Eu desisto de sofrer

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Boa leitura e desculpa os erros.

Agora é com vcs: junto eles ou faço o Adrien sofrer mais um pouco?

Pq se vcs quiserem, daqui a uns caps, esse povo se encontra aí pelos caminhos da vida ASUHAUHSAUH♥

Beijos

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Na segunda feira, Adrien não CONSEGUIA sair da porta da loja, olhando para os lados da rua, esperando, aguardando que a carruagem da sua princesa estacionasse logo na esquina, a trazendo junto com suas entregas.

Estava ansioso, porque sabia que ela tinha motivos para falar com ele além dos trâmites profissionais. Afinal de contas, tinha que entregá-lo a tal da pasta dagua para passar na sua mancha vermelha, que acabou descobrindo que não se tratava de uma alergia, mas sim da etiqueta da camiseta que ficou roçando e acabou criando uma espécie de hematoma por conta da sua pele ser muito "delicada".

Oh Céus, que vergonha! Mas Marinette não precisava saber disso.

Iria até falar para ela que passou quase que o final de semana inteiro coçando aquela bendita manchinha alérgica. Quem sabe ela não tivesse um pouco de dó, e se comprometesse em ajudá-lo de passar a pomada, deliciosamente com seus dedos femininos contra sua tez que necessitava por esse contato.

Roía as unhas para não roer toda a mão, sobre o olhar atentos e incriminador de Nino que não conseguia lidar com aquele homem feito, parecendo um adolescente boboca atrás do seu primeiro rabo de saia.

Adrien por sua vez, estava tão ansioso, que não conseguiu lidar com a vontade de fazer xixi, correndo para o banheiro.

Uma pena que não era só xixi, acabou ficando mais um pouco do tempo previsto, saindo logo em seguida em disparada para a loja, onde viu as caixas das entregas sobre o balcão com Nino de braços cruzados ao lado, e um potinho branco perto dele. Na porta que dava ao acesso para a loja, Adrien imediatamente murchou, relaxando os ombros com as duas mãos segurando o batente.

- Ela já veio ne?

- Sim, ela já passou por aqui e te deixou isso. – indicou o moreno, o entregando o pote branco. – Comentou que se você precisasse de ajuda, era só mandar uma mensagem.

- Certo. Eu... irei agradecê-la. Valeu Nino.

- Eu sinto muito cara, até disse que você já voltava, mas ela tava num corre, que não deu tempo pra te esperar.

- Eu consigo imaginar. Tudo bem, eu... preciso quer dizer, eu vou... eu vou fazer alguma coisa.

Daquele momento em diante, o loiro não conseguiu mais se motivar. Foi como se tivesse recebido um banho de água fria na sua cabeça, o deixando triste de fato.

Poxa, o que custava dela espera-lo só por um momento, para que pudessem trocar duas palavras? Isso era a prova mais do que concreta, que Marinette não dava a MÍNIMA para ele, e ela só queria mesmo ajudá-lo como ajudaria a qualquer pessoa.

Querendo ou não, ter que sempre reconhecer isso, machucava seu coração, doía para valer.

Era pedir demais, possuir um pouco de afeto da pessoa que fazia bem aos seus olhos? Por que ela não poderia também se sentir assim?

Passou o restante do dia bufando, suspirando, tentando trabalhar, mas com a cabeça pesada, chateada. Não mandou mensagem para ela, não queria puxar assunto para não ter uma resposta, ou algo frio como um – ok.

Infelizmente, sua situação não o permitia mais se conformar com aquela "amizade", quando seu coração e seu corpo desejavam ter Marinette como sua.

Poderia ser egoísmo ou estupidez, o caso, era que estava apaixonado por ela, e queria pelo menos... ter uma única chance, para mostrar que os dois poderiam ter algo bom, se ela o visse como homem, da mesma forma que a via como uma mulher linda.

Não iria acontecer nada, então o dia se passou, chegando o momento de fecharem a loja. Despediu-se de Nino e Ivan que foram embora juntos no carro do Lahiffe, pois moravam na mesma direção. Ele por sua vez, havia estacionado o carro um pouco mais distante, mas não queria ir para casa.

Sendo assim, resolveu passar na padaria de Bridge, mas não aguentou a mesma tagarelando nos seus ouvidos como se fosse uma matraca, saindo logo em seguida que tomou um suco gelado de laranja.

E aí, foi andando pela rua, olhando ao redor, contornando a esquina para seguir na direção do seu carro.

No seu caminho, um casal abraçado e rindo, passou por si e a imagem, o fez se recordar de Marinette e sobre todas as coisas que desejava viver com ela.

Terminar o experiente daquela maneira, a encontrando para que fossem jantar juntos em qualquer outro lugar, fazer um lanche, ou até mesmo apenas um sorvete. Andando com ela de mãos dadas, abraçados, olhando a lua, ver a cidade se acender.

Era tão idiota...

"Obrigado pela pomada Marinette. Eu não consegui te atender hoje, estava ocupado. Me desculpa de qualquer forma."

Sorriu abatido depois de mandar a mensagem já sentado no seu carro. Quando estava para dar partida, ouviu o celular chamando, e o pegou imediatamente, sentindo aquele mesmo aperto gostoso, e doloroso no peito, por pensar que poderia ser ela. Era ela. Não do jeito que queria, mas era.

"Imagina. Eu não pude te esperar, estava com muitas entregas hoje, enfim. Espero que te faça bem a pomada, pode usar toda que eu tenho bastante aqui em casa. Depois me conta o resultado."

Ela queria saber do resultado?

Pois muito bem, ele poderia lhe contar, lhe dizer que o resultado de tudo aquilo, era que seu coração se encontrava cada vez mais apaixonado, quando ela por si só não poderia correspondê-lo.

Então o que adiantava de ser tão gentil assim?

Do que adiantava, se permitir afetar pelo seu encanto, quando este lhe era proibido?

O fazendo se sentir muito mais solitário, muito mais confuso e perdido, por simplesmente, não ter ideia de como conduzir seus sentimentos. Aquela onda eufórica que o tomava, o encharcando de paixão.

Não tinha um minuto de paz.

Nos seus pensamentos, na sua casa, na sua cama, e nem quando estava com seus amigos, que para piorar, como se fosse de propósito esfregar na sua cara a felicidade que viviam a todo o instante, sempre demonstravam algo novo que não poderia estar vivenciando na sua vida.

Logo no dia seguinte, pela manhã, tanto Nino quanto ele receberam uma mensagem de Luka, dizendo que precisavam se encontrar naquela semana, pois eles queriam comemorar uma descoberta maravilhosa:

Kagami estava grávida e certamente, Adrien seria um dos padrinhos.

Era sua sina.

Terminar assim: iludido, cheio de amor para dar, mensagens incompletas, uma pomada para uma alergia que não existia, e repleto de afilhados. Só faltava um gato mesmo!

Dear "Sagawa Express", can you bring me a love too?Onde histórias criam vida. Descubra agora