29.

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Bati os dedos nervosamente sobre a minha coxa e olhei para minha mãe, ela folheava animadamente uma revista sobre medica, "Ajude-se seu filho a se livrar das drogas", rolou os olhos e voltou a olhar para a atendente que olhava insistentemente para ele.

- Mãe, vai demorar muito?

- Mais acabamos de chegar querido.

- Sim, mais aquela mulher não para de me encarar. – ela olhou a moça e acenou para ela.

- É uma moça muito bonita, e parece ter sua idade.

- E?

- E que você devia ir lá e conversar com ela.

- Bem, acredito que minha noiva não ia gostar muito de saber disso— Falo irritado

- Ela não precisa saber. – rolei os olhos e voltei a tamborilar os dedos sobre minha perna, a porta do médico finalmente se abriu e um senhor de rosto amigável saiu.

- Noah Urrea. – levantei e minha mãe também. – Como vai rapaz? – ele apertou meu ombro e sorri.

- Vou bem obrigada, e o senhor?

- Vou indo. Olá Sra. Urrea.

- Bom dia doutor Erick.

- Bem, a sua amostra já foi examinada, entrem que olharemos os resultados juntos. – entramos na sala dele, e me sentei em frente a sua mesa, minha mãe ao seu lado, eu já havia usado o potinho e hoje iríamos olhar o resultado, minha mãe praticamente quicava na cadeira.

Ele abriu o exame com meu nome, e colocou os olhos e deu uma olhada, avaliou por alguns minutos e colocou o exame sobre a mesa e sorriu.

- Bem, seu filho está limpo.

- O que? Tem certeza?

- Bem, sim...

- Talvez deva fazer um novo exame.

- Sra. Urrea, os exames são 99,9% corretos.

- Mais e esse um por cento? – o medico olhou preocupado para mim e suspirei dando de ombros.

- Bem, Sra. Urrea, posso lhe garantir que seu filho não é usuário, na verdade não encontramos nada no sangue dele.

- Será que eu poderia ter uma segunda opinião?

- Mãe!

- O que? Eu só quero ter certeza.

- Mãe, não foi esse nosso trato.

- Mas... Mas... Tem que ter algo errado Noah.

- Mãe eu não sou drogado. – ela mordeu o lábio e abaixou os olhos por um minuto, ofegou e de repente olhou para o médico.

- Eu já sei, ele pagou pra outra pessoa usar o potinho. – ela me olhou acusadoramente e rolei os olhos.

- Mãe vamos para casa.

- Não temos que fazer outro exame, mais dessa vez eu vigiarei você.

- O que?

- Noah eu já te vi fazendo xixi antes.

- Quando eu era um bebê.

- Que seja.

- Não chega. Obrigada Dr. Erick. Vamos mãe. – comecei a empurrar minha mãe porta a fora, e antes que eu saísse o doutor segurou meu braço, ele sorriu e me entregou um cartãozinho.

"Dr. Kaleb"

Psiquiatra e Psicólogo.

- É meu irmão e um dos melhores da aérea.

Um Show De Vizinha (Noany) [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora