CAPITULO34: Meu raio de sol.

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You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are gray
You'll never know dear, how much I love you
Please don't take my sunshine away
I'll always love you and make you happy
If you will only say the same
But if you leave me and love another
You'll regret it all some day
You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are gray
You'll never know dear, how much I love you
Please don't take my sunshine away

— O que foi?

— Nada não... Eu... Eu só gosto muito da sua companhia.

  Diz ele sincero enquanto se movia um pouco na cama.

  Estava sendo sincero, mais manhoso do que normalmente ficaria.

  Jeremy sorriu levemente acariciando a bochecha do namorado.

— Também amo ter você por perto Jean.

  Jeremy se ajeitou na cama, estava bastante cansado, querendo que seu namorado se sentisse a cima de tudo bem.

  Jean tinha leves ataques de pânico durante a noite, gritos e esperneio com medo de toque de qualquer um.

  O loiro sabia bem o que acontecia a noite dentro do "ninho" pelo menos com Jean, o garoto tinha terror noturno.

  Jean se tornava bastante paranoico e agressivo durante a noite, acertando tudo que ficasse perto.

  O menino depois que via que era apenas Jeremy ali com ele, relaxava, chorava de felicidade ao saber que não ia precisar ter medo.

  Mas era difícil... As noites sempre eram mais difíceis para o jovem casal.

  Jeremy tinha toda a paciência do mundo.

  Ele fazia de tudo para que o namorado se sentisse melhor.

  Ficava com ele, lhe abraçava e sussurrava palavras doces de consolo.

  Jean se acomodava em seu peito, se assegurava melhor quando estava com ele.

  Precisava daquilo, saber que era amado, que tinha amigos e nada daquilo iria acontecer novamente.

  A primeira vez deles foi tensa, Jean não era acostumado com carinho, ainda era arisco.

  Jeremy fez ser especial, fez ele ter gosto por mamorar e gostar de toque.

  Ouvir os choramingos e tremedeira de Jean era algo tortuoso para Jeremy, ele odiava ver seu namorado com medo.

  Ele lembrava das pequenas discussões com Kevin, Jean não era gente, era menos que um animal aos olhos dos corvos.

  Era uma coisa, um objeto, poderiam dar e tirar seu nome, poderiam bater e abusar da forma que quisessem dele.

  Jeremy ainda tinha pesadelos somente de pensar naquilo, mas agora tinha Jean deitado em seu colo, tinha ele ali com ele para todo o sempre.

  Seu namorado agora estava como se fosse uma criança pequena, descobrindo o mundo e o que ele tem a oferecer.

  Jean era curioso, gostava de mexer nas coisas, gostava de ouvir música, fazer passeios longos e de animais domésticos.

  Era incrível como ele nunca tinha ido ao zoológico, ou então ao circo, ele nunca fora a lugar nenhum, nem mesmo a parques de diversões.

  Ele olhava encantado para as luzes de um carrossel quando fora com Jeremy uma vez, convencer ele a entrar foi uma barra.

  Sair foi ainda pior para ele, Jean brincou como uma criança, até finalmente cair no sono, deitado nas pernas do namorado que o ninava.

  Jeremy amava de mais seu namorado, ver aqueles olhos cinzentos felizes era a coisa mais maravilhosa que eles poderiam querer.

  Jean também gostava de chuva, de ficar na chuva, sentindo os pingos em seu rosto de maneira calma e sentir o cheiro.

  Sentir o cheiro de grama cortada, livros, dormir até mais tarde, correr, ir ao cinema, ir a parques, Jean amava tudo isso.

  Ele sentia um medo irracional de que Riko aparecesse e tirasse ele de Jeremy, que tirasse sua liberdade e tudo de mais.

  Apesar de Riko estar morto, enterrado, o medo não parava de aparecer, até mesmo Kevin e Neil tinham esse medo irracional.

Jean que tanto desejava morrer, agora desejava loucamente viver, desejava estar com Jeremy e estar com seu time, estudar e fazer de tudo.

  Agora ele frequentava uma psicóloga que no início ele foi extremamente contra, com medo de falar os horrores que viveu.

  Mas aos poucos, ela foi o conquistando, mostrando para ele que merecia, poderia viver, e ninguém iria tirar esse direito dele.

  Jean se sentou com ela e a cada dia escrevia em um "diário" motivos para continuar vivo, por menores que fossem, deveriam ser escritos.

  Durante um mês, Jean viu como sua vida agora era diferente como os "mínimos" detalhes eram importantes para ele, como faziam a diferença.

  E agora estava ali, deitado em cima de Jeremy, dando risada sobre alguma besteira que seu namorado falava.

  Seu raio de sol estava ali, sua vida estava ali, sentindo todo amor que poderia querer e ter em uma vida, ele estava feliz.

Para sempre uma raposaOnde histórias criam vida. Descubra agora