Capitulo 23 - A minha maior decepção?

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Capítulo 23 - A minha maior decepção?

Era uma manhã úmida e fria, nuvens escuras cobria o céu inteiro.
O som da chuva caindo parecia soar uma incrível melodia para meus ouvidos, poderia ter um mais belo dia do que esse?

_ O dia hoje está lindo!- falo entusiasmada enquanto olho pela janela da casa.

_ Você acordou animada hoje, algum motivo em especial? - Sara fala parecendo se divertir com a minha reação.

_ Não espere por mim para o almoço.- falo com um sorriso no rosto e a mesma revira os olhos sorrindo.

_ Se te pegarem novamente não poderei ajudar.- ela me avisa e eu só afirmo com a cabeça.

Saio pela janela tomando cuidado para não fazer muito barulho e ser pega.
Mesmo que fosse, eu não iria ser prejudicada, calculei todos os resultados possíveis e só sairei ilesa da situação.
Claro, isso só será possível com a ajuda de uma amiguinha minha: Chantagem.
Rosaline, a diretora do orfanato, faria de tudo para que os outros não descubram seu segredo e pro azar dela eu sei dele, que aliás, é bem nojento! Quem que coloca o sutiã no freezer para ficar gelado?
Eu fiquei uma dois dias sem dormir por causa disso, acredite: pode aterrorizar a vida de alguém!

Olho no relógio e essa não! Perderei o ônibus se não calcular direito, mas acho que se eu for rápida o bastante terei sorte, até porque o motorista dessa semana: O do bigode, tem problemas com a família e por isso sempre fica bêbado nos finais de semana, com isso, ele sempre se atrasa nas segundas feiras e como eu nunca erro: Hoje é segunda-feira.

Dou o sinal para que o ônibus pare e assim acontece, dou um sorriso vitorioso entrando no mesmo.

- Bom dia motorista, dormiu bem?- pergunto sarcástica e o mesmo da uma bufada cansada.

Dou o dinheiro da passagem pro mesmo e um remédio pra ressaca.
O mesmo olha pra mim confuso.
Dou um sorriso e falo:

- Não tome sem água tá bom? Você pode se engasgar e fazer com que o comprimido fique preso no esôfago, e você não quer isso não é?- falo me exibindo.
O mesmo olha pra mim com uma cara feia e da partida no ônibus fazendo com que eu perca o equilíbrio mas, consigo me manter de pé com a ajuda de um ferro do ônibus.

Bufo.
Tento ajudar e é nisso que dá.

Sento em um banco qualquer e fico observando a vista pelo vidro embaçado.
Descerei daqui a 15 paradas de acordo com os estudos, até que não é tão longe se for pra calcular.

...

- Euros, você por aqui? - uma voz masculina fala e me viro pra ver quem é.

- Sr.Davis! Tudo bem? Estou só passeando um pouco pela manhã.- falo sorrindo e o mesmo retribui o gesto gentil.

Sr.Davis é um velhinho simpático de 67 anos que mora perto do orfanato, ele sempre senta num banco perto do Parque e fica alimentando os pombos que passam por lá.

- Eu te conheço Euros, pode me falar a verdade, aonde você está indo?- ele pergunta insistente.

Fico hesitante mas respondo.

- 221B Baker Street.- falo sorridente.

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- Eu sei que eu não deveria estar aqui, mas eu não sou mais um problema pra você, eu posso te ajudar! - falo pro Sherlock que está sentado em sua poltrona examinando uma enorme papelada.

- Vai pra casa Euros.- ele fala sem nem olhar pra mim.

Eu preciso ajudá-lo, olha como ele está, parece um homem sem alma, que horror.
Não esqueci de tudo que ele fez e falou pra mim mas sei que apesar de tudo, ele faria o mesmo, eu acho.

- Você não entende Sherlock, eu tenho as respostas, eu tenho a solução.- falo tirando o celular da qual Miguel me dera anteriormente e que tem a gravação da confissão.

Ele de repente levanta de sua poltrona impaciente e frustado, seus olhos com enormes olheiras parecem cansados e deprimidos, esteve tomando remédios e bastante café pra ficar acordado.

- Euros..- ele fala baixo tentando se controlar.

- Sherlock é serio? Você precisa se controlar, eu sei que precisa de tempo coisa que não tem, mas isso é suicídio.- falo pegando um frasco de remédios que está aberto em sua escrivaninha.

- E oque você quer que eu faça em? - ele fala elevando a voz me assustando.

- Eu nem sei o porque de você está aqui, eu já disse antes de formas educadas possíveis mas você não se cansa né? Então certifique que está escutando bem agora: Eu não me importo com você, só fiz isso tudo por pena, isso mesmo: pena, então agora pare de me atormentar, não tenho tempo pra brincar mais de papai e filhinha com você, volta pro seu orfanato.- ele fala me machucando com as mesmas palavras grosseiras de antes.

- E pensar que eu realmente queria te ajudar, já que quer tanto uma solução pra esse caso, então toma, pode ficar, eu não ligo mais.- falo chorando e jogo o celular com a gravação no chão e um envelope que montei mais cedo com as provas restantes.

Olho pro seu rosto e sua expressão está mudada, uma de surpreso, quem liga?

- Espero não te ver nunca mais.- falo saindo.

Eu sou muito idiota mesmo, vou lá, dou tudo de mim, desvendo o caso, arrisco a minha vida e a do Miguel, perco minha amizade com Sara e minha dignidade.

E a preço de que? De ser insultada por ele mais uma vez, não tenho muitas decepções na vida e agora sei porque, meu coração estava guardando espaço para essa.

Saio do apartamento e trombo com alguém que entra, olho pra ver e me deparo com Dr.Watson que me olha preocupado.

- Euros? Você está bem? - ele pergunta preocupado mas eu fujo e pego o primeiro táxi que para pra mim.

Droga.

Continua...
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Eu sou uma HolmesOnde histórias criam vida. Descubra agora