Você vem junto?

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Huhahushu Eu to muito inspirada pra essa fic :3

Boa leitura e desculpa os erros

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Se ela precisava de explicar de novo? Ah sim, claro, se quisesse poderia se sentar ao seu lado e ficar o restante do dia explicando onde ele deveria assinar para receber a encomenda.

Naquela altura, Adrien já não possuía mais controle dos seus movimentos, apenas agradecendo com a voz arrastada e assinado num canto qualquer do papel pelo qual, sendo observado pela jovem entregadora, que franziu a testa e fechou os olhos, suspirou em desagrado à ele que sorria como um bobo.

- Aqui esta... – a respondeu, murmurando um suspiro mais alto do que deveria, e que não foi notado pela moça, pois a mesma negou com a cabeça.

- O senhor, assinou no lugar errado.

- O que...?

- Aqui. O senhor colocou o seu nome... Adrien Agreste, no lugar errado senhor, era nessa linha pontilhada que eu te indiquei.

- Ah...mas que droga! – agora sim, percebendo a cagada que tinha feito, foi colocar uma das mãos no rosto, que fez a caneta cair no chão e quase seus óculos junto, atrapalhando-se todo para tentar segurar os dois.

Nesse momento, a moça ao seu lado, o assistia com o cenho franzido, estranhando no quanto era bonito, elegante mas completamente doido e um tanto assustador. De qualquer forma, ela não poderia mais perder tempo, pois tinha outras encomendas para entregar. Com isso, pegou gentilmente a caneta da mão do loiro que parou com seu movimento repentino, que subitamente, tocou seus dedos de leve, e só o toque... causou em cada milímetro do seu corpo, uma deliciosa sensação de quentura e frio, de calor e necessidade.

- Fique tranquilo senhor, que eu darei um jeito. Pode realizar uma assinatura digital e depois eu trago a nota fiscal ou peço que mande por email.

- Ah sim sim, claro, tudo bem... desculpe, eu vou aceitar sim, e peço desculpas... por ter errado, estou com a cabeça fora do lugar hoje...

- Algum problema aí? – Era Nino que se aproximava sendo observado por Adrien que ajeitava os óculos no meio do nariz e Marinette que sorria educada.

- Olá senhor, estou efetuando a entrega do estabelecimento.

- Ah claro, e esta tudo certo Adrien?

- Bom, é ... mais ou menos, eu fiz uma besteira.

- Mas não tem problema... – ela indicou o celular com o espaço para a assinatura digital. - Aqui esta.

Um pouco sem graça, Adrien pegou o aparelho com uma das mãos enquanto assinava com a outra. Seu belo rosto uma vez levemente moreno se encontrava com uma tonalidade roxa, como se ele estivesse prendendo o ar. Por sua vez, Nino percebeu, estreitando as linhas da testa.

- Isso, agora esta tudo certo. Ainda hoje iremos mandar a nota fiscal pelo email.

- M-mas...

- Teve algum problema com emissão do documento? – Lahiffe perguntou e Adrien desviou o olhar.

- Um pequeno problema, o senhor Agreste realizou a assinatura incorreta da documentação, mas já resolvemos tudo. Mais uma vez obrigada, e tenham um ótimo dia. – soltou ela fria feito um soldado, pegando a aba do boné azul que usava para ir até a van e sair dali o quanto antes. ANTES que houvesse algum outro tipo de imprevisto que atrapalhasse o andamento do seu trabalho.

O pequeno carro saiu pela rua, virando a esquina sendo assistido tanto por Adrien que mantinha as mãos na cintura e Nino que havia cruzado os braços. O moreno, virando o rosto para o amigo que coçava a nuca, o perguntou com o olhar o que tinha acontecido.

- Da pra explicar o que rolou aqui?

- Nada Nino, nada... só eu que banquei mais uma vez o papel de idiota, na frente de mais uma mulher!

- Ah isso deu pra ver, na sua cara e na cara dela que por falar nisso... que Alya não me ouça, mas essa moça da nova transportadora hein, é uma gracinha... não acha?

- Eu achei sim, ela é muito linda e por isso, esse paspalho que ta aqui na tua frente, fez tudo, MENOS o certo. Agora deixa isso pra la e vamos ajeitar essas abotoaduras na vitrine que o pai do Max vai aparecer hoje pra ver.

- É, vamo lá...

Enquanto caminhavam para dentro da loja com as caixas, Nino teve que rir do amigo. Não era por maldade, mas ele sabia desde do dia que conheceu Adrien, que o Agreste mais novo – que tinha sim tudo para ser um galinha, um pegador com aquela estampa de príncipe encantado – não passava de um molenga quando o assunto se tratava da mulherada.

Não era porque ele não tinha papo, ou era um cara mau caráter, na verdade, o problema de Adrien era sua timidez e sua falta de jeito quando achava alguma garota bonita. Sempre se atrapalhando, acabou perdendo várias chances de se dar bem – com a Chloé que se casou com o Kim, com a Kagami que havia se casado com o Luka – SENDO ELE UM DOS PADRINHOS e a ultima, e a mais desastrosa de todas, chamada Lila Rossi, uma empresária italiana dona de uma fábrica de seda que confeccionava algumas gravatas para a loja.

Com todas elas, foi um tremendo fiasco, porque não conseguia falar, não conseguia colocar para fora o homem que estava usando aquelas calças. Não. Adrien era bonito, dono de um corpo que muitos gostariam de ter para conquistar o sexo feminino, mas não sabia usá-lo. Era como dizia a ele por muitas vezes - a fábrica ta pronta pra funcionar, mas o dono esqueceu de ligar as maquinas.

Dava pena, e Adrien queria morrer, principalmente quando Nino estava por perto para presenciar sua babaquice gratuita. Não adiantava nada de ter cabelos loiros e lisos, ser alto, ter dinheiro, ser a porra de um empresário, quando parecia ter nascido com metade do cérebro funcionando – a parte que deveria utilizar para "amar" uma mulher como ela merecia.

De qualquer forma, a merda já havia sido feito a primeira impressão dada a moça linda da transportadora era aquela mesma – de um completo imbecil que teve a audácia de assinar o documento errado depois dela ter explicado duas vezes! Por Deus, quanta vergonha. E se não fosse por Nino ter chegado naquele momento, ainda teria a cara de pau de lhe perguntar – quando mandar a nota fiscal por email, você vem junto?

Deus as vezes ajudava, ou as vezes não, porque o Lahiffe ficou soltando piadinha o tempo todo, e ainda por cima cantando aquela porcaria de musica "eu sei que vou te amar" e bla bla bla.

Não era nada disso, ele não sabia de nada. Não iria se apaixonar tão fácil assim, não mais. Só porque ela era mesmo uma gata, e tinha cabelos lisos e pretos, rosto de boneca, toda maravilhosa... que ele iria ficar o resto do dia pensando, que as coisas poderiam ter sido diferentes e ele podendo ter seu numero de telefone para quem sabe, poderem trocar mensagens.

- Mas espera... se ela trabalha na transportadora que fornece serviços pra mim, então ela trabalha pra mim...uhnnn, interessante...!

Era um idiota.

Dear "Sagawa Express", can you bring me a love too?Onde histórias criam vida. Descubra agora