EU NÃO TO MAIS AGUENTANDO
Tudo bem que levei 80 capítulos para juntar o Adrinette em Única, mas nessa fic NÃO DA MAIS. Boa leitura e desculpa os erros.
-------------------------------------------------
O jantar de Luka e Kagami ficou marcado para sexta feira a noite na casa deles. Tratava-se na realidade de um palácio, visto que a própria japonesa havia projetado cada milímetro da construção, sendo ela uma arquiteta de mão cheia e muito requisitada na comunidade parisiense.
Quando chegou no endereço, junto a Alya e Nino que lhe deram carona, pois não queria dirigir naquela noite, Adrien encontrou o casal de amigos revestidos por uma aura única e iluminada, que pareciam até uma árvore de natal, só faltava que as luzes piscassem.
Um sorriso unanime atravessava o rosto do Couffaine e terminava na bela face da sua mulher, totalmente apaixonada por ele, e pela criança que iria nascer. Haviam descoberto a gravidez fazia pouco tempo, e só estavam esperando a confirmação do exame de sangue para gritar aos quatro cantos do planeta, que eram os mais novos pais orgulhosos de Paris.
De fato era bonito, adorável de acompanhá-los. A todo o instante, ficavam se tocando, se abraçando, rindo que nem dois bobos, como se estivessem embriagados, mas era só felicidade genuína mesmo.
- Nossa Luka, você que já era um grude, vai ficar mais grudento ainda nessa mulher hein! – Alya brincou, tomando de uma champanhe, estando ela agarrada com Nino.
- Olha só quem fala. – Já Kagami comentou, apertando o nariz de Lahiffe que apenas revirou os olhos. – Até parece que esse boboca não te larga.
- Kagami, não vem me provocar não hein!
- Ora Nino, você acha que eu me esqueci da época que estava apaixonado por Alya, que só sabia falar dela? Não é isso Adrien?
- Ah nem fala... foi um inferno.
Nino, SOMENTE o advertiu com o olhar, para que não se prolongasse muito com seu desabafo, porque se não iria abrir a boca e contar tudo para todo mundo sobre uma certa mestiça. Entendendo o recado, Adrien se virou, voltando a comer de alguns petiscos que haviam numa mesa grande.
A noite se resumiu a isso: ele comendo, e os casais trocando amenidades, e em como eram felizes em seus casamentos! Mais uma noite típica da sua vida de solteirão idiota.
Entretanto, naquela noite em particular, não estava muito afim de ficar fingindo sorrisos, ou que se sentia bem. Não era por ninguém ali, amava seus amigos, mas era que... tudo parecia tão amargo, tão deprimente, ver aquelas pessoas sendo felizes com seus pares, quando ele, não conseguia mandar mensagens para mulher que gostava.
Por fim, quando deu tempo que ninguém percebeu, chegou-se em Nino para dizer que precisava ir embora, sem dizer nada a mais ninguém. O moreno por sua vez, compreendeu que o amigo queria ficar só, dizendo então que mandasse mensagem avisando assim que chegasse em casa bem. De qualquer forma, ele não iria para casa tão cedo. Iria ficar perambulando pelo centro de Paris, indo para qualquer lugar que não fosse seu colchão solitário. Caminhou tão distraído, que não percebeu o quanto havia chegado longe, onde sentou-se cansado em um banco que havia perdido numa das calçadas da cidade.
Ao pegar o celular do bolso, abriu o aplicativo de mensagens, olhando para última enviada para Marinette a um dia atrás.
"Boa noite."
Queria desejar o mesmo naquele momento, mas ela provavelmente já deveria estar vivendo uma noite boa, quanto ele, ultrapassava mais de uma das suas solitárias, que terminaria na cama, vendo um filme qualquer na televisão.
Sendo que... não deixava de se perguntar, desejando saber nem que fosse um pouco... sobre o que ela estaria fazendo, com quem, se estava acompanhada... ou tão sozinha quanto ele naquele banco.
De certa forma sim, estava só, mas ela não ligava.
No outro lado da calçada, apenas uma via de mão dupla de distância, Marinette havia saído do seu apartamento para comprar um cachorro quente e dar uma volta antes de dormir.
Acabava de pagar o dono da barraca, virando-se para seguir seu caminho, quando ao virar o rosto de relance, depois de um carro ter passado, avistou a Adrien sentado no banco. Tornou a virar seu rosto para frente, pensando que era melhor ir embora.
O que tinha para falar com ele? Eles já se falavam quase que todos os dias na loja, ou por mensagens. Sem contar que as vezes, o pegava olhando para si, com aqueles olhos verdes apáticos e ao mesmo tempo... tão bonitos. Não sabia dizer.
Já havia dito que não mantinha relacionamentos mais íntimos com seus clientes, o que na verdade queria dizer que não estava interessada nem um pouco na PESSOA dele, mas apesar disso, depois que o negou, ficou incomodada quando ele não sorria mais para si, voltando a ficar mais aliviada no momento que os dois voltaram a se aproximar.
Ah droga! O que estava pensando exatamente sobre Adrien Agreste?
Ele era um homem estranho? Sim, era, muito. Era atrapalhado, até demais da conta. Mas também, era um fofo, era educado, e querendo ou não, já estava atravessando a rua para ir falar com ele.
- Boa noite.
Como estava de cabeça baixa, olhando o celular prestes a mandar uma mensagem para ela, perguntando como estava naquela noite de sexta, Adrien lentamente elevou os olhos ao ouvir sua voz, tendo que piscar duas vezes quando se deparou com a figura de Marinette diante de si.
Seu coração falhou um pouquinho, fazendo com que uma gotícula de saliva batesse com tudo na sua garganta. Não deu outra, começou a tossir descontroladamente, engasgado em si mesmo, enquanto que Marinette segurando seu cachorro quente, se sentou ao seu lado, e passou a dar tapinhas nas suas costas.
- Adrien você ta bem????
- Cof... Mari-nette!A mestiça não viu outra opção de correr para comprar um pouco de água, e assim, acalentar o pobre coitado do loiro que já estava vermelho, levantando os braços, pedindo ar para Deus.
- Calma, bebe isso aqui. – indicou ela, depois de abrir a garrafa e entregá-lo. Adrien agradeceu, bebendo quase a metade da garrafa de uma vez só.
Isso sim era um belíssimo começo de um primeiro encontro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dear "Sagawa Express", can you bring me a love too?
Romance"- A moça da nova transportadora é uma gracinha, não acha?" Mais que uma "gracinha", Adrien encontraria naquela jovem séria que realizava entregas semanalmente em sua loja de acessórios masculinos, um novo amor. E ele teria que se virar nos 30 e s...