Amores perdidos e um cappuccino errado

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Boa leitura e desculpa os erros

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Sim o começo...

... De uma TERRÍVEL e dolorosa paixonite, que só o faria cometer um erro após o outro. Ok, tudo bem. Tinha que respirar, não precisava entrar em pânico. Marinette não era um monstro, não deveria se sentir tão acuado perto dela, e logo no primeiro dia que a conheceu. 

 Se bem que, se fosse pensar direito, era precisamente esse motivo que o levou a se atrapalhar todo, foi porque a conheceu, e se apaixonou perdidamente por aqueles olhinhos azuis, aliás, por ela inteira, um pitelzinho que havia caído do céu!

Glória a Deus.

Ou

Não.

- Por nada... não foi nada.... – suspirando apaixonado, soltou as palavras de uma maneira melosa, bem neném, que aos olhos da mestiça não soou tão bonitinho assim, pelo contrário. Ele parecia ter saído de uma cirurgia no dente.

- Bom, eu vim vê-lo senhor, pois não?

- Me ver?! É sério??

- Sim ué, foi o senhor mesmo que me chamou pra me pedir desculpas por conta da nota fiscal. Eu na realidade achei que não era necessário, mas como foi um cliente da nossa empresa e que inclusive recentemente fechou negócio, eu vim, e aqui estou, e aceito suas desculpas inclusive.

- Ah... bom, era isso mesmo, é que eu...

- Agora, se esta tudo certo, eu preciso ir, terei que voltar à empresa para devolver a van e limpar este uniforme, se puder me dar licença, eu agradeço.

Passou pelo loiro vestido no terno caro e com um carão de bobo, quase que como uma bala, parando apenas quando o mesmo a segurou pelo braço, o que a fez se virar com o semblante mais rígido ainda.

- Marinette...!

A mesma olhou para a mão que agarrava seu braço esquerdo com aqueles dedos grandes que envolviam facilmente sua carne, e que poderiam estar machucando, mas o toque dele era delicado e quente... Um horror!

- Senhor, por favor, pode me soltar??

- Ah perdão... perdão Marinette, perdão...!

- Mas o que pensou que estava fazendo?

- Eu só queria que não fosse tão rápido assim, ainda mais porque eu sem querer derrubei o bolo em você, o bolo que eu queria ter te dado em sinal de desculpas.

- Ah, você queria ter me dado um bolo de chocolate como desculpas?

- Sim...! – ele sorriu animado. Ela não.

- Eu não posso comer chocolate, tenho alergia.

- Ah.... você tem, alergia...?

- Sim. Muita, é quase que a morte para mim.

- Sei... sei... entendo.

A morte.

Ela havia comentado sobre a morte, e era isso que ele desejava que acontecesse consigo – MORRER – aos pés daquela mulher linda, mas fria, GÉLIDA como um iceberg.

- ... deseja me falar mais alguma coisa?

- Não. Quer dizer, sim.

- Uhn? – ela cruzou os braços, erguendo uma sobrancelha. – Pode falar senhor.

- Só mais uma vez, desculpas... – já Adrien respondeu abatido, com os olhos inclinados, que foram despercebidos pela feição imparcial de Marinette.

Ela então se limitou a murmurar algo como "tudo bem obrigada" e saiu por definitivo pelo acesso que dava à loja, cruzando o espaço sobre os olhos atentos de alguns homens que ali estavam junto a Nino que olhou para dentro e não viu Adrien, pois este, havia se recostado em uma das paredes, colocando uma das mãos no bolso da calça. No silencio, deu um logo suspiro, fechando os olhos.

...Por que... simplesmente, não desistia de tudo aquilo? Quer dizer, de se apaixonar, de querer ser feliz sentindo o amor, e ter alguém ao seu lado?

Não havia nascido para isso, para usufruir dessa felicidade...

Ainda que doesse no seu coração, onde por mais que tentasse se demonstrar uma pessoa que valia a pena, ninguém conseguia notar, ninguém. Então, a morada do problema era a si próprio, não eram as outras pessoas.

Veja bem... se tivesse agido como um homem sério, tendo conversado com Marinette desde o começo de forma que não a atrapalhasse, assinando na bendita da nota fiscal como ela havia explicado, poderia na próxima vez que voltassem a se ver, puxar um papo tranquilo, agradável sobre seu trabalho, indo a conhecendo aos poucos, para que assim, as coisas fossem fluindo e fluindo...naturalmente.

E não terminando com ele daquele jeito, com aquela sensação, depois de ter visto no rosto dela, que a mesma não desejava mais vê-lo, que ela o considerava um idiota, era isso.

No fundo, doía.

Doía no seu ego, na sua paixão, no seu corpo e no seu coração, saber, que havia perdido mais uma chance, quando esta, nem pareceu existir.

- Ah Deus... que droga...

- Ei aí cara. – Nino apareceu ao seu lado, logo notando pelo seu rosto, que a situação com a mestiça não tinha sido boa. Ele então resolveu que era melhor terminarem de atender o pessoal, e depois fechar a loja para tomar um cappuccino na padaria de Bridgette.

O que para o Agreste  pareceu ser uma boa ideia. Sentar e relaxar, esquecendo-se do que tinha acontecido mais cedo, mas não foi bem isso que aconteceu, pois assim que Bridge apareceu na frente dos dois, o diabo do Nino não conseguiu deixar de ser o grande fofoqueiro linguarudo que era, e contou tudo para a porcaria da Bridgette também, e assim, os dois passaram a rir da sua cara.

Mas isso nao era legal? Ter as pessoas, que eram para seus amigos, tirando sarro da sua desgraça, junto ao seu coração quebrado e mais, o capuccino que havia pedido, não estar com canela, era de chocolate... meio amargo.

Que delicia de vida...

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Liga não Adrien daqui a uns capítulos vai ficar pior kkkk

Dear "Sagawa Express", can you bring me a love too?Onde histórias criam vida. Descubra agora