trabalhar na escola. Pensei que não teria que olhar na cara dele quando fiquei sabendo, mas surgiu essa apresentação e sou obrigada a trabalhar com ele. — Ela sorri fraco e aperta minha mão. — Ele foi o único cara que eu fiquei depois de você, nesses sete anos, ninguém mais e aqui estamos nós, juntos de novo. — Ela ri.

— Bom, considerando que eu estava em um relacionamento falso nesses anos, você foi minha última namorada de verdade. De tudo que eu deixei pra trás, você Molina, era o que eu mais sentia falta. Eu sofri tanto quando você me mandou seguir minha vida, mas eu obedeci, por que? Porque sou uma cadelinha fiel à dona. Eu te amei todos esse anos Julie, em segredo e com medo de voltar e você não me querer mais. Agora descubro que tenho uma filha com a mulher que eu amo e nos tornamos uma família. Mas ainda faltam alguns passos a serem dados. Sei que não é uma boa hora, mas Julie Molina, você quer namorar comigo? — Falo segurando suas mãos esperançoso. Meu coração batia acelerado, poderia jurar que cairia morto ali mesmo.

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Meu Deuuuus, sou cardíaca meninoooooo

Continua...

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