CAPITULO48: Cozinha.

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Andrew olhava Neil que dormir profundamente na cama. Depois de um banho gelado e ter praticamente o obrigado a se alimentar, o menino rapaz respirou fundo.

  Neil estava tai cansado que não demorou nem dez minutos para pegar no sono, a bebida o deixava muito cansado rapidamente.

  Ele sabia que deveria deixar o namorado dormir, Neil quando estava cansado era um saco de se lidar.

Sabia  bem disso, Neil quando Nair dormia o que precisava dormir, ficava paranoico, se assustava com facilidade e quase tinha infartos.

  Matt foi colega de quarto de Neil, o garoto já era um passarinho, qualquer movimento e ele acordava disparado preparado para voar.

  Mas quando dormia fora de sua cama era ainda pior, só de ouvir alguma coisa Neil quase morria do coração e lutava por sua vida.

  Em grande parte tinha que agradecer ao seu pai que invadia os quartos que ele e sua mãe estavam, atirando e com facões enormes que os apavoravam.

  Neil já tivera que acordar diversas vezes no meio da noite apavorado, tendo que correr por sua vida, ouvindo os gritos de sua mãe tentando se salvar.

  Neil precisava de um sono, ou ia ser um pé no saco, assim como Kevin era quando estava completamente bebado.

  Nick tinha chegado em casa para cuidar de Aaron, já que o menino continuava gripado, estava melhor, mas ainda doente.

  Aaron ficou um bom tempo com o irmão, os dois começaram a avançar em seu relacionamento conturbado.

  Os gêmeos começaram a conversar, sobre pequenas coisas e em pouco tempo e depois o silêncio reinava novamente.

  Mas era mais do que Aaron tinha em anos com Andrew, o gêmeo não lhe dirigia a palavra nem ao menos para perguntar alguma coisa.

  Quando finalmente Neil acordou daquele sono pesado no qual estava inerte, ele se sentia um pouquinho tonto.

  Tentou levantar o chao parecia de areia, parecia tudo mole e dificultava para ele conseguir andar pelos corredores.

  Quando finalmente conseguiu se firmar, Andrew o esperava na cozinha, com alguma coisa para ele comer.

  Nesses momentos simples, Neil agradecia por ter um namorado assim, por mais simples que fosse, era grande para ele.

  O garoto olhava andrew terminando de cozinhar e servir sua comida, com os gatos em seu redor miando.

  Ele dava pequenos pedaços de carne crua para os dois filhotes manhosos que miavam em seus ombros de forma faminta.

  Neil não se importava com o castigo que  viria, mas se importava com Andrew, não ia resistir contra ele, estava tão feliz por ele estar ali.

  Não desejava mais nada a não ser seu namorado ali com ele, que o cuidava, que o entendia, que sempre estava ali para ele.

  Neil respirou fundo, tomando coragem que nunca mais iria repetir para andrew, odiava ser punido, mas sabia que o tá o certo.

—Eu sei que sabe que estou aqui, e... eu errei, fui imprudente, fui um idiota em beber, meu corpo poderia ter tido uma reação ruim a isso... eu poderia ter morrido...

  Andrew nem ao menos se virou, parou o que estava fazendo, deixando Neil continuar enquanto se sentisse a vontade.

—Você pode fazer como quiser, não vou negar, não vou brigar, eu só quero você comigo... só não quero te perder.

  Andrew agora se virou, andando até o namorado e encostando a testa na dele com carinho e com cuidado para Neil não se afastar.

—Você é um idiota, mas não vai me perder, nem que você queira seu teimoso, se não fosse eu, quem iria salvar seu traseiro sempre?

  Neil deu uma risada alta, beijando Andrew com cuidado e depois passou os braços em torno do pescoço do menino.

—Obrigado, por isso tudo, por sempre estar aqui, por me perdoar, pelos beijos, por tudo.

—Você é um idiota.

—Sou o seu idiota.

   Neil zombou mostrando a língua para Andrew de forma debochada, mas ganhou um carinho em seus cabelos de forma animada.

  Andrew não estava de tudo zangado, estava feliz por seu namorado estar bem, teria surtado se algo tivesse acontecido com Neil.

  Ele serviu a comida para o namorado em silêncio, vendo Neil com rapidamente, precisava se alimentar ou iria ficar muito fraco.

  Eram momentos de paz que os dois tinham, ficar assim, comendo juntos, com os gatos, fazendo besteiras inocentes, como essas.
 
  Mas sabia que o que viria a seguir não ia ser nem um pouquinho satisfatório para ele nem para Andrew, mas tinha que ser feito.

Ia estar igual a Kevin em breve, não ia conseguir se sentar durante um tempinho, por mais que detestasse admitir, estava pedindo por aquilo.

  Andrew não deixava nada passar, mas talvez, se Deus tivesse pena dele, Aaron chamaria, ou alguém iria precisar dele em alguma momento.

  Então seu traseiro ganharia um pouquinho mais de tempo até as coisas se ajeitarem novamente com Andrew, mas era inevitável.

Wymack mandou uma mensagem avisando que Kevin estava muito bem, precisava apenas de um remédio para dor de cabeça, mas estava bem e amanhã estaria novo em filha.

  Nick foi ficar com Aaron, a febre tinha diminuído, mas continuava manhoso, estava com falta de Andrew, isso era bem óbvio para todos.

  Agora tudo que restava era Neil e Andrew, os dois resolverem as coisas entre eles dois, Neil estava com saudades dele, apesar de não ter ficado nem um dia longe.

Era engraçado para Neil, antes ele conseguia esquecer as pessoas com facilidade, eram apenas rostos, apenas silhuetas, eram nada, sua mãe o ensinará assim.

  Mas Andrew, ele era inesquecível, ele não poderia se esquecer do loiro, do seu cheiro, de seus cabelos, de seus olhos, de todo ele, de todo seu jeito.

  Aquilo era novo para Neil ainda, não poder se desapegar de alguém, antes era tão mais fácil para ele, mas agora ele não queria o caminho mais fácil.

Tudo que ele mais queria era estar com seus amigos, com sua família, esquecer o passado, esquecer quem ele fora uma vez, esquecer toda a merda que o assombrava por ali.

  Ele iria sim, com seus amigos e Andrew ao seu lado, ele nunca mais iria lembrar de quem uma vez foi, de seu passado, de seus pais, de nada mais.

Para sempre uma raposaOnde histórias criam vida. Descubra agora