Capitulo 13 - Escuridão.

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Capítulo 13 - Escuridão.

- Então é você?? - pergunto incrédula.

Ele faz uma cara de desentendido, claro, ele não sabe do que estou falando.
Família Vinom já ouvi isso muito lá no orfanato, as meninas sempre surtavam quando via em alguma revista ou na TV.

Sempre falavam do filho único da tal família: Miguel, Miguel, Miguel.
Só não imaginava que encontraria o tal do Miguel aqui.

- Do que você ta falando? Vem, não temos tempo pra isso.- ele fala e me puxa pra dentro da cena do crime.

Uns especialistas estão fiscalizando na entrada pra vestir aquelas roupas brancas pra não infectar ou algo do tipo na cena.
Caminho em direção ao mesmo mas Miguel me puxa pra outra direção.

- Que foi? A gente tem que vestir aquilo.- falei.

- Como se eu fosse capaz de vestir algo tão brega.- ele fala.

Reviro os olhos.

Ele me puxa novamente e vai me guiando até a sala onde tudo supostamente aconteceu.

...

- É aqui, aproveite bem os 10 minutos.- ele fala e eu concordo com a cabeça.

Ok Euros, concentração, essa chance é única em milhares.

O apartamento pequeno de 3 andares foi incendiado, por algo ou alguém.
As suspeitas são de que alguém fez isso, mas porque?
4 mortes e uma testemunha apenas.
Isso é muito complexo.

- Porque os especialistas dizem que aqui foi onde tudo começou? - pergunto pro Miguel.

Ele da de ombros.

- Parece que acham que isso aqui foi o principal suspeito que causo o incêndio nessa madrugada.- ele fala apontando pra uma caixa de cigarros meia aberta e queimada em uma estante aos pedaços.

Não sei, tem algo errado.

- Então acham que o morador dessa porta é o cara que causou o incêndio? Provavelmente se dá conta que não foi intencional, mas ainda sim algo está estranho pra mim.- falo pro Miguel e o mesmo concorda comigo.

- Não faz sentido algum, se o incêndio não foi intencional porque ele fugiu? Cadê o corpo dele queimado? - falo estressada e Miguel deboche com uma risadinha.

Ignoro.

Procuro algo relevante no quarto que possa ser considerado como uma nova pista.

Nada.

- Não tem nada, é um caso limpo.- falo quase desistindo.

Não pode ser que seja tão fácil assim.
Preciso de provas, concretas.

Suspiro e olho pra um canto isolado do quarto.
Vejo algo brilhando no chão como se fosse uma joia.
Chego mais perto e vejo que é um caco de vidro.
Vários cacos de vidros na real.

Vou seguindo a trilha de cacos e acho uma foto amassada pequena bem no canto do quarto.

Isso!

Pego a mesma e vejo um casal.
A mulher é jovem e o homem nem tanto.
Provavelmente essa é ou era a namorada do morador daqui.

Desvio o olhar pros mesmos lugares de antes revisando-o para me certificar de que não perdi nenhuma pista.

Acho que é só.

Ouço passos se aproximando, devem ser os policiais.

- Um caso tão previsível, como não solucionaram ainda?- ouço uma voz conhecida.

Eu sou uma HolmesOnde histórias criam vida. Descubra agora