CAPITULO13: Neil... tu tem que parar de arranjar essas confusões.

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  Nas poucas burradas que havia feito na vida, Neil se arrependia mais daquela, porque provavelmente ia acabar muito mal. O que começou com um jogo, terminou com ele com um o pé quebrado e agora metido com uma gangue.

  O time adversário era tão problemático quanto as raposas, e olha que isso era difícil, haviam pegando Neil e queriam quebrar a cara dele. Ele pensou em como havia feito burradas em um único dia, uma única noite.

  Sua falecida mãe iria quebrar seu pescoço por ter sido tão descuidado e tão estupido a ponto de ser sequestrado novamente, mas ela estava morta agora, em seu lugar tinha Andrew pra fazer isso. E o loiro não não ia pegar leve com ele quando descobrisse.

  Era incrível como a confusão ia atrás de Neil quando ele abria a boca para se defender ou defender aqueles que ele amava de mais. Agora estava montado em cima de um garoto socando sua cara repetidamente.

  Neil sentiu o pulso quebrar com os sócios brutais, era uma briga de um a um, então os outros não se envolveram na briga deles, apesar do amigo estar apanhado. Mas o moreno não aguentava mais socar e lutar daquela maneira.

  Quando o corpo do garoto finalmente apagou, ele conseguiu ouvir as sirenes policiais chegando, mas estava fraco de mais pra correr. Apenas desmaiou em cima do corpo daquele garoto. 

  Ao acordar estava em uma maca de hospital, com o pulso e com o pé engessado, de um lado Wymack e Kevin discutindo e do outro um Andrew furioso o observando com um olhar analítico. Ele sentia os analgésicos fazendo efeito em seu corpo.

  Agora era só rezar pra que Andrew não o matasse ali mesmo no hospital, seria vergonhoso de mais morrer dessa forma, estando pelado e indefeso. Mas ninguém dizia absolutamente nada.

  Neil sentia os pés com dificuldade, tudo doía para se mexer, era como se estivesse completamente quebrado. Ele podia sentir os olhos castanhos de Andrew em suas costas.

  O garoto não queria se virar para encarar o namorado, nem Kevin, nem mesmo os colegas de equipe ou treinador. Não queria ver ninguém no momento, estava com problemas de mais para lidar, estava completamente acabado.

  Fora os gritos selvagens de Wymack, as broncas de Abby, seu time inteiro dizendo que ele era um louco por fazer essas coisas, ainda teria que encarar Kevin e Andrew por isso. Ele só tinha uma missão, não se meter em problemas com o mais novo time rival.

  Claro que Neil não ia conseguir, podiam, quebrá-lo, tortura-lo, cuspir em sua cara, mas se mexessem com suas raposas... ele não iria perdoar. Mas sempre acabava tentando fazer o certo e piorava a situação para todos.

  Ele deu sorte de não ter sido preso, não sabia exatamente como havia chegado até lá, lembrava de ouvir a polícia chegando e de ter apagado. Quando Neil ouviu alguém entrar no quarto, Kevin o cumprimentou em francês, apertando sua mão com delicadeza.

—Jean, obrigado por ter trazido Neil até o hospital, obrigado por ter salvado esse idiota de suas brigas. Se eu puder fazer qualquer coisa...

  Kevin falou ainda em francês, Jean havia passado tempo o suficiente colado em Neil para saber quando ele se fazia de dormindo ou desmaiado. Sabia que Neil estava perfeitamente acordado e ouvido toda a conversa que estava rolando ali no quarto.

—Claro... pode me deixar assistir o show que vai ser quando ele se levantar, tenho que falar com Neil de qualquer forma... mas de nada Kevin.

  Ele respondeu em francês venenosos, sabia exatamente o que ia acontecer e estava se aproveitando disso. Neil se conteve para não gritar com o francês, queria quebrar aqueles dentes brancos de Jean e tirar seu sorriso.

—Show? Aham, claro, mas acho que ainda vai demorar, Neil está apagado, deve estar cansado do que aconteceu.

—Apagado? Ele está muito bem acordado, está ouvindo a conversa somente, Ei Neil! Já pode parar de fingir... já posso ver que nao perdeu esse hábito.

  Jean falou agora em o idioma que todos pudessem entender, olhando para Neil que abriu os olhos vagarosamente. Não querendo encontrar o olhar do namorado.

  — Ótimo saber disso.

  Diz Andrew enquanto se acomodava sentado na cama, na beira para não incomodar o namorado.

  Afinal Neil estava todo quebrado.

  Ao ouvir o loiro Neil segurou sua mão com carinho e forçou um sorriso.

— Está feliz por eu estar acordado neh?

— Muito.

  Diz Andrew sem tirar os olhos do rapaz.

  Sem sorrir ou demonstrar alguma emoção.

  Embora por dentro as emoções estiverem brigando.

  O medo... A insegurança, o alívio de ler Neil acordado e aparentemente bem.

  Claro sem levar em conta as fraturas.

  Mas isso já era considerado uma vitória para o jovem rapaz.

  Neil sempre fora azarado contra seus inimigos, sempre acabava com fraturas múltiplas ou com o corpo cheio de roxos e cortes absurdos, um corpo todo maltratado.

  Neil sabia muito bem que essa pequena aventura que tivera, não ia passar solta. Andrew ia tirar isso muito a limpo.

  O loiro o levou para casa assim que teve alta, com todo o cuidado já que estava todo quebrado.

  Na primeira semana, Neil estava insuportável, querendo se mexer, ir jogar com as raposas.

  As raposas vinham todos os dias ver como Neil estva, ajudar Andrew a cuidar dele.

  Andrew gerakemte não gostava de muita gente em cima dele e de Neil, ainda mais seu time. Mas sabia que Neil precisava de contato humano.

  E era uma vantagem com Matt e Kevin dentro de seu apartamento, eles eram fortes e ajudavam a carregar Neil com facilidade.

  Neil ficava mais calmo com as raposas ao seu lado, fazendo brincadeiras e tendo com quem conversar.

  Mas era mais reconfortante tê-los por perto, Neil ficava mais a vontade e mais calmo com os meninos ali com ele. Matt ficava
Horas com o moreno, sempre o ajudando, até mesmo carregando Neil no colo.

  Neil não era muito de abraços ou contato físico, mas era apegado ao jeito carinho de Matt, então não se importava de ser carregado de um lado para outro por ele.

Ele não poderia deixar de sentir uma certa vergonha, pois Matt o carregava feito uma criança pequena de colo, era uma cena muito fofa.

  Andrew estava semrpe de olho, já que seu namorado parecia uma criança, tentando quebrar o gesso a cada momento que estava sozinho.

  Quando se pegou sozinho com o namorado, olhando um canal de séries qualquer, juramente com seus filhotes, Neil fez a pergunta premiada.

—Você não vai me punir não é mesmo? Quer dizer... já faz uma semana e...

—Não eu não vou.

  Andrew falou sem desviar os olhos da Tv e fazendo um cafuné em um dos gatinhos em seus pés.

—Jamais puniria você nesse estado, está com pontos e com partes do corpo quebrado Neil. Mas isos os vai passar em branco.

  Ele falou em um tom de quem encerrava a conversa com aquilo ali mesmo, para a insatisfação de Neil.

Para sempre uma raposaOnde histórias criam vida. Descubra agora