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Maratona 1/5

Noah Urrea

Era isso, eu vou pro México, ou pra clinica de drogas, pelo olhar da minha mãe era com certeza pra clinica de drogas.

- O que? - minha mãe se levantou e correu até mim e abraçou minha cabeça a apertando contra seu peito. - Não fale assim do meu bebê. - ouvi sua voz abafada e tentei me soltar, mais estava difícil até de respirar.

- Wendy eu sinto, mais Noah é um homem. - ouvi a voz de Any ao longe, ela estava me defende. Bem espero, por que ou ela disse que eu era um homem ou um monge. E ser um monge não parece muito legal.

- Wendy, vai sufocá-lo. - ouvi a voz do meu pai e minha mãe me soltou, comecei a respirar com dificuldade e meu pai me deu um tapas nas costas.

- Calma ai. - resmunguei ainda com falta de ar.

- Você é muito fracote filho. - olhei feio pra ele.

- Depois que ela te esmagar com o abraço de urso, você venha me chamar de fracote. - ele riu e minha mãe lamuriou.

- Desculpe bebê.

- Mãe!

- Noah acho melhor eu ir.

- Não. - minha mãe falou rapidamente e tanto eu como Any a olhamos surpresos. - Você veio jantar, fique. Eu só, não aceitei bem... É difícil ver meu menino se tornar homem. - Any sorriu e assentiu.

- Ok. Então o que temos para jantar? - minha mãe ficou animada e agarrou o braço de Any a puxando para a cozinha.

- Sério, o que você estava pensando ao casar com ela? - perguntei para meu pai, assim que elas sumiram de vista e ele riu.

- Hey, eu estava apaixonado. Ela parecia bem normal, até você nascer. - ele se defendeu e fiz uma careta.

- Espero que Any não fique assim. - resmunguei e ele riu.

- Vai ficar filho. - profetizou e bati na mesinha de centro.

- Para de me jogar praga pai. - resmunguei e ele riu.

Ficamos na sala vendo o canal de esportes. Bem, meu pai estava eu estava mais interessado no que estava acontecendo na cozinha. Não conseguia ouvir barulho nenhum vindo de lá, o que estava me deixando nervoso pra caralho.

De duas a uma, ou elas estavam trocando receitas de bolo, ou minha mãe havia matado Any e estava cortando ela em milhões de pedaçinhos e ia servi-la no jantar.

Sim eu via filmes de terror demais, e sim eu apostava na segunda opção.

Comecei a morder a ponta do dedo, meus olhos nunca saindo da porta da cozinha. Só esperando ouvir um grito de socorro de Any, para que eu corresse e a salvasse, ou fosse servido no jantar também.

- Noah. - meu pai colocou a mão no meu ombro e quase pulei do sofá.

- O que?

- Quer ir dar uma olhada nas garotas.

- Eu?

- Elas estão muito quietas.

- Sim. O que será que estão fazendo? - me perguntei e ele sorriu.

- Provavelmente trocando receitas de bolos, ou Any jogou sua mãe no caldeirão. - comecei a gargalhar.

E eu achava que minha loucura vinha só de minha mãe. Me levantei e um pouco receoso caminhei para a cozinha. Parei em frente à porta e olhei para meu pai que me olhava em expectativa.

Um Show De Vizinha (Noany) [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora